Comida e bebida

Dez receitas que fizeram sucesso em 2025

Panquecas, saladas surpreendentes, massas, bolos e até um churrasco à la Francis Mallmann: os pratos que entraram para o caderno de favoritos da Gama

Ana Elisa Faria 22 de Dezembro de 2025

Em 2025 na Gama, teve uma receita para cada ocasião e todos os gostos: tardes preguiçosas de férias, noites frias, encontros animados em casa, mesas cheias de gente querida, pratos para carnívoros e veganos, doces e salgados. Na cozinha, alguns preparos se destacaram e viraram favoritos da equipe e dos leitores, daqueles que a gente salva, revisita e recomenda sem pensar duas vezes.

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Por isso, reunimos receitas e dicas de chefs que fizeram sucesso ao longo do ano — das panquecas para fazer com os pequenos e comer com sorvete ao nhoque leve como uma nuvem, passando pelo bolo “cho-co-la-tu-do”, pela clássica sopa de cebola, pelo churrasco perfeito, por um salpicão mezzo brasileiro, mezzo japonês e até por uma salada de alface para lá de especial.

É um cardápio cheio de ideias para quando bater a vontade de cozinhar algo gostoso, impressionar convidados ou simplesmente se presentear com aquela comidinha caprichada.

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    Panquecas para comer com sorvete

    Receita perfeita da sorveteria paulistana Frida & Mina para fazer com as crianças no verão

    Haja criatividade, tempo e dinheiro para manter as crianças entretidas nas férias de verão. Mas Gama está aqui para ajudar pais, mães e cuidadores com uma ideia de atividade divertida, barata e rápida para ocupar uma das tardes de janeiro da garotada. A dica é preparar com os pequenos uma deliciosa sobremesa para o lanche — e servi-la acompanhada de um bom sorvete.

    A “dona” da receita é a sorveteria artesanal Frida & Mina, que indica como acompanhantes das panquequinhas as bolas de gelado da casa de doce de leite e morango balsâmico.

    De acordo com os sorveteiros do estabelecimento, o preparo é simples, mas é necessário misturar bem todos os ingredientes e, na hora de grelhar a massa, garantir que a frigideira não esteja muito quente para não queimar a parte externa antes de cozinhar o interior.

    Veja a receita completa aqui.

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    Receita de alface? Sim!

    Prato vegano da chef gaúcha Carol Albuquerque, do bar-restaurante Fresta, em São Paulo, leva cebolinhas grelhadas, molho de castanha-de-caju e farofa de pão

    Algumas folhas de alface-romana tostadas são a base de uma receita que é uma explosão de texturas. Vegano na veia, ao prato se juntam cebolinhas grelhadas, um molho cremoso de castanha-de-caju e uma farofinha feita de pão com sementes de abóbora e de girassol.

    Parte do cardápio do bar-restaurante Fresta, localizado no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, a entradinha criada pela chef Carol Albuquerque tem muitas camadas de sabor.

    Segundo a cozinheira gaúcha, para dar certo, é essencial dourar bem as folhas de alfaces e as cebolinhas. “Além disso, caprichar no vinagre de Jerez [que pode ser trocado por vinagre de vinho tinto] e na pimenta-preta moída na hora de temperar o molho. E respeitar as proporções das sementes na mistura da farofa.”

    Veja a receita completa aqui.

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    Brigadeiro já é bom. Agora, imagina de milho?

    Chef do restaurante Fitó, em São Paulo, Cafira Foz ensina a fazer um docinho para quem ama os pratos típicos das festividades juninas

    O milho, como ingrediente de destaque das festas populares de junho, brilha em diferentes receitas — açucaradas ou salgadas. E é ele o protagonista de um docinho que a chef Cafira Foz, do restaurante Fitó, com unidades na zona oeste e no centro de São Paulo, adora.

    Trata-se de um brigadeiro de milho-verde com cumaru que, segundo a cozinheira que nasceu no Ceará e cresceu no Piauí, “é pra tu se esbaldar de comer, porque é bom por demais!”.

    O toque especial do doce é o cumaru, sementinha com gosto e aroma que lembram a baunilha. Mas Foz diz que colocá-la é opcional e, se não quiser ou tiver em casa, dá para salpicar qualquer outra especiaria desejada.

    Veja a receita completa aqui.

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    Olha o nome desse bolo: CHO-CO-LA-TU-DO

    Denso, meio amargo, fácil de fazer, a receita da chef Andrea Vieira é a explosão de felicidade perfeita para os chocólatras

    Chocolate nunca é demais. Na verdade, quando é demais é até melhor, como o bolo chocolatudo, uma incrível surpresa para quem vai ao restaurante A Casa de Antonia, no Conjunto Nacional, em São Paulo, pela primeira vez. Denso, meio amargo e com uma doçura calibrada na cobertura, ele é uma explosão de felicidade perfeita para os chocólatras que precisam de um docinho.

    “Esse é um bolo que faço há muitos anos. Participou de muitos aniversários dos meus filhos. Um bolo denso e amargo, mas que com a escolha da cobertura você consegue dosar a doçura do mesmo”, diz a chef Andrea Vieira, do A Casa de Antonia, que compartilha a receita com Gama.

