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Escritor queridinho do público brasileiro, o francês Édouard Louis utiliza da literatura para denunciar a homofobia, o machismo e a desigualdade social
Um dos escritores contemporâneos mais queridinhos pelos leitores brasileiros ultimamente, Édouard Louis vem ao país no próximo mês de outubro. O francês é um dos autores confirmados para a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty)
O anúncio da vinda de Louis ocorreu na última sexta-feira (12) na página oficial do evento. E comoveu muitos fãs nos comentários, que deixaram corações, palminhas e mensagens afirmando que aquela se tratava da melhor notícia do dia
Quando o trecho do livro “Mudar: Método” (Todavia, 2024) foi publicado na Gama, Louis fez questão de compartilhar a publicação da revista em seu Instagram — simpatia pura!
O autor, já conhecido por “Quem Matou Meu Pai” (Todavia, 2023) e “Lutas e Metamorfoses de uma Mulher” (Todavia, 2023), lançou em 2024 a obra “Monique s’évade” (Seuil), ainda sem tradução brasileira
Em um programa de televisão, o escritor de 31 anos, expoente da autoficção, refletiu a respeito do livro, que fala sobre como as diferentes formas de opressão social — da discriminação de classe, passando pelo ódio contra homossexuais à dominação masculina — aprisionam as pessoas
As obras de Louis abordam a homofobia, o machismo, a luta de classes e os direitos de indivíduos marginalizados pela sociedade. Nas redes sociais, a mesma coisa: ele dá voz às causas que acredita
O francês é assumidamente gay e tem como uma das suas principais bandeiras a luta pelos direitos LGBTQIAP+
Recentemente, ele ganhou ainda mais destaque na mídia francesa pelo aberto posicionamento político sobre as eleições legislativas deste ano
Em 2020, o autor já dava ênfase à sua opinião ao celebrar cada vez mais pessoas interessadas em “transformar o palco num espaço político”, quando foi anunciada a adaptação de “Quem Matou Meu Pai” para o teatro pelo turco Kemal Aydogan
O escritor Édouard Louis é símbolo de luta e de boa literatura na França e no mundo, o que justifica a ansiedade de vê-lo no Brasil durante a Flip
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