Dez lançamentos para retomar o prazer da leitura — Gama Revista

Dez lançamentos para retomar o prazer da leitura

De novos livros de autores brasileiros a volumes sobre economia e histórias de terror, Gama lista as principais novidades literárias

Leonardo Neiva 17 de Agosto de 2022

Para quem gosta de ler ou está buscando um livro para devorar nos próximos dias, este mês de agosto está repleto de opções bastante diversas chegando às prateleiras. Além de grandes autores nacionais, como Lourenço Mutarelli e Sérgio Rodrigues, há novas opções para todos os gostos, desde os fanáticos por terror até os interessados em economia e análises sociais. E, se para muita gente julho foi um período bastante atribulado com as férias das crianças, agosto se torna uma ótima oportunidade para sentar na poltrona mais confortável e mergulhar de cabeça em um livro.

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Para te ajudar a navegar por essa variedade de opções, Gama reúne a seguir dez dicas de obras que são destaques entre os últimos lançamentos. Da escritora e ativista americana Alice Walker a novos livros de autores como Carol Bensimon e Marcelo Rubens Paiva, passando ainda por um volume quentinho do economista Thomas Piketty e por um clássico de terror que influenciou grandes nomes como Stephen King e Lovecraft, a lista tem um pouquinho para cada tipo de leitor.

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    ‘Meridian’, de Alice Walker (José Olympio)

    Finalmente chega ao Brasil o segundo romance da famosa escritora e ativista negra americana, vencedora do Pulitzer com o poderoso “A Cor Púrpura” (José Olympio, 2009). Escrito originalmente em 1976, “Meridian” reflete o nome da protagonista negra e pobre, nascida no Sul dos Estados Unidos, e que busca um equilíbrio ético na sua militância política. A narrativa de amadurecimento absorve muitas das reflexões da autora na época a respeito de temas como raça, classe e gênero.

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    ‘A Vida Futura’, de Sérgio Rodrigues (Companhia das Letras)

    Se Machado de Assis e José de Alencar estivessem vivos hoje, o que escreveriam? Ou melhor, o que achariam deste mundo tão diferente do que conheceram? É a estas perguntas inusitadas que tenta responder o novo livro de Sérgio Rodrigues, autor de “O Drible” (Companhia das Letras, 2013) e “A Visita de João Gilberto aos Novos Baianos” (Companhia das Letras, 2019). Em “A Vida Futura”, os dois autores do século 19 desembarcam no Rio em 2020, depois de descobrir que seus livros seriam reescritos para alcançar mais leitores. Neste Brasil contemporâneo, a dupla se vê às voltas com questões envolvendo milicianos e debates identitários.

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    ‘Poema de Amor Pós-Colonial’, de Natalie Diaz (Círculo de Poemas)

    A poeta americana de origem mojave chega em agosto ao Brasil pelo clube de assinatura Círculo de Poemas, com a obra vencedora do prêmio Pulitzer 2021. Em seu segundo livro, Diaz usa os versos para falar sobre a política dos corpos de latinas e indígenas, que habitam um país nascido a partir do apagamento dessas mulheres. Nas páginas de “Poema de Amor Pós-Colonial”, a voz da escritora, que é também ativista linguística, educadora e ex-jogadora de basquete, ecoa a cosmovisão de povos indígenas originários.

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    ‘O Grande Deus Pã’, de Arthur Machen (Todavia)

    Talvez nem os mais aficionados fãs de terror saibam muito sobre o britânico Arthur Machen (1863-1947), mas o fato é que “O Grande Deus Pã”, considerada sua obra-prima, influenciou grandes autores do gênero, de H.P. Lovecraft a Stephen King. O horror psicológico do livro acompanha os bizarros acontecimentos que se seguem a uma cirurgia cerebral, com a intenção de colocar uma paciente em contato com o mundo espiritual — mas que, é claro, acaba dando muito errado. “Uma das melhores histórias de terror já escritas”, na opinião de King.