    Ela diz que a receita é muito simples, mas sugere uma atenção especial ao untar a forma. Recomenda ainda que não se bata muito depois de incorporar a farinha de trigo e que se asse “calmamente em forno baixo. O resto é sucesso garantido”, completa.

    Embora o bolo seja perfeito para comemorar datas especiais, como aniversários, cai bem em qualquer ocasião. “Se achar que cabe um pouco mais de doçura, cubra com brigadeiro ou com uma ganache de chocolate”, sugere Vieira.

    Veja a receita completa aqui.

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    Sopa de cebola, um clássico francês

    O chef Chico Ferreira, do grupo Le Jazz, ensina a preparar o célebre caldo encorpado com uma camada crocante, que fez fama em Paris

    Sopa é janta, sim — contrariando haters e memes. Por isso, Gama traz uma receita famosa, encorpada, quentinha e com crocância, diretamente do Le Jazz Brasserie, em São Paulo.

    É a sopa de cebola gratinada que, conforme conta o chef do grupo, Chico Ferreira, trata-se de “um clássico originalmente servido nas frias madrugadas do extinto mercado atacadista Les Halles, em Paris”. Ele lembra ainda da versão do Ceasa, na capital paulista, que ficou popular em décadas passadas e até hoje aparece na feira em ocasiões especiais.

    O segredo aqui, segundo o cozinheiro, está em caramelizar calma e lentamente as cebolas. “É a crosta que se forma no fundo da panela que formará a base de sabor”, diz.

    Ferreira também dá uma dica de utensílio: uma boa panela de fundo espesso e sem teflon. E sugere usar caldo de legumes para uma versão vegetariana.

    Veja a receita completa aqui.

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    Um nhoque leve como uma nuvem

    Massa do chef Victor Branco, da Osteria Taipa, localizada em Lages (SC), leva ainda queijo e cogumelo porcini selvagem

    Para além de uma sopa bem quentinha, o cardápio do inverno pede uma boa massa com um molho caprichado para dar aquele toque especial ao prato. Uma opção que reúne todas essas características é o nhoque com cogumelo porcini, uma receita da Osteria Taipa, restaurante localizado em Lages, Santa Catarina.

    A casa, comandada pelos chefs e irmãos Victor e Vinícius Branco, trabalha com produtos regionais, típicos do território catarinense.

    “Usamos o queijo serrano e os porcinis selvagens, que colhemos na região. É uma forma de valorizar o que cresce aqui perto da gente, respeitando a sazonalidade e o trabalho dos produtores locais”, diz Victor.

    Sobre o nhoque, o cozinheiro dá uma dica de mestre para que ele fique suave e nada farinhento. As batatas, conta, devem ser assadas com casca. “Assim, elas absorvem menos água.” Além disso, as bolotas devem ser cozidas no vapor. “Essa técnica permite diminuir bastante a quantidade de farinha na massa, deixando o nhoque leve, delicado e mais saboroso”, pontua.

    Veja a receita completa aqui.

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    O churrasco perfeito de Francis Mallmann

    Chef argentino e ícone da cozinha na brasa dá dicas de ouro para preparar um assado exemplar

    Quer aprender a fazer um churrasco perfeito? O chef Francis Mallmann, ícone da cozinha na brasa, é quem dá dicas preciosas a Gama — e, de cara, já avisa: “Cozinhar bem requer paciência”. O argentino é dono de uma cozinha rústica e autor de obras como “Fogo Verde” (Companhia de Mesa, 2024) e “Sete Fogos” (VR Editora, 2011).

    Mallmann, que foi tema de um dos episódios mais famosos da série “Chef’s Table”, da Netflix, conta que, para um bom assado, além de técnica, é preciso um ritual que envolve tempo, atenção e sensibilidade.

    Para começo de conversa, a recomendação do cozinheiro é acender o fogo com duas horas de antecedência, pelo menos, e preparar toda a mise en place para garantir que nada falte durante o processo.

    Com a carne na grelha, a dica de ouro é permanecer ali, bem ao lado dela, observando constantemente, sem se afastar, e respeitando o primeiro contato do alimento com a grade de ferro. “O que está sendo cozinhado deve ser virado uma vez apenas”, alerta. Além disso, o especialista recomenda usar sal marinho e em apenas um lado da peça. Para ele, o melhor tempero é o sal, somente. Já o tempo no calor vai variar conforme a espessura do corte.

    Um dos questionamentos que os amantes de um bom churrasco mais fazem diz respeito justamente ao ponto. Qual é o melhor? Mallmann revela a sua preferência: “Cozinho por nove minutos, seis de um lado, sem mexer, e depois mais três do outro lado”, conta à revista Prazeres da Mesa.

    Para quem vive numa grande cidade, em apartamento, e não tem a possibilidade de fazer uma parrilhada ao ar livre clássica, na brasa — o jeito predileto de Mallmann —, a indicação é utilizar uma panela de ferro fundido, em fogo médio, sugeriu o churrasqueiro também em entrevista para a publicação gastronômica.

