Dez hits para celebrar o carnaval e os 40 anos do axé — Gama Revista
Vai fazer o que no Carnaval?

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Bloco de notas

Dez hits para celebrar o carnaval e os 40 anos do axé

Confira as canções vencedoras do Troféu Bahia Folia mais amadas pela Gama

Dez hits para celebrar o carnaval e os 40 anos do axé

02 de Março de 2025

Confira as canções vencedoras do Troféu Bahia Folia mais amadas pela Gama

  • “Requebra”, Olodum (1994)

    Todo ano, o Troféu Bahia Folia, da Rede Bahia de Televisão, elege a música do Carnaval de Salvador por meio da votação do público. A primeira edição do prêmio, em 1994, consagrou “Requebra”, que viria a se tornar um dos clássicos mais lembrados da axé music. A faixa fez o Brasil todo dançar, atingindo sucesso absoluto depois da apresentação do Olodum no Programa do Faustão, em 1995. Para Pierre Onassis, voz original da canção e compositor ao lado de Nêgo, a música quebrou paradigmas “de que homem não podia requebrar“.

  • “Ara Ketu Bom Demais”, Araketu (1995)

    No ano seguinte, em 1995, os foliões ficaram mais sentimentais ao som de “Ara Ketu Bom Demais”, do Araketu. O nome do grupo, que significa “Povo de Ketu”, resgata a influência africana na Bahia. Além disso, a letra da música parece descrever a magia do Carnaval: “O corpo estremece, as pernas desobedecem/ Inconscientemente a gente dança/ As mãozinhas então embalançam”. Mais de 20 anos depois, a canção virou paródia para zombar os times rivais do Brasil na Copa de 2018.

  • “Margarida Perfumada”, Timbalada (1996)

    Até hoje um sucesso da folia, “Margarida Perfumada” foi a primeira de cinco composições de Carlinhos Brown premiadas como música do carnaval. A canção é interpretada por Timbalada, banda e movimento percussivo fundada pelo cantor em 1991 — atualmente com mais de 15 mil músicos formados, o grupo é reconhecido como arte-educador pela Sociedade Internacional de Educação Musical. Uma performance icônica da canção no programa da Xuxa, nos anos 1990, fez uma multidão de crianças e outros públicos dançarem e gritarem.

  • “Cabelo Raspadinho”, Chiclete com Banana (2000)

    Na inauguração do milênio, a música do carnaval uniu todas as tribos — e cabelos. O hit do axé “Cabelo Raspadinho”, da banda Chiclete com Banana ficou conhecido na voz de Bell Marques e já foi cantado, em ritmo de samba, por Gal Costa. Fazia referência ao cabelo de Ronaldo Fenômeno, uma febre pouco antes da seleção brasileira ser pentacampeã. Os compositores Tenison Del Rey e Edu Casanova já contaram em entrevista que a música surgiu em uma troca de mensagem na secretária eletrônica — com trechos originais engraçados como “cabelo enroladinho, eu sou fofinho”.

  • “Maimbê Dandá”, Daniela Mercury (2004)

    Com uma proposta inovadora para época, Daniela Mercury inaugurou a mistura de axé e eletrônica no álbum que abriga “Maimbê Dandá”, hino do Carnaval de 2004. Uma composição de Mateus Aleluia e Carlinhos Brown, a música tem inúmeras referências ao continente africano. Em entrevista a Folha, Aleluia explicou que “Maimbê” é uma variação de Maiombe, floresta que fica em regiões de Angola, da República Democrática do Congo, do Congo e do Gabão, próxima ao rio Congo. “Dandá” remete a Dandalunda, divindade da tradição banto associada aos rios e à fertilidade. Ele afirma que “cantar Maimbê é evocar toda a cultura africana trazida ao Brasil”.

  • “Rebolation”, Parangolé (2010)

    Como esquecer o hit chiclete de 2010 que impulsionou a banda Parangolé e seu então vocalista Leo Santana? Muito antes das dancinhas virais do TikTok, “Rebolation” entrou para o Guinness Book ao colocar 100 mil pessoas para dançar o hit em Salvador. À época, até a ex-presidente Dilma Rousseff brincou que faria a coreografia do sucesso se vencesse as eleições.

  • “Circulou”, Banda Eva (2012)

    Um bom Carnaval para os românticos foi o de 2012, graças à “Circulou”, interpretada pela Banda Eva. A composição de Magary Lord em parceria com Fábio Alcântara e Leonardo Reis ressalta a conexão entre duas pessoas: ”Leonardo começou a tocar a melodia no violão e eu comecei com essa história de ‘circular’, de energia. Acabei entrando na onda da história de amor que circula e acabou dando certo”, contou Lord sobre o processo criativo da música.

  • “Ziriguidum”, Filhos de Jorge (2013)

    Com 76% dos votos, “Ziriguidum”, da banda Filhos de Jorge, foi eleita a música do Carnaval de 2013. Produzida com a intenção de definir a identidade musical do grupo, a canção não gerou lucros para os artistas por um embate de direitos autorais. O hit dançante é, na verdade, uma versão de uma faixa de Yiri Bom, composta pelo artista cubano Silvestre Méndez na década de 1950. “Financeiramente não ganhamos nada, por outro lado ganhamos visibilidade”, afirmaram os irmãos Gileno e Gilmar Gomes, compositores da releitura da canção.

  • “Lepo Lepo”, Psirico (2014)

    “Não tenho carro, não tenho teto” é como começa a música que marcou a folia de 2014. Cantada por Márcio Victor, da banda Psirico, “Lepo Lepo” entrou no repertório oficial de Ivete à época e virou comemoração em jogos de futebol. Para o cantor, a letra é “uma forma de gritar não ao capitalismo e sim ao amor”. Anos antes do hit, Caetano Veloso já exaltava os pagodeiros da Bahia e disse preferir Psirico a Beyoncé.

  • “Macetando”, Ivete Sangalo e Ludmilla (2024)

    Um ritmo de axé chiclete com influência do funk, “Macetando” não saía das caixas de som nos bloquinhos Brasil afora há um ano. Pela quinta vez, Ivete Sangalo recebeu o Troféu Bahia Folia pela música do Carnaval, agora ao lado Ludmilla. Sempre se reinventando, Ivete respondeu, quando questionada, sobre não estar no auge da carreira: “Desde o dia em que comecei a cantar eu venho vivendo os melhores momentos da minha vida, aprendendo muito com esse amor e carinho”. Neste Carnaval, ela aposta na canção “Energia de Gostosa”.

No Spotify, você confere uma playlist exclusiva com as canções selecionadas nesta lista. Confira: