"Todos, todos os sadios prazeres da vida, enfim, são privilégios masculinos!", escreve Ercilia Nogueira Cobra, em "Virgindade Inútil" (Carambaia, 2022), que escreveu em 1927. Ela, que foi uma voz importante da literatura do início do século 20, mistura sátira, ficção e argumentação contra a dominação patriarcal. O cenário é um país chamado Bocolândia, onde se conserva um estado de estupidez. Em alguns momentos, soa como 2022. (Isabelle Moreira Lima)
Um vazamento massivo de dados secretos da C.I.A. Sabotagem? Terrorismo? Não. Uma reportagem da The New Yorker revela uma motivação banal: a raiva que um funcionário da agência sentia dos colegas de trabalho. Antes de se demitir, o programador Josh Schulte levou consigo informações sigilosas do governo americano. A reportagem detalha a vida do programador, sua trajetória na C.I.A. e o desenrolar do seu julgamento. (Daniel Vila Nova)
O líder dos Racionais MC's recebe uma das maiores intelectuais do movimento negro brasileiro. Durante duas horas, duas das mais importantes figuras do Brasil contemporâneo debatem temas como racismo e a sociedade brasileira. Mais do que uma entrevista, Mano a Mano dá uma aula. Para quem deseja mais da filósofa, o 1º Festival Casa Sueli Carneiro tem uma programação inteira online e presencial. (Daniel Vila Nova)
Em 2021, o filme “Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental”, uma crítica com humor ácido ao machismo, estreou arrebatando o Urso de Ouro. Agora, o longa está sendo lançado em circuito comercial no Brasil. Embora trate da realidade da Romênia, país do cineasta Radu Jude, este conto sobre o preconceito sofrido por uma professora que teve sua sex tape vazada encontra ressonância no mundo todo. (Leonardo Neiva)
Se a era do papel parece cada vez mais próxima do fim, a revista Morel é um libelo de resistência. Focada em literatura, fotografia e artes visuais, traz longos ensaios fotográficos, poemas narrativos, trechos de romances, cartuns, perfis, entrevistas, ficções. Na última edição, conta com Autumn Sonnichsen, que registra todas as idades de Maria Ribeiro, colunista da Gama. Há ainda uma prosa inédita de Xico Sá. Pode ser assinada. (Manuela Stelzer)
Após cinco anos de “Everything Now”, a banda canadense está de volta. Em “We”, nome inspirado no clássico da ficção científica de Evgeni Zamiatin, o Arcade Fire aposta no isolamento e na reconexão como principais motes do novo trabalho. Com 7 faixas divididas em duas partes – “I” e “WE” –, o álbum é a despedida de Will Butler do grupo. O disco será lançado nesta sexta (6), mas já é possível escutar algo nas plataformas da banda. (Daniel Vila Nova)
Uma reportagem da Agência Pública revelou um esquema de propaganda financiado pelo Ifood que teria como intenção sabotar o movimento de entregadores. Por meio de perfis falsos e agentes infiltrados, agências de publicidade produziam conteúdo que questionava as reivindicações políticas de parte desses trabalhadores. A investigação é assinada pela jornalista Clarissa Levy e pode ser lida no site da agência de notícias. (Daniel Vila Nova)
Os três episódios, baseados em reportagens publicadas pelo portal em 2020 e 2021, destrincham as horrendas acusações de abuso, estupro, exploração sexual e aliciamento contra Saul Klein, filho do fundador das Casas Bahia e figura importante do futebol paulista. As mulheres entrevistadas contam como ele as teria machucado física e psicologicamente e estruturado uma organização criminosa. O caso é investigado pela polícia. (Betina Neves)
O rapper Emicida, o neurocientista Sidarta Ribeiro e os jornalistas especialistas em segurança pública Cecília Oliveira e André Caramante são alguns dos convidados já confirmados para a nova temporada do podcast de Mano Brown, que estreia dia 24 e tem novos episódios todas às quintas. Com muita escuta ativa e papo reto, a nova leva de entrevistas pretende explorar o formato mesa-redonda, com mais de um convidado por vez. (Manuela Stelzer)
