“Motivações Genuínas” mostra o que move as pessoas a realizar seus projetos de vida

O que move as pessoas a empreender seus projetos de vida? De onde vem sua motivação para realizá-los? O fotógrafo e diretor de filmes Ioram Finguerman ficou com essas perguntas na cabeça durante anos, desde que visitou a Alemanha, antes da pandemia, em 2018. “Sou judeu e ir para a Alemanha é sempre muito forte. Estava num ônibus e vi uma senhora sentada de costas para uma jovem, e comecei a pensar que ambas não faziam idéia de quem era a outra, e comecei ficcionalizar uma história entre elas.”

Aquela foi uma fagulha que não se apagou. Durante a pandemia, virou perfil no Instagram em que contava pequenas ficções surrealistas a partir de cenas que via ao seu redor, hoje com 180 microcontos. Depois, virou filme, quando uma amiga contou que tinha cartas da família em casa que jamais haviam sido lidas. Ali, começou a investigar as motivações de pessoas reais.

Mas tudo isso foi apenas um “ensaio” para o que vinha depois, o que ele considera o projeto de sua maturidade, e que produziu com o apoio da Gama: a série documental “Motivações Genuínas”, que em dez capítulos apresenta um olhar sobre a formação e as histórias de artistas e criadores que realizam projetos relevantes, originais e que tem um efeito positivo na sociedade. “A série olha para as trajetórias individuais a partir da sua conexão com o Brasil e com as grandes questões do mundo contemporâneo, algo que está no centro da visão editorial da Gama“, afirma Paula Miraglia, publisher e diretora-geral da revista.

Na primeira temporada, cinco episódios trazem entrevistas com o violonista João Camarero; a fundadora do grupo bloco de mulheres negras Ilú Obá De Min, Beth Beli; os psicanalistas e escritores André Alves e Lucas Liedke, que juntos fazem o podcast Float Vibes e analisam tendências de comportamento; o designer, artista plástico e criador do Erê Lab, de brinquedos para espaços públicos, Roni Hirsch; e Rubens Amatto, fundador da Casa de Francisca, casa de shows que ocupa um palacete centenário no centro de São Paulo. São episódios de 12 a 25 minutos, disponibilizados semanalmente, em que eles contam sobre suas vidas e obras.

“Estamos falando de música, de empoderamento feminino, de psicanálise, de crianças e a cidadania infantil, de combate ao racismo. Ouvir sobre a vida dessas pessoas é algo que me mobiliza muito. Gosto do que é profundo, e que nem sempre aparece na superfície.”, afirma Finguerman. Já há uma segunda temporada produzida com outros cinco nomes confirmados.

Os vídeos podem ser assistidos no site da Gama e no canal da revista no YouTube.