Do Egito Antigo a Cardi B, pouco mudou no que diz respeito às unhas. Desde os primórdios, a cultura da cutícula nunca foi apenas uma questão de vaidade: esteve relacionada a discussões de classe, raça e gênero. O Guardian relembrou a história do cuidado com as unhas, que apesar da origem multicultural, manteve-se reservada à elite. Hoje nas mãos de artistas como Lizzo e Billie Eilish, ainda é um luxo -- e símbolo de poder. (Manuela Stelzer)
“Das últimas duas vezes, o quadro voltou”, disse o prefeito da cidade de Leerdam, na Holanda, se referindo à pintura “Dois Meninos Sorridentes com Caneco de Cerveja” de Frans Hals. Em 2020, o quadro foi roubado pela terceira vez em sua história. Mas o que torna essa pintura tão atraente para ladrões de toda Europa? Nesta reportagem (traduzida para o português) conhecemos a trama que parece saída de um filme dos irmãos Coen. (Daniel Vila Nova)
Um mergulho pelo acervo do Museu do Ipiranga mostra as transformações da paisagem paulistana ao longo do tempo: no site São Paulo – Território em Construção, que entra no ar em 25 de janeiro na comemoração dos 467 anos da cidade, fotos – como as de Militão Augusto de Azevedo, do século 19 –, pinturas, mapas e depoimentos de historiadores e arquitetos contam a trajetória de desenvolvimento da metrópole. (Mariana Payno)
As cicatrizes da escravidão são sentidas até hoje no Brasil, mas além da desigualdade e do preconceito racial um estudo busca provar que ela também atrasou a industrialização do país. A pesquisa, das universidades de Manchester e Bonn com a Fundação Getulio Vargas, desmente a tese de que a exploração é benéfica para o crescimento de um país e aponta que a escravidão beneficiou apenas uma pequena parcela da elite brasileira. (Daniel Vila Nova)
Um papo entre as duas divas da culinária brasileira: no novo episódio do podcast “Cadê a Receita, Rita Lobo?”, a criadora do Panelinha conversa com Paola Carosella. Seguindo as regras do programa, a chef do Arturito escolhe o alho como seu ingrediente preferido e compartilha receitas, além de falar da infância e da adolescência na Argentina, do começo da carreira, do dia a dia na cozinha em casa, nos negócios e nas redes sociais. (Mariana Payno)
João Pedro, Guilherme Guedes e Igor Rocha Ramos, adolescentes com idade entre 14 e 16 anos, foram mortos na vizinhança de casa, em plena pandemia, pela violência policial. É pela história deles que a jornalista Ligia Guimarães, da BBC Brasil, dá rosto às histórias que muitas vezes vemos apenas como estatísticas. O documentário, que reconta suas histórias e acompanha a vida de suas famílias na favela, está disponível no Youtube. (Isabelle Moreira Lima)
No mês que marca o centenário de nascimento da norte-americana Patricia Highsmith, autora de títulos como“O Talentoso Ripley” (1955) e mestre do romance policial, o Guardian publica um conto inédito e recém-descoberto em que ela narra os desafios de uma menina para se ajustar a uma nova vida em Nova York. O jornal britânico também traz um texto da escritora e crítica Carmen Maria Machado sobre a vida e a obra de Highsmith. (Mariana Payno)
Contos do folclore africano, textos fundadores das culturas árabe, judaica e japonesa, histórias tradicionais da América Latina e da Europa: o projeto Literatura Livre, do Sesc São Paulo, é o paraíso dos leitores ávidos por um clássico. Com seis títulos já disponíveis, a iniciativa vai publicar, em edições inéditas e bilíngues, 14 e-books gratuitos com obras originárias dos povos que contribuíram para a formação da cultura brasileira. (Mariana Payno)
Nem só de dramas hospitalares vive Shonda Rhimes. Bridgerton (2020), a nova produção da criadora de Grey's Anatomy, estreou na Netflix no Natal e já é um hit no pódio da plataforma. Baseada na coleção literária de Julia Quinn, traz cenário e figurino da época da Regência Britânica (século 19) -- mas questões e tramas assustadoramente atuais, com mulheres imponentes, um jornal de fofocas a la "Gossip Girl" e uma corte diversa. (Manuela Stelzer)
Sabe festa boa, que dá vontade de ficar até a última nota musical ser emitida pela caixa de som ou até o primeiro raio de sol sair? O novo álbum da inglesa Jessie Ware, “What’s Your Pleasure” é capaz de levar a essa pista perfeita, ainda que neste momento ela não exista. Com um clima superdisco, faz viajar no tempo: ao ouvir a faixa que dá nome ao disco, teletransporta-se à 1979 de “Born to be Alive”, de Patrick Hernandez, mas com mais classe. A seguinte, “Ooh La La”, mistura o baixo disco com o sintetizador do início dos anos 1980. Incríveis vocais, ecos de Madonna aqui, de dance italiano ali, e um monte de citações de outros marcos da história do pop estão ali – é um prato cheíssimo e delicioso para caçadores de referências. A crítica pirou, é possível que aconteça o mesmo com você.