No primeiro episódio do podcast sobre Clodovil Hernandes (1937-2009) acompanhamos a infância no interior paulista do menino estudioso, com dotes para a costura e mão para o desenho. Na vida adulta, apesar dos embates com o movimento gay, Clodovil foi um dos primeiros homens a se declarar homossexual publicamente. Essas e outras contradições estarão nos episódios seguintes que, por meio de entrevistas e pesquisa de áudio, vão acompanhar o apresentador e costureiro até a chegada em Brasília, como deputado federal. (Luara Calvi Anic)
Corpos estranhos e retorcidos, compostos de órgãos e membros sobrepostos e, ainda, com objetos anexados estão na mostra Carapaças, do artista visual paulistano Zé Vicente, que passeia pelas fronteiras da colagem, assemblage e escultura. Seis composições, algumas gigantes, sugerem as carapaças que nomeiam a mostra e que podem ser vistas como personagens a partir da subjetividade de quem as observa. De 23/3 a 13/4. (Isabelle Moreira Lima)
Após se apaixonar por um vizinho misterioso (Paul Mescal), o solitário escritor Adam (Andrew Scott) passa a reexaminar o próprio passado. Ao visitar a casa onde cresceu, o autor reencontra seus pais – que morreram há mais de 30 anos – vivendo como se nada tivesse ocorrido. Baseado na obra do escritor japonês Taichi Yamada, o longa flerta com o surrealismo e conta uma melancólica história sobre memória, pertencimento e solidão. (Daniel Vila Nova)
Um faxineiro japonês viaja diariamente de banheiro a banheiro, limpando a cidade de Tóquio. A premissa do longa, que não parece muito interessante à primeira vista, transforma-se em uma bonita reflexão sobre a vida, a rotina e a felicidade pelas lentes de Wenders. Estrelado por Koji Yakusho, que ganhou o prêmio de Melhor Ator em Cannes, o filme está disponível nos cinemas brasileiros e no Mubi. (Daniel Vila Nova)