Revisitar canções que fizeram história graças ao timbre cristalino e à personalidade de Gal Costa é um tanto arriscado, ainda mais quando se vive o luto por sua perda. Mas Filipe Catto faz isso com genialidade no álbum “Beleza São Coisas Acesas Por Dentro”. Artista trans e não-binária, Filipe ressignifica músicas como “Tigresa” e “Vaca Profana”, com emoção explícita na voz. “Nada Mais” é o momento alto: o hit oitentista da fase “trilha de novela” de Gal foi convertido num baladão roqueiro de dilacerar corações mais sensíveis. (Dolores Orosco)
Aquela Dupla, que ficou conhecida pelas paródias durante a pandemia com o respaldo de Caetano Veloso, está em novo show dirigido por Ilana Kaplan. O duo composto pelas amigas Livia La Gatto e Renata Maciel canta e encena sobre questões cotidianas e polêmicas na Bona Casa de Música em São Paulo, a partir de 14/10. Os ingressos podem ser adquiridos pela eventim a partir de R$ 60. (Emilly Gondim)
Se você estava com saudades da melancolia do multi-instrumentista norte-americano, anime-se (ou chore de emoção): seu novo álbum é um retorno à sonoridade de “Carrie & Lowell”, disco de 2015 que o consagrou como um dos artistas mais interessantes de sua geração. Em “Javelin”, Stevens explora temas já conhecidos de sua discografia como amor, sofrimento e religião em dez faixas. (Daniel Vila Nova)
Seis anos após o último EP, o rapper paulistano traz em "Aleatoriamente" um álbum ousado de difícil definição. Com participação de Juçara Marçal e Don L, Ogi explora o terror no cotidiano, do ônibus lotado à violência policial, passando pelo flerte online e pela precarização do trabalho. Tudo isso com a produção experimental de Kiko Dinucci (Metá Metá), que completa a lírica surrealista de Ogi: uma trilha sonora digna de filme de horror, mas também um retrato fiel de diversos ângulos da vida que, aleatoriamente, se unem pelo caos. (Isabela Durão)
A partir desta sexta (29), o Museu de Arte do Rio (MAR) exibe a glamurosa exposição “Funk: Um grito de ousadia e liberdade”. A abertura contará com show de Afrofunk Rio, DJ Jonathan da Provi, Mc Cacau cantando Mc Marcinho e Trilogia do Santo Amaro. A curadoria da Equipe MAR com Taísa Machado e Dom Filó explora a cultura em volta da música, a dança e as influências comerciais nas comunidades. Uma sala fica com os bailes funks e outra com o histórico movimento nos anos 1970 e 1980. (Emilly Gondim)
Quando o funk melody da dupla carioca caiu nas graças da TV Globo, todo o Brasil cantava junto. Um sucesso tão estrondoso que até surpreende relembrar que Claudinho morreu aos 26 anos, em 2002. Apesar da morte precoce, já tinham inscrito o nome na história da nossa música, misturando português rebuscado com versos como “sabe, tchurururu” nos bailes cariocas, como vemos na cinebiografia que estreia nesta quinta (21), dirigida por Eduardo Albergaria e com Lucas Penteado (Claudinho) e Juan Paiva (Buchecha). (Luara Calvi Anic)