Trinta histórias protagonizadas por mulheres com tudo e nada em comum. Essa é a ideia de “Rugido” (Harper Collins, 2022), livro da irlandesa Cecelia Ahern. Nascidos de ditados populares, cada conto usa o realismo mágico para exagerar situações de constrangimentos e desejos rotineiros, com as quais muitas mulheres podem se identificar. A obra virou série, com Nicole Kidman, Cynthia Erivo e Alison Brie. (Leonardo Neiva)
Aos 11 anos, Roland, personagem central de "Lições" (Cia. das Letras, 568 págs, R$ 119,90) novo livro do escritor inglês, é abusado por sua professora de piano. Na vida adulta, sua esposa abandona a família deixando a criação da filha a cargo do pai. Ao longo dos anos – enquanto acompanhamos o desastre de Chernobil, o 11/9 e a pandemia da covid-19 – sua ex se torna uma escritora premiada. Enquanto Roland segue a vida de maneira apática, tentando decifrar a influência dessas mulheres sobre a sua história. (Luara Calvi Anic)
Finalista do Booker Prize 2021, o livro da britânico-canadense tem ares conhecidos por seus leitores: a protagonista é uma escritora de meia-idade que fala de temas como arte, literatura, beleza e maternidade. Desta vez, porém, a narrativa se dá toda dentro de uma casa, onde M, que vive com o marido e a filha, hospeda um prestigiado pintor. A história é inspirada nas memórias da escritora americana Mabel Dodge Luhan (1879-1962). (Betina Neves)
Usar o nome da sua principal série no título já é, de certa forma, uma injustiça com Matthew Weiner que, em entrevista à Folha, falou sobre a dificuldade de vender projetos depois de “Mad Men”. Para quem procura traços da história dos Draper em “Acima de Tudo, Heather” (Ed. Planeta), talvez veja semelhanças na trajetória de uma adolescente modelo – a Heather do título –, que vive num círculo privilegiado de uma rica Nova York, e nos interesses obscuros que uma personagem feminina forte pode atrair. (Amauri Arrais)
Voz aclamada na literatura de língua espanhola, o autor retorna no fim do mês à Festa Literária Internacional de Paraty, da qual participou em 2012, para falar do novo ”Poeta Chileno” (Companhia das Letras). Para quem ainda não conhece sua obra, porém, vale embarcar em “Ficção 2006-2014”, reunião dos romances "Bonsai", “A Vida Privada das Árvores” e “Formas de Voltar para Casa”; além dos contos de “Meus Documentos” e outros inéditos e de “Múltipla Escolha”, seu texto mais experimental. Suas histórias cativam pela simplicidade, em livros que a gente passa a tratar como bons amigos. (Betina Neves)
Quais os passos para escrever uma biografia? Eis a proposta do curso com o jornalista e escritor Mário Magalhães, com início em 30 de novembro. Em quatro aulas ao vivo pelo Zoom, a ideia é estruturar as etapas de uma biografia, da escolha de personagem à montagem do livro, passando pela apuração, organização das informações coletadas e redação. Magalhães já recebeu uma série de prêmios jornalísticos e literários no Brasil e no exterior e é autor de “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo” (Companhia das Letras, 2012), recém-adaptado para o cinema por Wagner Moura. (Betina Neves)
Não é exagero dizer que o português Tiago Rodrigues, ator, autor e diretor, é um dos nomes mais fortes do teatro contemporâneo, tanto que, em 70 anos, é o primeiro não-francófono à frente do Festival de Avignon, na França. Antes da pandemia, trouxe à Mostra Internacional de Teatro de SP, o texto “By Heart”, em que tira membros da plateia para encenar -- entre eles, é comum encontrar atores ávidos pela oportunidade de encenar seu texto, como foi o caso de Camila Pitanga e Martha Nowill. O volume editado pela 34 traz essa e outras peças de Rodrigues, cheias de humor e poesia, em um retrato lírico do que pode ser a vida no mundo contemporâneo. (Isabelle Moreira Lima)
Jacqueline Blábláblá, Andrea de Mayo e Cris Negão foram travestis que comandaram a prostituição no centro de São Paulo entre a década de 70 e os anos 2000. A história das três é contada pelo jornalista Chico Felitti, autor de “Ricardo e Vânia” e “A Casa”, no audiobook recém-lançado, que mergulha nos casos de inúmeras outras travestis, transexuais, transformistas e drag queens da capital paulista. “Rainhas da Noite” tem sete capítulos e é encontrado exclusivamente na plataforma Storytel. (Daniel Vila Nova)
