Bloco de notas
As tradições da gastronomia brasileira, o combate à fome e um podcast com Mara Salles e Neide Rigo sobre o que come o Brasil. Esses e outros conteúdos estão entre as indicações da redação
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Divulgação
Você conhece A HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO NO BRASIL? A série de 2020 passeia pela história de ingredientes como a mandioca, o milho e a banana, e mergulha nas raízes das culinárias indígena, africana e portuguesa. Baseada na investigação do potiguar Câmara Cascudo sobre a origem das comidas brasileiras, publicada em um livro de 1967, conta com depoimentos de chefs, artistas e estudiosos.
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Frango com quiabo, tutu de feijão e leitão a pururuca são pratos tipicamente mineiros, certo? Não para o sociólogo Carlos Alberto Dória. Em seus livros “Formação da Culinária Brasileira – Escritos sobre a Cozinha Inzoneira” (2014) e “A Culinária Caipira da Paulistânia – A História e as Receitas de um Modo Antigo de Comer” (2018), relançados pela editora Fósforo, ele afirma como a COZINHA NACIONAL ESTÁ ENVOLTA EM TRADIÇÕES INVENTADAS: traz uma série de ensaios que passeiam pelos ingredientes, técnicas e processos sociais que levaram à criação de hábitos e pratos nacionais, e investiga a fundo a cozinha caipira.
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De Norte a Sul, a culinária nacional varia a depender de sua história e heranças locais. Gama conversou com chefs que resgatam em seus cardápios COZINHAS REGIONAIS BRASILEIRAS, seus cheiros e sabores. É o caso do Jesuíno Brilhante, de comida sertaneja, Casa Tucupi, do Acre, e A Baianeira, que mistura ingredientes da divisa entre Minas Gerais e Bahia.
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Divulgação/ Nordestesse “Cuscuz da Irina”
NORDESTESSE é uma plataforma colaborativa que documenta e amplifica o talento de criativos dos nove estados do Nordeste, com ênfase no design autoral e no resgate de tradições, saberes e matérias-primas da região. Um dos pilares do perfil, fundado pela jornalista Daniela Falcão, é a GASTRONOMIA DO NORDESTE, com boas dicas de restaurantes e outras iniciativas, como Kassuá e Cuscuz da Irina.
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André Borges/Agencia Brasília
O COMBATE A FOME voltou a ser um tema urgente, vide os mais de 33 milhões de brasileiros sem comida na mesa e o aumento inédito deste número nos últimos anos, como evidencia o Nexo Políticas Públicas. As crianças também não ficam de fora do debate: a FOME INFANTIL não é apenas um problema de agora (que o percentual de lares com insegurança alimentar grave praticamente dobrou de 2020 para 2022), como é uma questão do futuro, já que afeta saúde, inteligência e físico no decorrer da vida dos pequenos.
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Reprodução
Na Gama, não faltam conteúdos sobre comida. Já falamos do livro “FERMENTAÇÃO À BRASILEIRA”, que coloca ingredientes nativos como protagonistas de conservas, kombuchas e outros fermentados. Também contamos da célebre “High on the Hog”, da Netflix, que usa da GASTRONOMIA PARA RESGATAR CULTURA E HISTÓRIA apagadas pela escravidão e pela violência. E por fim, trouxemos o projeto A.MAR, que inaugurou um laboratório de técnicas ancestrais para VALORIZAR O PESCADO e dar visibilidade às comunidades do litoral paulista.
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Uma FRUTA RESGATADA é diferente de uma descartada. E um VEGETAL IMPERFEITO não tem nada a ver com um podre. Diferentes iniciativas nacionais não julgam os alimentos pela casca, combatem o desperdício e a fome, e apoiam os pequenos agricultores. Selecionam e entregam legumes, frutas e verduras que não atendem o padrão estético do consumo – mas não pecam na qualidade.
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“Não foi na Sorbonne nem em qualquer outra universidade sábia que travei conhecimento com o problema da fome. Esta se revelou espontaneamente a meus olhos nos mangues do Capibaribe, nos bairros miseráveis da cidade do Recife”
A fala é de Josué de Castro (1908-1973), autor do clássico “Geografia da Fome” (1946). Sua tese defende que a fome é decorrente dos sistemas econômicos e sociais, não de condições climáticas, argumento que amplia o escopo do debate sobre as raízes do subdesenvolvimento. Agora, o título é relançado pela Todavia, em uma edição com apresentação de Milton Santos e prefácio de Silvio Almeida.
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Um papo com a chef Mara Salles e com a nutricionista e pesquisadora Neide Rigo. No episódio do Podcast da Semana, elas conversam sobre O QUE COME O BRASIL HOJE, as transformações causadas pela industrialização de alimentos no país, como a educação pode melhorar a cesta básica num momento em que a escassez alimentar cresce, além de tecer comentários sobre a cozinha amazônica e a mandioca como um dos ingredientes nacionais mais interessantes.
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“O TREMOR DO JAMBU É GOSTOSO DEMAIS”, canta Dona Onete em sua música “Jamburana”, uma exaltação à cachaça brasileira que deixa a língua dormente e a boca “muito louca”. Há diferentes drinks possíveis com a bebida amazônica.
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CAPA Qual o tamanho do seu prato?
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1Semana Adriana Salay: “Não há vontade política para reduzir a fome”
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2Depoimento O que é a comida brasileira?
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3Podcast da semana Néli Pereira: 'A sabedoria indígena põe o Brasil na vanguarda das plantas'
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4Reportagem Aos vegetais, seu protagonismo
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5Bloco de notas As dicas da redação sobre o tema da semana