Nos anos 2000, numa aula de português, Sarah Westphal escreveu sobre uma história de amor não correspondida. O texto tomou a internet, foi traduzido em várias línguas, chegou ao Salão do Livro de Paris e fez da jovem uma escritora quase famosa. Quase. Isso porque a crônica viralizou com o nome de Luis Fernando Veríssimo. Narrado pela jornalista Juliana Deodoro, o ótimo causo está no episódio “Escrito nas Estrelas”, do Rádio Novelo Apresenta. (Ana Elisa Faria)
Como a cena eletrônica de São Paulo evoluiu dos anos 1980 a 2000? O jornalista, DJ e escritor Camilo Rocha responde a essa pergunta em "Bate-Estaca: Como DJs, drag queens e clubbers salvaram a noite de São Paulo", que explora o surgimento e crescimento de clubes icônicos, das raves e dos megafestivais e seu impacto na cidade. Rocha fará sessões de autógrafos nesta sexta (26), na Livraria Megafauna, e no domingo (28), no Sebo Desculpe a Poeira. (Amauri Terto)
O jornal The New York Times publicou uma lista com os cem melhores livros do século 21 e "A Amiga Genial" (Biblioteca Azul, 2015), da italiana Elena Ferrante, que acompanha as garotas Lila e Lenu, ficou em primeiro lugar. Para a árdua missão, o diário reuniu 503 votantes, entre escritores, críticos, jornalistas e leitores vorazes — de Stephen King e Karl Ove a Sarah Jessica Parker. Vale a pena ver a seleção e ler muitas das obras que lá estão. (Ana Elisa Faria)
Nascido em 1908 em uma fazenda do Mississippi, Richard Wright se converteu em um luminar da literatura afro-americana ao retratar a violência das relações raciais no país. Recém-lançado no Brasil pela Companhia das Letras, "Filho Nativo", seu romance mais famoso, tem um protagonista cheio de ódio e ressentimento — e Wright não quer que você torça por ele, mas que perceba o que um sistema opressivo é capaz de fabricar. (Flávia Mantovani)
Após virar filme com Olivia Colman, o livro "A Filha Perdida" (Intrínseca, 2016), de Elena Ferrante, chega ao Sesc Bom Retiro. Com dramaturgia de Juliana Araujo — que também está no elenco — e montagem da Oceânica Cia de Teatro, a peça transporta os espectadores aos incômodos da obra original ao acompanhar as férias de Leda que, ao conhecer uma jovem mãe, acaba obcecada e toma uma atitude, a princípio, inexplicável. (Ana Elisa Faria)
"Lélia em Nós: Festas populares e amefricanidade" celebra a influência das culturas africanas no Brasil. A mostra, que coincide com o relançamento do livro da intelectual mineira "Festas Populares no Brasil" (Boitempo, 2024), reúne obras históricas e contemporâneas que exploram os festejos como espaços de conexão ancestral e afirmação cultural. Há trabalhos de artistas como Heitor dos Prazeres, Maria Auxiliadora, e registros musicais da discoteca pessoal de Lélia. Até 24/11. (Amauri Terto)
Cebolas cruas e refogadas, uma panela de manteiga que borbulha até virar ghee e o gosto amendoado e defumado da pele de um homem inspiram o sexo no conto que dá título ao primeiro livro de ficção da jornalista Iara Biderman, que acaba de ser lançado pela Editora 34. Mas a diversidade de registros é grande e outros personagens tão brasileiros quanto deslocados nos conduzem agilmente da primeira à última página, deixando saudades imediatas. (Isabelle Moreira Lima)
A Feira do Livro chega à sua terceira edição mais ambiciosa do que nunca. Este ano, 60 mesas de debates e 150 editoras e livrarias vão ocupar nove dias de evento. Organizado pela Associação Quatro Cinco Um com a Maré Produções, a feira acontece de 29 de junho a 7 de julho na praça Charles Miller, em São Paulo. Na programação, estão nomes como as escritoras Camila Sosa Villada e Jamaica Kincaid, o cantor Nando Reis e a chef Rita Lobo. (Leonardo Neiva)
Da mesma autora de “Teoria King Kong”, este romance epistolar publicado no Brasil pela Fósforo traz para o mundo contemporâneo o clima de “Ligações Perigosas” ao mostrar a troca de correspondências de uma atriz de 50 anos e um escritor de meia-idade acusado de assédio. Tudo começa quando ele critica sua aparência em um post de Instagram. A partir daí, passam a trocar insultos por e-mail e acabam falando de temas como machismo, desigualdade de gênero, cultura digital, saúde mental, parentalidade, entre outros. (Isabelle Moreira Lima)