Reverenciado mundo afora, o filósofo, escritor e educador pernambucano (1921-1997) teria feito 100 anos em 19 de setembro. Entre uma das muitas homenagens feitas a ele neste momento, a “Ocupação Paulo Freire”, no Itaú Cultural, em São Paulo, revisita seu legado em cerca de 140 itens, entre documentos, fotos, cartas, vídeos e peças originais. Está lá, por exemplo, uma projeção com as páginas manuscritas de “Pedagogia do Oprimido”, um de seus livros mais conhecidos. O site traz alguns materiais adicionais. (Betina Neves)
De 27/9 a 1º/10, a editora comemora seus cinco anos com conversas entre nomes como Christian Dunker (foto), Deivison Faustino, Djamila Ribeiro, Elsa Dorlin, Françoise Vergès, Franco Berardi, Giselle Beiguelman, Manuela Carneiro da Cunha e Vladimir Safatle. Os debates acontecem sempre das 17h às 19h, no canal do YouTube da editora. As inscrições são gratuitas, devem ser feitas no site, e dão direito a um ebook com textos dos participantes. (Isabelle Moreira Lima)
Um clássico contemporâneo do ativismo de gênero, o livro “Má Feminista”, lançado em 2014 pela escritora, professora e ativista americana Roxane Gay, acaba de ser relançado com nova edição pela Globo Livros. Com tradução de Raquel Souza, o livro conta com uma série de ensaios críticos de um feminismo ainda cheio de clichês -- e a dificuldade de se encaixar em alguns critérios dentro do movimento. Roxane expõe questões de raça, gênero e identidade nas bolhas do cotidiano e na cultura moderna, tratando de música, cinema, televisão e literatura. À venda no site da editora. (Andressa Algave)
Um dos principais romances da escritora britânica Virginia Woolf (1882-1941), “As Ondas”. de 1931, acaba de ganhar uma nova tradução brasileira pela Autêntica, nas mãos de Tomaz Tadeu. Descrito pelo marido Leonard Woolf (1880-1969) como “uma obra-prima”, o livro conta a história de seis personagens, da infância à velhice. Famoso pela falta de marcadores de tempo e espaço, o livro também tem como marca a prosa sofisticada típica da autora, cuja morte acaba de completar 80 anos. (Leonardo Neiva)
Só a morte foi capaz de silenciar Sergio Sant'Anna. Vítima da covid-19 em maio de 2020 e um dos maiores nomes da literatura brasileira, teve suas últimas palavras e textos eternizados em dois títulos recentes: "A Dama de Branco" (Cia das Letras, 2021), que traz, além de uma narrativa homônima, a última de autoria de Sant'Anna, outros 16 contos; e "O conto não existe" (CEPE Editora, 2021), que reúne algumas das entrevistas mais antológicas que o autor concedeu e alguns de seus textos críticos. (Manuela Stelzer)
A editora independente Bazar do Tempo conduz o serviço de assinatura Clube F., que reúne múltiplas vozes e teorias feministas em um espaço de debate e colaboração. A plataforma disponibiliza para assinantes o livro do mês, debates em grupo, conteúdos extras e descontos em livrarias parceiras. Em agosto, a indicação do clube é o livro “Crítica da Colonialidade em Oito Ensaios”, da antropóloga argentina Rita Segato, que propõe uma visão afiada das relações de raça e gênero na modernidade. (Andressa Algave)
A Todavia acaba de embalar numa caixa quatro títulos do escritor norte-americano J.D. Salinger (1919-2010), tido como um dos que melhor traduziu o clima do pós-guerra, além de ser criador de personagens incríveis. “O apanhador no campo de centeio”, “Nove histórias”, “Franny & Zooey” e “Erguei bem alto a viga carpinteiros & Seymour: uma introdução” foram traduzidos por Caetano W. Galindo, e o lançamento inclui um ciclo de debates. (Isabelle Moreira Lima)
Depois de “Sobre os ossos dos mortos” (Todavia, 2019), que teve vendas expressivas no Brasil, “Correntes” (Todavia, 2021) é uma nova oportunidade de conhecer essa interessantíssima escritora polonesa, Nobel de Literatura em 2019. No livro, a autora mistura sua vida com a ficção em relatos, comentários e contos sobre viagens no tempo e no espaço, indo de causos de personagens históricos a reflexões sobre o ato de viajar. “Minha energia vem do movimento — do chacoalhar dos ônibus, do barulho dos aviões, do balançar das balsas e dos trens”, diz a narradora. (Betina Neves)
Em um determinado ponto da trajetória de Britney Spears, já uma estrela pop famosa desde os 16 anos e perseguida por paparazzi, a amiga Paris Hilton teve que ensiná-la a usar o Google. Na reportagem de Ronan Farrow (que revelou a rede de assédio na indústria do entretenimento em “Operação Abafa”) e Jia Tolentino (de “Falso Espelho”) para a New Yorker, é possível entender os fatos que levaram a cantora de 39 anos a viver os últimos 13 sob a tutela do pai e de uma rede de advogados que controlam sua carreira, gastos e decisões pessoais. (Amauri Arrais)