Nesta quarta (23), a Fósforo lança “O Acontecimento”, mais uma obra da aclamada escritora francesa Annie Ernaux, autora de “Os Anos” e “O Lugar”. No livro, ela resgata sua jornada solitária na tentativa de realizar um aborto clandestino na juventude, quando a prática era proibida na França. Uma reflexão sobre as intromissões da lei sobre o corpo feminino, o livro já virou até um filme, que recebeu o prêmio máximo em Veneza em 2021. (Leonardo Neiva)
Conhecida por outros livros-reportagem de peso, a jornalista publica agora, três anos depois do rompimento da barragem explorada pela mineradora Vale, uma reconstituição sensível e profunda das primeiras 96 horas da tragédia que matou 270 pessoas. Daniela entrevistou sobreviventes, familiares das vítimas, bombeiros, médicos-legistas, policiais e moradores das áreas atingidas e acompanhou o impacto das indenizações e contrapartidas institucionais para a reparação dos danos materiais. (Betina Neves)
Um relato sobre uma histerectomia. Mas também uma reflexão sobre identificação de gênero que vai além do não binarismo. E como falar de tudo isso de forma não-ocidental? Akwaeke Emezi, que nasceu na Nigéria e que, no Brasil, é mais popular pelo romance "Água Doce", conta neste texto para a The Cut sobre as dificuldades de sua cirurgia e como se identifica com os espíritos ogbanje, da cultura Igbo, da qual faz parte. Um texto envolvente e profundo que funciona como um teaser para seu best-seller, que a editora Todavia lança em setembro. (Isabelle Moreira Lima)
A fim de estudar algum assunto sem ter que botar os pés fora de casa? A plataforma Classcentral oferece quase 500 cursos online de algumas das melhores universidades dos EUA, como Harvard, Yale e Stanford, além de milhares em outras instituições pelo mundo, totalmente gratuitos. Se seu sonho é aprender sobre como fazer animações, o universo dos bitcoins ou poesia norte-americana, basta se inscrever e começar. (Leonardo Neiva)
O rapper está de volta com a segunda parte da aclamada trilogia “Roteiro para Aïnouz”. Com um discurso revolucionário, o cearense continua a explorar relatos autobiográficos e nos convida a imaginar um outro Brasil -- onde as injustiças sociais e raciais não nos prendem mais ao passado. O novo álbum conta com as participações de Djonga, Rael e a dupla Tasha & Tracie, e já está disponível nas plataformas de streaming. Junto com o lançamento, uma série de clipes também está disponível no YouTube. (Daniel Vila Nova)
O que é uma fotografia senão um emaranhado de camadas interpretativas? Pois a produção do fotógrafo e pesquisador Boris Kossoy joga justamente com essa característica inata da imagem. Lançado em 1971, "Viagem pelo Fantástico" traz retratos que remetem ao filme noir, ao mistério, ao realismo fantástico. Esgotado por décadas, o livro ganha edição especial (IpsisPub) e um evento de lançamento no sábado (4) no MIS-SP, instituição da qual Kossoy foi diretor nos anos 1980. (Luara Calvi Anic)
A revista Piauí destrincha a noite que nunca terminou para a jovem mineira, que acusou o empresário André Aranha de estupro em 15 de outubro de 2018. O caso ganhou notoriedade nacional com a divulgação do vídeo da audiência na época, que mostrou o tratamento humilhante e machista dado a Ferrer, retratada como golpista pelo advogado de defesa. A reportagem examina pormenores e contradições do caso, que terminou com a absolvição de Aranha em outubro deste ano. (Betina Neves)
Dirigido por Bianca Lenti, o longa reúne depoimentos, dados e experiências de sete adolescentes submetidas ao casamento precoce. A ideia da diretora é tratar do tema como algo menos associado ao extremismo religioso do que se imagina, e levantar o debate sobre uma prática comum no Brasil, que ocupa a quarta posição no ranking mundial de casamentos infantis. Disponível na HBO Max, aborda a desigualdade e a violência dos casos e a necessidade de apoio a meninas em vulnerabilidade social. (Andressa Algave)
