O que acontece quando as escolas proíbem celulares? — Gama Revista
É mesmo o fim do celular nas escolas?
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Ilustração de Isabela Durão

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Podcast da semana

Andrea Nasciutti: escola sem celular

Para psicopedagoga, transição será intensa e mostrará mudanças já no primeiro semestre, com efeitos positivos que vão até a redução dos casos de bullying

Isabelle Moreira Lima 02 de Fevereiro de 2025

Andrea Nasciutti: escola sem celular

Isabelle Moreira Lima 02 de Fevereiro de 2025
Ilustração de Isabela Durão

Para psicopedagoga, transição será intensa e mostrará mudanças já no primeiro semestre, com efeitos positivos que vão até a redução dos casos de bullying

Os efeitos do uso de celular nas crianças são um dos assuntos mais quentes do momento. E o que acontece quando não é mais possível utilizá-lo nas escolas de todo o país?

Em janeiro, foi sancionada a Lei Nº 15.100, que diz que “fica proibido o uso, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais durante a aula, o recreio ou intervalos entre as aulas, para todas as etapas da educação básica”. Há exceções, como nas situações de “estado de perigo, de necessidade ou caso de força maior”; para garantir direitos fundamentais; para fins estritamente pedagógicos; e para garantir acessibilidade, inclusão, e atender às condições de saúde dos estudantes.

Para a assessora escolar e pedagoga Andrea Nasciutti, convidada do Podcast da Semana, com a nova lei, até os casos de bullying devem cair.

“O fato dos estudantes terem o celular à mão na escola amplia muito a possibilidade de mandarem mensagens durante os intervalos, de filmarem situações indevidas, fotografarem, depois divulgarem”, afirma.

“O cyberbullying é mais cruel e devastador do que o bullying presencial, justamente pelo alcance. Uma das características do bullying é que ele seja repetitivo. O cyberbullying precisa ser repetitivo, pois pela própria característica ele se propaga de forma muitas vezes incontrolável. E com alcance gigantesco. Então é uma medida de contenção de bullying e cyberbullying com toda certeza.”

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Com 20 anos de experiência em educação, Nasciutti é também psicopedagoga e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Moral da UNICAMP/UNESP e do Laboratório de Educação em Valores e Socioemocional da USP. Ao Podcast da Semana, ela afirma acreditar que a transição vai ser intensa e rápida, com os maiores efeitos já no primeiro semestre deste ano.

 Divulgação

Na entrevista, ela fala sobre possíveis crises de abstinencia das crianças e adolescentes e como lidar com elas, sobre a complexidade que envolve a situação de alunos com menos conectividade, e frisa que os efeitos positivos devem superar os negativos, com mais sociabilidade e menos problemas no aprendizado.

Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima

No link abaixo e também no Deezer, no Spotify, no Apple Podcaste no YouTube, você escuta este episódio.