Membro da lendária dupla de rap OutKast, André 3000 acaba de lançar seu primeiro álbum solo aos 48 anos. Mas "New Blue Sun" não é um disco de rap. Depois de anos colaborando com nomes como Beyoncé, Future e Kanye West, André oferece uma hora e meia de música instrumental minimalista, em que toca diversos instrumentos de sopro. Um prato cheio para rappers em busca de novos samples, ou para quem quer apenas relaxar e ouvir um pouco de flauta. (Isabela Durão)
Após o elogiado “Little Electric Chicken Fish” (2019), a artista passou alguns anos se aventurando na produção musical e agora lança seu terceiro álbum de estúdio. Em "Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua", volta mais madura, com um disco tão íntimo quanto feroz. Passeando por décadas e estilos, traz baladas românticas e sensuais sobre sua vivência de amores não-binários. Nostálgico e atual na mesma medida, o álbum é uma mistura de groove-pop-disco-jazz que testa limites de gênero em todas as suas definições. (Isabela Durão)
A força da comunidade afro-brasileira carioca moldou o que conhecemos hoje por samba urbano e alterou a própria cidade. Em cima disso, o IMS abre em 28/10 a mostra “Pequenas Áfricas: O Rio que o samba inventou”. A curadoria de Angélica Ferrarez, Luiz Antonio Simas, Vinícius Natal e Ynaê Lopes dos Santos aborda espiritualidade, trabalho e as redes de sociabilidade que se estabeleceram às margens deste samba. (Emilly Gondim)
Os vocais de Mick Jagger seguem vigorosos, embora agora cantem sobre envelhecimento, mortalidade e missão de vida. O novo álbum é solar, com vários arranjos dançantes e letras celebrativas. Não tem como não se emocionar com “Sweet Sounds of Heaven”, que sugere: “Vamos deixar os velhos acreditarem que são jovens”. A faixa, aliás, tem participação de Stevie Wonder e Lady Gaga, que se juntam a um time de convidados estelares como Elton John e Paul McCartney. Entre os melhores álbuns da banda, sem exagero. (Dolores Orosco)
Conhecido pela mistura festeira de reggaeton e trap, o rei latino do pop lança “Nadie Sabe Lo Que Va Pasar Mañana” e aposta numa pegada trip hop e letras mais densas. “Nadie Sabe”, que abre o álbum, traz um vocal seco e base composta por um piano na maior parte de seus seis minutos. “Vou 787” parte de um sample de “Vogue”, o clássico de Madonna, a quem o rapper porto-riquenho se compara na canção. No entanto, o coelhão ainda quer ver você dançar: “Fina” e “Cybertruck” têm tudo para fazer rebolar nas melhores pistas. (Dolores Orosco)