“Quem lê tanta notícia?”, perguntou Caetano na letra de “Alegria, Alegria” (1967), numa época em que não havia redes sociais, pushes, newsletters nem podcasts de notícias. Mas é para tentar destrinchar tanta informação que a escritora Tati Bernardi, a psicanalista Vera Iaconelli e o advogado Thiago Amparo se reúnem no novo programa original do Spotify. No primeiro episódio, já no ar, eles vão do discurso de Bolsonaro na ONU ao “stealthing”, ou a tentativa de criminalizar o ato de tirar a camisinha durante a relação sexual na Califórnia. (Amauri Arrais)
“O neoliberalismo fez com que passássemos a nos ver como competidores em vez de colaboradores, consumidores em vez de cidadãos”, diz a economista inglesa Noreena Hertz no livro, recém-lançado pela Editora Record. A autora aponta que, mesmo antes do isolamento ocasionado pela pandemia, a solidão já vinha se estabelecendo como condição definidora do século 21, com comunidades fragmentadas diante de décadas de políticas que puseram o interesse próprio acima do bem coletivo. Como antídoto, ela propõe, por exemplo, modelos inovadores de vida nas cidades. (Betina Neves)
Após ter conquistado o prêmio do público no Festival de Berlim, o longa chega aos cinemas num momento oportuno, em que os indígenas se mobilizam novamente por suas terras. Dirigido por Luiz Bolognesi, com roteiro escrito em parceria com Davi Kopenawa, mescla imagens documentais e encenação para mostrar a luta, a vida cotidiana e a cosmovisão dos yanomami. A história é inspirada no livro “A Queda do Céu”, em que Kopenawa, xamã e liderança, narra a relação do povo com a terra e sua religiosidade. (Amauri Arrais)
“Meu nome é Priscila, tenho 27 anos e moro ao lado da Represa Billings. Sou casada e tenho quatro filhos. Faço bolos e sonho em ter uma confeitaria”, afirma a entregadora de aplicativo cuja história é contada no site Da Garupa, desenvolvido pela turma de Design Gráfico e a Cidade, da Escola da Cidade (SP). Além da história de Priscila, há relatos de Paulo, Johnata e Pedro, que em conjunto dão uma ideia da dureza da vida das vítimas da uberização do trabalho. (Isabelle Moreira Lima)
Recém-lançado, o podcast traz os bastidores de histórias de grandes fraudes cometidas em nome da ciência. A discussão chega em um momento em que nunca foi tão evidente o estrago que a ciência “suja” pode causar - não por acaso, o atual presidente é citado já no primeiro episódio, que fala do caso da “pílula” do câncer, defendida por Bolsonaro. Os próximos episódios abordarão temas como o movimento antivacina, a epidemia de preconceito ligada à Aids e, claro, a resposta brasileira à pandemia de Covid-19. A produção foi feita com apoio do Instituto Serrapilheira. (Betina Neves)
O projeto Fronteiras do Pensamento, que promove conferências internacionais com pensadores da atualidade, deu início à sua temporada 2021. A edição deste ano, chamada Era da Reconexão, busca se aprofundar na necessidade de interdependência, empatia e cooperação para um futuro global mais brilhante e menos caótico. A abertura foi com o biólogo Jared Diamond, vencedor do Prêmio Pulitzer com o livro "Armas, Germes e Aço" (W.W. Norton, 1997), mas o evento vai até dezembro, com ingressos à venda e a participação de nomes como Anne Applebaum, Margaret Atwood e Carl Hart. (Andressa Algave)
Em outubro de 2020, o Instituto Ibirapitanga realizou o encontro “Branquitude: racismo e antirracismo”, um convite para repensar as relações raciais no Brasil. A conversa virtual contou com a participação de nomes como Sueli Carneiro, Thiago Amparo e Flávia Oliveira. O sucesso foi tamanho que agora o Instituto lança um caderno homônimo, que organiza falas importantes do encontro. Nesta quinta-feira (12), às 18h30, uma live com a participação da colunista da Gama Winnie Bueno marca o lançamento do caderno com um debate sobre o tema. (Manuela Stelzer)