    Veja as dicas completas aqui.

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    Salpicão mezzo brasileiro, mezzo japonês

    Elia Schramm, chef dos restaurantes Babbo Osteria e Francese Brasserie, no Rio de Janeiro, ensina a fazer essa versão da salada, bem refrescante e muito crocante

    Por que não aproveitar o calor e apostar em um prato refrescante e crocante? A dica da Gama é um salpicão diferente, à base de mandioquinha, edamame, maionese japonesa e camarão, com cebolas crocantes por cima.

    Quem ensina a fazer é Elia Schramm, chef de restaurantes como o Babbo Osteria e a Francese Brasserie, ambos em Ipanema, no Rio de Janeiro. O preparo faz parte do menu da casa de sotaque francês.

    O cozinheiro conta que aprecia a receita, seja de frango defumado, camarão ou bacalhau. “Um salpicãozão com batata palha é algo… que eu adoro”, diz.

    A escolha dele para a “proteína” foi o camarão e, para fazer as vezes da batatinha finíssima, a selecionada foi a cebola frita, que pode ser comprada pronta ou feita em casa. Nesse caso, o pulo do gato é cortá-la à Julienne, fininha, e empaná-la na farinha de trigo. Depois, basta fritá-la no óleo até estar com aquela aparência de crocância. “É a mesma utilizada no tradicional arroz com lentilha”, fala.

    Veja a receita completa aqui.

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    Uma massa sofisticada com pesto e missô

    Leve, rápido e cheio de texturas, esse prato veggie viaja da Itália ao Japão e é ideal para um jantar com cara de ocasião especial

    Com o charme de um prato elaborado, esse linguini ao molho missô pesto com crocante de batata-doce roxa é para todos, para aquele amigo que não come mais carne, mas vai conquistar até os carnívoros. É ótimo para um jantar a dois, mas não faz feio em um grupo maior, pelo contrário! Dá supercerto como prato principal de uma noite animada.

    Receita da dupla de chefs Fábio Battistella e Gabriel Haddad, do restaurante vegano Tau Cozinha, na Vila Madalena, em São Paulo, ela é italiana na massa, japonesa no missô e surpreende pelas camadas de sabor e textura. Vai bem com vinhos brancos aromáticos, rosés ou até saquê.

    A sofisticação fica por conta do pesto de missô de grão-de-bico, um verde cheio de vida e sabores do mix de ervas e sementes, e um crocante adocicado por cima, que dá textura e mais uma camada à massa. A dica dos chefs é secar muito bem as folhas antes de bater no liquidificador, e quando ligá-lo, bater bem, “sem ansiedade”.

    “A água sempre dá para adicionar, mas às vezes não tem como tirar. Nesse caso, funciona quase como sal”, explicam.

    A palha de batata-doce pode ser feita em casa de forma bem fácil, se você tem air fryer.

    Veja a receita completa aqui.

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    O bolo de castanha de Marilia Zylbersztajn

    Receita da confeiteira paulistana é leve, molhada e macia, mas demanda um trabalhinho para ficar perfeita: ralar o ingrediente protagonista à mão

    Conhecida pela sutileza no uso do açúcar e por realçar sabores dos ingredientes, a confeiteira paulistana Marilia Zylbersztajn decidiu reunir em um livro os preparos adocicados que fazem sucesso na simpática loja localizada em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, com passo a passo, dicas e história de cada sobremesa.

    Gama selecionou um desses doces nem tão doces que estão em “Receitas da Minha Cozinha para a Sua Casa” (WMF Martins Fontes, 2025). O escolhido foi o bolo de castanha-do-pará, um dos favoritos de Zylbersztajn, conforme ela conta na publicação.

    “Essa é uma das receitas pelas quais tenho mais carinho na confeitaria. E uma das mais simples, senão a mais simples que faço diariamente. Esse bolo prova que para ser sofisticado não é necessário fazer muita estripulia, mas sim ter bons ingredientes e domínio da técnica, que também não precisa ser dificílima”, diz.

    O truque para uma preparação deliciosa e levinha é trabalhoso, mas faz toda a diferença: ralar as castanhas à mão. Segundo a especialista, o uso do processador para a etapa deixa a farinha pesada, quase pastosa. Da mesma forma, Zylbersztajn não indica a compra de farinhas prontas. “Também não costumam funcionar, porque no processo de fabricação elas acabam perdendo muito óleo e se tornam um subproduto ressecado”, analisa.

    “Não tem jeito, você vai precisar ralar uma a uma as castanhas em um zester ou ralador de queijo para obter um bolo úmido, leve e macio”, comenta. E garante que o trabalho vai valer a pena. “Seu bolo vai ficar perfeito.”

    Zylbersztajn dá ainda duas dicas de preparo. Se quiser deixar a castanha ralada com antecedência, sem problemas, basta guardá-la em um pote hermeticamente fechado, em local seco e longe da luz solar por até sete dias. O outro pulo do gato é sobre o óleo de coco. Caso ele esteja em estado sólido, derreta-o no micro-ondas e deixe esfriar em temperatura ambiente antes de usar.

    Veja a receita completa aqui.

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