Lançado em 1997 pelo selo independente Cosa Nostra, “Sobrevivendo no Inferno”, dos Racionais MC’s, vendeu mais de 1,5 milhão de cópias e é hoje considerado o álbum mais importante do rap brasileiro. Contendo “Diário de um Detento”, entre outros hits, ele agora virou tema da coleção O Livro do Disco, da editora Cobogó. “Racionais MC’s: Sobrevivendo no Inferno”, de Arthur Rocha, reúne uma miscelânea de vozes num panorama que busca refletir a relevância estética, social e política da obra. (Leonardo Neiva)
Há anos definido como um gênio musical exigente, João Gilberto acaba de ganhar nova biografia -- a primeira escrita por uma pessoa próxima ao músico. Em título publicado pela Lazuli, o poeta Luiz Galvão, dos Novos Baianos, desvenda uma personalidade totalmente diferente do artista recluso que conhecíamos. O caráter ranzinza ainda está ali, mas junto a ele, emerge entre as palavras um homem simpático, brincalhão e generoso com os amigos. (Manuela Stelzer)
Quer entender por que o nome de Philip Roth não sai das manchetes mais de três anos após sua morte? Em duas reportagens, o Times analisa o legado controverso deixado pelo autor de “Pastoral Americana”. Enquanto uma delas trata da doação de Roth à biblioteca de Newark, outra aborda a polêmica envolvendo o biógrafo do escritor acusado de abuso sexual — o que despertou dúvidas sobre o tratamento que Roth reservava às mulheres. (Leonardo Neiva)
Você já pode ter assistido, mas muito dificilmente leu “Nomadland” (2020), grande ganhador do último Oscar. Isso porque a primeira versão em português do livro que serviu de base para o longa chega em 30/5, pela Rocco. A obra de Jessica Bruder retrata americanos afetados pela crise, que vivem em trailers e pegam trabalhos sazonais. A reportagem inspirou o filme dirigido por Chloé Zhao e com Frances McDormand — ambas premiadas. (Leonardo Neiva)
Em "Notas sobre o luto" (Companhia das Letras, 2021), a autora nigeriana narra a dor, a raiva e a solidão que seguiram a morte do pai, em junho de 2020, além das dificuldades do sepultamento na pandemia, com aeroportos fechados e funerárias lotadas. “O luto é uma forma cruel de aprendizado. (...) É um tormento não apenas do espírito, mas também do corpo. Carne, músculos, órgãos, tudo fica comprometido. Nenhuma posição é confortável.” (Betina Neves)
Uma livraria que passou por seis endereços, uma guerra mundial e duas ditaduras. Parece ficcção, mas trata-se da história da Livraria São José -- considerada a mais antiga do Rio de Janeiro. O proprietário, seu Germano, começou a trabalhar na loja aos 12 como faxineiro, acompanhou a sobrevivência da livraria à especulação imobiliária e até à ditadura, mas aos 83 não conseguiu resistir à pandemia e às reduções de vendas. (Dandara Franco)
Com participações ilustres como as de José Eduardo Agualusa, Letrux e Michel Laub, a Flima (Festa Intenacional de Literatura da Mantiqueira) acontece 100% online pela primeira vez em sua história, entre os dias 18 e 21. Homenageada da edição, a autora Lygia Fagundes Telles é tema de dois debates e terá um conto inédito lido durante o evento. Para assistir às conversas, saraus e leituras, basta acessar gratuitamente o YouTube do evento. (Leonardo Neiva)
Com a promessa de ser o romance mais íntimo da filósofa e escritora Simone de Beauvoir - que tem papel fundamental na luta feminista e no ativismo político - o inédito “As Inseparáveis” (2021) relata a sua forte história de amizade com Élisabeth “Zaza” Lacoin, com quem partilhou grandes momentos da vida desde os nove anos, como conta esse texto da revista Quatro Cinco Um. O livro chega ao Brasil após 34 anos da morte da autora. (Dandara Franco)
Atenta aos detalhes do cotidiano, a fotógrafa Claudia Jaguaribe não deixou escapar as cenas pandêmicas: depois de registrar uma São Paulo vazia no começo da quarentena, ela volta às ruas clicando pessoas que retomam a rotina de máscara. No novo livro “Duplo”, com posfácios da pneumologista Margareth Dacolmo e do filósofo Victor Stirnimann, os personagens contrastam com cenários urbanos em uma nova realidade do dia a dia. (Mariana Payno)
Notícia animadora para quem acompanhou os esforços do meio editorial durante a pandemia: nesta semana, a livraria Megafauna começou a funcionar no piso térreo do Edifício Copan, no centro de São Paulo (Av. Ipiranga, 200 - loja 53). O espaço dedicado ao livro e à difusão das artes e das ciências deve sediar debates, encontros e também parcerias com a associação cultural Pivô, colega de condomínio da livraria, tão logo seja possível. Por ora, a visitação aos 216 metros quadrados de Megafauna está limitada a dez clientes por vez, de segunda a sábado, das 13h às 19h. Para quem ainda não quer se expor aos encontros presenciais, vale circular pelo perfil da livraria no Instagram. Dá para matar a curiosidade sobre o espaço, sair com boas indicações de leitura, e até encomendá-las pelo Whatsapp. (Laura Capelhuchnik)