O programa apresentado pela escritora e colunista da Folha de S.Paulo Tati Bernardi ganha novos episódios semanais a partir desta sexta (16). Nele, Tati faz o que mais sabe: expõe suas neuroses numa bem humorada sessão de terapia pública com nomes conhecidos da psicanálise, como já fez com Vera Iaconelli, Christian Dunker e Maria Homem. Pode parecer uma grande egotrip -- e é -- mas impossível não se identificar com temas como ansiedade, pânico, solidão e falta de libido nesses tempos. Nas plataformas de áudio. (Amauri Arrais)
Na década de 90, Cristina Ortiz Rodríguez conquistou a Espanha com sua personalidade extravagante e seu talento em frente às câmeras. Inspirada em sua biografia, a série "Veneno" conta a história de como a cantora, atriz e apresentadora se tornou "La Veneno", um ícone LGBTQIA+ europeu. A série, já disponível na HBO Max brasileira, conta com 8 episódios e explora o passado da cantora, sua ascensão à fama e as dificuldades que uma mulher trans enfrenta em nossa sociedade. (Daniel Vila Nova)
Lançado em 1997 pelo selo independente Cosa Nostra, “Sobrevivendo no Inferno”, dos Racionais MC’s, vendeu mais de 1,5 milhão de cópias e é hoje considerado o álbum mais importante do rap brasileiro. Contendo “Diário de um Detento”, entre outros hits, ele agora virou tema da coleção O Livro do Disco, da editora Cobogó. “Racionais MC’s: Sobrevivendo no Inferno”, de Arthur Rocha, reúne uma miscelânea de vozes num panorama que busca refletir a relevância estética, social e política da obra. (Leonardo Neiva)
A série documental “1971” é uma aula de história, política e cultura pop em doses viciantes. A cada episódio, foca em três ou quatro artistas que lançaram álbuns relevantes há 50 anos e que foram ator ou reflexo da política da época. No primeiro episódio, conta o efeito poderoso do álbum “What’s Going On”, de Marvin Gaye, que com muita elegância passou a mensagem dura e dolorosa tão necessária à época. Vale a audição do álbum também. (Isabelle Moreira Lima)
Você já pode ter assistido, mas muito dificilmente leu “Nomadland” (2020), grande ganhador do último Oscar. Isso porque a primeira versão em português do livro que serviu de base para o longa chega em 30/5, pela Rocco. A obra de Jessica Bruder retrata americanos afetados pela crise, que vivem em trailers e pegam trabalhos sazonais. A reportagem inspirou o filme dirigido por Chloé Zhao e com Frances McDormand — ambas premiadas. (Leonardo Neiva)
Já está no ar a quarta edição do Festival Serrote, promovido pela revista homônima do IMS, especializada em ensaios sobre cultura e sociedade. Serão quatro debates online, de 15 a 17 de abril, com transmissão ao vivo. Alguns dos destaques são a jornalista vencedora do Pulitzer Isabel Wilkerson, as historiadoras Wlamyra Albuquerque e Heloisa Starling, e o cartunista Claudius Ceccon, em conversas sobre racismo, pandemia e ditadura. (Leonardo Neiva)
E não é que março trouxe uma notícia animadora para os fãs de rap? Desaparecido das redes desde que foi criticado por causar aglomeração num show, o rapper Djonga foi um dos assuntos mais comentados da internet ao reativar sua conta no Instagram para avisar que tem álbum novo chegando. No trailer de divulgação do trabalho, que se chama “Nu” e sai sábado (13), o rapper se vê num julgamento popular (coincidência?), onde é guilhotinado. (Leonardo Neiva)
A partir desta sexta-feira (5), a escritora Tati Bernardi, uma neurótica em eterno tratamento como ela mesma se define, leva seus demônios, um a um, semanalmente a um divã diferente. No podcast Meu Inconsciente Coletivo, psicanalistas como Vera Iaconelli, Christian Dunker e Maria Homem comentam sobre a solidão de uma crise de pânico, o desaparecimento de sintomas e o paradeiro desconhecido do orgasmo. (Isabelle Moreira Lima)
Em 1939, o arqueólogo Basil Brown foi um dos pioneiros na descoberta de um navio anglo-saxão de 1.400 anos de idade em uma propriedade rural no sudeste da Inglaterra. Só recentemente, porém, foi reconhecido pelo feito. Sua história é contada no filme “The Dig”, com um elenco liderado por Ralph Fiennes e Carey Mulligan. O longa, disponível na Netflix, acrescenta várias pitadas de ficção a um relato histórico bastante interessante por si só. (Leonardo Neiva)