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    ‘Diorama’, de Carol Bensimon (Companhia das Letras)

    O novo livro da autora de “Todos Nós Adorávamos Caubóis” (Companhia das Letras, 2013) e “O Clube dos Jardineiros de Fumaça” (Companhia das Letras, 2017) tira sua inspiração de um crime real para contar a história de uma protagonista cuja infância e família foram estilhaçadas por uma grande tragédia. Em “Diorama”, a escritora vencedora do prêmio Jabuti mescla coming of age com romance policial para explorar as marcas inapagáveis deixadas pelo crime e pelo preconceito.

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    ‘A Bastarda’, de Violette Leduc (Bazar do Tempo)

    Á primeira vista, Violette Leduc (1907-1972) não é dos nomes mais conhecidos no Brasil quando se fala em literatura. No entanto, a obra da autora francesa foi aclamada por autores como Albert Camus, Jean-Paul Sartre, Jean Cocteau e Simone de Beauvoir — com quem Leduc inclusive chegou a ter uma relação bastante intensa. No autobiográfico “A Bastarda”, o primeiro best-seller e seu livro mais conhecido até hoje, ela narra sua história desde a infância infeliz como filha de uma mãe solteira e rígida, a dificuldade de aceitar a própria aparência e os conflitos gerados por sua bissexualidade.

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    ‘Uma Breve História da Igualdade’, de Thomas Piketty (Intrínseca)

    O célebre economista francês e autor de “O Capital no Século XXI” (Intrínseca, 2014) e “A Economia da Desigualdade” (Intrínseca, 2015) está de volta às prateleiras, desta vez com uma análise sobre a evolução da busca pela igualdade na Terra ao longo dos séculos. Em “Uma Breve História da Igualdade”, o autor perpassa momentos da nossa história que ajudaram a moldar o mundo moderno, como revoluções, a escravidão, a ascensão do capitalismo e a construção do Estado do bem-estar social. Um conto de violências, injustiças e lutas sociais, em que raramente são dados passos que não sejam seguidos de algum tipo de retrocesso.

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    ‘O Retorno’, de Hisham Matar (Âyiné)

    O escritor britânico-líbio Hisham Matar tinha 19 anos quando seu pai foi sequestrado e levado à prisão na Líbia. Depois disso, ele nunca mais o viu. Vinte e dois anos depois, com a queda do ditador Muammar Gaddafi, Matar finalmente teve a oportunidade de voltar à terra natal, onde sai em busca das memórias de seu pai e do país que acreditava conhecer. Vencedor do Pulitzer de autobiografia, “O Retorno” narra a jornada do autor por suas memórias e a busca por um passado dilacerado pela política e a história.

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    ‘O Livro dos Mortos’, de Lourenço Mutarelli (Companhia das Letras)

    Como já é tradicional em sua obra, o autor de “O Cheiro do Ralo” (Companhia das Letras, 2011) e “Jesus Kid” (Companhia das Letras, 2021) mistura novamente em seu novo livro autobiografia e ficção para abordar os limites entre a narrativa e a vida. Em “O Livro dos Mortos”, o protagonista Pompeu Porfírio Júnior, um contador de histórias, relembra sua vida após ser acusado por crimes que não sabe se cometeu. Assim como em seu trabalho, ele vai traçando mundos por meio de suas histórias e convida o leitor a habitá-los.

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    ‘Do Começo ao Fim’, de Marcelo Rubens Paiva (Alfaguara)

    Já imaginou se, independentemente dos caminhos pelos quais a vida te levou, você nunca tivesse esquecido seu primeiro amor da juventude? Pois esse é o dilema do narrador de “Do Começo ao Fim”, que, após uma bem-sucedida carreira como escritor, um casamento seguido de um divórcio e um intenso tédio em meio à crise da meia-idade, decide reencontrar seu grande amor do passado. Na obra, o autor de “Feliz Ano Velho” (Companhia das Letras, 2015) e “Ainda Estou Aqui” (Companhia das Letras, 2015) cria um protagonista que vive entre memória, imaginação e realidade enquanto revê os erros do passado na esperança de construir um futuro mais promissor.

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