Depois de mais de duas décadas de vendas, leituras e descontos, a Festa do Livro da USP chega ao seu 22º ano. Desde o dia 9 de novembro, já é possível garimpar os livros participantes direto do conforto de casa, na primeira edição 100% virtual do evento, que vai até o dia 15. E o melhor: todos os volumes saem com no mínimo 50% de desconto. Apesar de terem acabado as enormes filas em frente às editoras mais concorridas, a demanda não diminuiu. Logo no primeiro dia, o site do evento recebeu tanta gente que chegou a ficar indisponível. Das 169 editoras presentes este ano, algumas são bem conhecidas, como a Martins Fontes, a Todavia, a L&PM. Outras, nem tanto — uma ótima oportunidade de conhecer livros e editoras fora da nossa zona de conforto. Para acessar as obras à venda, os leitores devem entrar no site do evento, onde serão direcionados para as listas das editoras de sua preferência. (Leonardo Neiva)
Às vésperas da celebração dos 140 anos da imigração libanesa no Brasil, em novembro, a editora Ernest Books lança a versão em português do livro “Culinária Libanesa”. Trata-se de uma espécie de enciclopédia que traz mais de mil receitas da comida típica do país que são ao mesmo tempo instigantes e factíveis, sem exigir ingredientes misteriosos ou inalcançáveis (alô Ottolenghi!). A autora, Salma Hage, tem hoje 78 anos e conta um pouco da sua história, de como começou a cozinhar para ajudar a mãe, que teve 12 filhos; do seu fascínio ao receber uma panela de cobre cheia de melaço ainda na infância, antes mesmo de ter experimentado chocolate. Ela explica sobre a despensa e o jardim libaneses, ou seja, que temperos e ervas, legumes e hortaliças, dão vida a essa cozinha tão fresca quanto saborosa. De molho de romã a uma imensa variedade de pratos de cordeiro, o livro é riquíssimo. O investimento pode ser alto, mas vale para ter um livro de consulta vitalício.
Yuval Noah Harari, Lilia Moritz Schwarcz, Djamila Ribeiro, Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro estarão juntos, a partir desta quinta (21) até o próximo domingo, no festival virtual "Na Janela". Nesta edição, o tema é "literatura de não-ficção". No total, 13 autores publicados pela editora serão entrevistados em seu canal do YouTube. A programação completa está disponível no site da editora. A Amazon também participa do festival com uma página dedicada ao "Na Janela", onde há descontos em mais de cem títulos de não-ficção.
Se a reclusão trazida pela pandemia o deixou perdido entre panelas, “Comida Cheia de História” (Editora Senac, 2017), da jornalista Patrícia Ferraz pode ajudá-lo. Tudo parece ficar mais gostoso quando há uma história por trás, e é o caso aqui. Patrícia, que foi editora de gastronomia do jornal "O Estado de S. Paulo" por anos reúne, além de receitas, crônicas em que conta como provou cada prato pela primeira vez, o que geralmente envolve casos divertidas de chefs famosos e celebridades em 240 páginas. No que diz respeito às receitas, todas foram testadas e produzidas em sua pequena cozinha, o que traz um incentivo extra ao leitor.
Faz quase nove anos que o último filme da saga “Harry Potter” foi lançado, mas o amor dos fãs continua implacável. Pensando nisso, a Wizarding World reuniu (virtualmente, é claro) diversos famosos para ler os capítulos do primeiro romance da série em vídeos e áudios fofíssimos, em inglês. O primeiro capítulo é lido pelo próprio Harry, Daniel Radcliffe. Nomes como Eddie Redmayner, Dakota Fanning e David Beckham vão participar da ação, que pode ser encontrada no site do projeto “Harry Potter at Home” e no Spotify.
A pandemia do coronavírus pôs em cheque todas as nossas certezas. É difícil pensar no amanhã quando o hoje parece não findar. Em "O Amanhã Não Está à Venda", Ailton Krenak, uma das mais importantes lideranças indígenas do Brasil, reflete sobre o relacionamento entre a humanidade e a natureza, advocando por uma convivência mais harmônica. Krenak questiona o desejo pela volta a uma suposta normalidade, quando a verdadeira reflexão deveria ser sobre uma nova realidade mais justa e igual. A versão digital está disponível de forma gratuita na Amazon.