Do Egito Antigo a Cardi B, pouco mudou no que diz respeito às unhas. Desde os primórdios, a cultura da cutícula nunca foi apenas uma questão de vaidade: esteve relacionada a discussões de classe, raça e gênero. O Guardian relembrou a história do cuidado com as unhas, que apesar da origem multicultural, manteve-se reservada à elite. Hoje nas mãos de artistas como Lizzo e Billie Eilish, ainda é um luxo -- e símbolo de poder. (Manuela Stelzer)
As cicatrizes da escravidão são sentidas até hoje no Brasil, mas além da desigualdade e do preconceito racial um estudo busca provar que ela também atrasou a industrialização do país. A pesquisa, das universidades de Manchester e Bonn com a Fundação Getulio Vargas, desmente a tese de que a exploração é benéfica para o crescimento de um país e aponta que a escravidão beneficiou apenas uma pequena parcela da elite brasileira. (Daniel Vila Nova)
Entre eletrônicos, produtos de beleza e aparelhos médicos, eis a seleção da revista Time das cem melhores invenções de 2020. Todos os anos, os editores da revista nomeiam criações dos últimos 12 meses que tornaram o mundo um lugar melhor, mais inteligente e até mais divertido. As nomeações passam por uma avaliação minuciosa, que leva em conta questões de criatividade, originalidade, eficácia, ambição e impacto gerado pela descoberta. A lista deste ano conta com um robô tutor, uma tecnologia capaz de catalisar uma vacina para o coronavírus e um tubo de pasta de dente mais ecológico -- entre outras invenções que podem mudar a maneira como trabalhamos, pensamos e vivemos. (Manuela Stelzer)
Yuval Noah Harari, Lilia Moritz Schwarcz, Djamila Ribeiro, Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro estarão juntos, a partir desta quinta (21) até o próximo domingo, no festival virtual "Na Janela". Nesta edição, o tema é "literatura de não-ficção". No total, 13 autores publicados pela editora serão entrevistados em seu canal do YouTube. A programação completa está disponível no site da editora. A Amazon também participa do festival com uma página dedicada ao "Na Janela", onde há descontos em mais de cem títulos de não-ficção.
Um dos grandes problemas do nosso tempo, a crise dos refugiados é discutida por um viés mais humanista. “Aeroporto Central”, novo documentário do cineasta cearense Karim Aïnouz (“Madame Satã” e “A Vida Invisível”), conta a história de pessoas que saíram do Oriente Médio e acabaram habitando um antigo aeroporto nazista, hoje um asilo para milhares de refugiados. O filme ganhou o prêmio da Anistia Internacional da Mostra Panorama, no 68º Festival de Berlim, e está disponível em diversas plataformasdigitais.
A pandemia do coronavírus pôs em cheque todas as nossas certezas. É difícil pensar no amanhã quando o hoje parece não findar. Em "O Amanhã Não Está à Venda", Ailton Krenak, uma das mais importantes lideranças indígenas do Brasil, reflete sobre o relacionamento entre a humanidade e a natureza, advocando por uma convivência mais harmônica. Krenak questiona o desejo pela volta a uma suposta normalidade, quando a verdadeira reflexão deveria ser sobre uma nova realidade mais justa e igual. A versão digital está disponível de forma gratuita na Amazon.
Quando o rapper Criolo fez sua própria versão de “Cálice”, de Chico Buarque, ele chamou atenção de grandes nomes da MPB. Um deles foi Milton Nascimento. A amizade já gerou uma turnê e, para combater o COVID-19, os amigos vão se juntar mais uma vez. “Existe Amor” é o nome do novo projeto dos dois, que conta com um álbum com lançamento programado para maio e um fundo solidário para a população vulnerável durante a pandemia. O projeto ganhou sua primeira música e clipe na madrugada de sexta-feira (24), uma nova versão de "Não Existe Amor em SP" disponível no canal do YouTube do Criolo.