Monóculo de Fotografia -- Objeto de Análise — Gama Revista
Isabela Durão

Monóculo de Fotografia

Do circo às romarias, ele se tornou muito popular na década de 80 como forma de guardar pequenos fragmentos de memória

20 de Julho de 2021

O QUE É

Ele pode até estar em uma caixa de sapato velho na casa da sua avó, mas se você costumava ir ao circo, visitar cidades históricas ou participar de romarias, o monóculo de fotografia é um antigo conhecido. Chamado também de binóculo em algumas partes do país, a peça de plástico em formato cônico cabe entre os dedos de uma pessoa, medindo cerca de 3 cm de comprimento. O corpo, normalmente colorido, tem em uma das extremidades uma lente e na outra uma tampa branca que na qual é encaixado um pequeno fotograma. Utilizado como chaveiro por diversas pessoas, o objeto permite que você guarde uma foto e a observe onde quer que você esteja, eternizando uma memória em um recipiente menor do que a palma da sua mão.

QUEM FEZ

Objetos que exibem fotos e fotogramas surgiram quase que simultaneamente com a invenção da fotografia, lá no século XIX. O monóculo, então, surge de uma longa tradição da fotografia estereoscópica, mas o ponto definitivo de sua origem ainda é um mistério. O livro “Monóculo? Só se for aqui! Na minha terra é binoclo” indica um possível local de nascimento do produto: uma loja de fotografia no bairro da Liberdade em São Paulo chamada “Kaplan”. O que se sabe ao certo é que os monóculos surgiram em meados da década de 60 e estouraram em popularidade durante a década de 80, onde sua produção era massiva e feita por inúmeras pessoas ao redor do país.

POR QUE É TÃO DESEJADO

A qualidade da foto pode não ser das melhores, mas há algo de mágico e nostálgico no ato de enxergar, através de uma lente do tamanho de uma pupila, uma pequena fotografia. Vendido por fotógrafos ambulantes em cidades históricas e nas lojinhas de circos após o espetáculo, o objeto está relacionado a passeios e aventuras, registrando momentos especiais que não costumavam ser guardados. Em uma época em que a fotografia digital era inexistente, ter um fragmento de memória sempre ao seu alcance era um luxo inestimado. Some isso ao fator nostálgico e às cores da embalagem (que mais parece um brinquedo) e é possível entender por que, mesmo anos depois de seu auge, o monóculo ainda permanece vivo na memória de tantas pessoas.

VALE?

Com o surgimento da fotografia digital, o interesse no objeto foi diminuindo e hoje eles já não são mais encontrados com tanta facilidade. O mercado de casamentos e festas, entretanto, adotou o monóculo como um brinde de celebrações e é possível encontrar lojas especializadas que ainda produzem. Em um mundo digital, o valor do monóculo é puramente sentimental. Se você tem algum vínculo emocional, é possível reviver as memórias ao comprar ou ganhar um deles. Mas, se não há sentimento envolvido, existem maneiras melhores de guardar fotos físicas.

ONDE COMPRAR

Os modelos atuais de monóculos são vendidos como brindes de festa e costumam ser comercializados em grandes quantidades. Lojas que se especializam em brindes de casamento são a melhor aposta. Na Elo 7, 50 unidades sem foto saem por R$ 117,50 e 20 unidades com foto por R$ 80.

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