Bloco de notas da Semana "Quem manda no seu corpo?" — Gama Revista
Quem manda no seu corpo?

5

Bloco de notas

As dicas da redação sobre o tema da semana 

Uma reportagem sobre mães que ainda lutam pela Lei do Ventre Livre, filmes que tratam do aborto e um livro que fala da interrupção da gravidez de uma escritora. Veja as nossas indicações sobre o tema da semana

As dicas da redação sobre o tema da semana 

Ana Elisa Faria 16 de Julho de 2023
“Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre” (2020)

Uma reportagem sobre mães que ainda lutam pela Lei do Ventre Livre, filmes que tratam do aborto e um livro que fala da interrupção da gravidez de uma escritora. Veja as nossas indicações sobre o tema da semana

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim, o filme “Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre” (2020), de Eliza Hittman, acompanha Autumn (Sidney Flanigan), uma adolescente que acaba de descobrir que está grávida. Certa de que não terá o suporte da família na Pensilvânia, a garota parte para Nova York. Ao lado da inseparável prima, Skylar (Talia Ryder), ela enfrenta os dramas da gravidez precoce enquanto segue em busca de um aborto.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    A interrupção de uma gravidez também é o mote de “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias” (2007), de Cristian Mungiu, longa-metragem vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes. Pesado, o drama se passa na Romênia comunista de 1987, onde Gabita (Laura Vasiliu), com a ajuda da amiga Otilia (Anamaria Marinca), tenta fazer um aborto ilegal.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    O documentário “Verde-Esperanza: Aborto Legal na América Latina” (2023), de Maria Lutterbach, mostra a situação do debate a respeito do aborto em três países latino-americanos, Argentina, Brasil e Colômbia. Enquanto lideranças feministas brasileiras travam uma guerra para que não haja retrocessos na legislação sobre o tema por aqui, argentinas e colombianas que estiveram à frente da descriminalização em seus respectivos países falam como essa conquista foi possível.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Annie Ernaux, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura, escreveu, na autoficção “O Acontecimento” (Fósforo Editora, 2022), sobre um aborto ilegal que fez em 1963, na França. A história narrada no livro foi adaptada para o cinema pela diretora Audrey Diwan.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    No romance distópico da canadende Margaret Atwood, “O Conto da Aia” (Rocco, 2017), um regime totalitário fundamentalista cristão derrubou o governo dos Estados Unidos. Nesta nova sociedade que se formou, as mulheres são subjugadas, perdendo a liberdade, a individualidade e qualquer direito, inclusive os sexuais e reprodutivos. O livro chegou à televisão em uma série homônima.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Reportagem da revista AzMina mostra que mães negras seguem lutando, 150 anos após a Lei do Ventre Livre, pela verdadeira liberdade dos filhos, que são mortos pela polícia ou pelo tráfico e sofrem com o racismo. O texto apresenta casos de mulheres pretas que, coletivamente, resistem para tornar realidade a libertação que nunca saiu do papel.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    O controverso legado da “mãe” do controle de natalidade, a enfermeira norte-americana Margaret Sanger (1879-1966), é narrado neste texto da BBC News Brasil. Apesar de ter aberto o caminho para o direito das mulheres a respeito desse tema, tendo sido a responsável pelo desenvolvimento da pílula anticoncepcional, a trajetória de Sanger também é marcada por comentários polêmicos e pela associação com o movimento eugenista.

  • Em entrevista ao site Gênero e Número, o psicólogo, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Jorge Lyra, afirma: “Precisamos questionar a naturalização da vida reprodutiva como algo exclusivo às mulheres”. Para o especialista, esse questionamento é o caminho para o envolvimento dos homens no tema da saúde sexual e reprodutiva deles e das suas parceiras.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    “Os direitos reprodutivos ficam muito aquém quando as pessoas com deficiência nem são consideradas sexuadas”, diz ao Podcast da Semana, da Gama, a psicóloga Ana Cláudia Bortolozzi. No programa, ela fala dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres com deficiência, questiona tabus e traz caminhos para a inclusão sexual.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    E, por falar na Gama, em 17 de julho de 2022, publicamos a Semana “Vamos falar sobre aborto?”, em que convidamos uma advogada, uma historiadora e religiosas para compartilharem suas opiniões sobre descriminalização. A edição reuniu também iniciativas que auxiliam aquelas que precisam recorrer ao procedimento.

  • No Nexo Políticas Públicas, uma linha do tempo refaz o histórico da legislação brasileira sobre o aborto e mostra que, apesar de muitas mudanças terem ocorrido na nossa sociedade desde 1940, ano em que o Código Penal que usamos até hoje entrou em vigência, a descriminalização do aborto tem avançado a passos lentos

  • O podcast Sem Precedentes, do JOTA, avalia se 2023 será o ano em que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar a descriminalização do aborto. O programa debate sobre a possibilidade de o julgamento começar antes da aposentadoria da ministra Rosa Weber — marcada para o próximo mês de outubro —, que levou o processo à presidência ao assumir o cargo. 

  • O que pensa o mais novo ministro do STF sobre o aborto? Na sabatina que confirmou Cristiano Zanin Martins no cargo, ele falou sobre o tema, mas deu respostas evasivas. “O respeito à vida está previsto na Constituição. É uma garantia fundamental”, diz. Ao mesmo tempo, o advogado afirma que “existe um arcabouço tanto da tutela do direito à vida” quanto sobre as “hipóteses de excludente de ilicitude (para mulheres que fazem o procedimento) em casos determinados”. Neste vídeo do UOL, você vê a declaração de Zanin a respeito do tema.

  • A repórter Marina Rossi publicou uma reportagem contando os bastidores dos dois meses em que ficou infiltrada num grupo de compra e venda de Cytotec. O fármaco, cujo princípio ativo é o misoprostol, foi originalmente desenvolvido para o tratamento de dores estomacais. Nos anos 1980, no entanto, mulheres brasileiras descobriram que um dos efeitos colaterais do remédio eram as contrações uterinas, e passaram a utilizá-lo para a interrupção de gestações, o que levou à proibição da comercialização do medicamento no país. Rossi conta que quem entra no grupo, está ali “em busca de algum acolhimento e de interromper rapidamente uma gravidez indesejada”.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Uma nova influenciadora digital chegou causando nas redes sociais: a PPK da Claudia, personagem criada pela Gillette Venus que imita uma vulva, e estrela da campanha “Eu me depilo pra isso”. Em menos de dois meses, o perfil da PPK no Instagram acumulou 48 mil seguidores e, por lá, compartilhava dicas de cuidados íntimos — o perfil, no entanto, saiu do ar no início de julho sem nenhuma explicação. O fato é que o avatar da marca de lâminas de barbear suscitou debates sobre a infantilização das partes íntimas. Além disso, o universo que girava em torno da “influencer” deixava de lado as pessoas com vagina que não são mulheres. Noah Scheffel, colunista de ECOA, escreveu sobre o assunto.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    O Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres do Distrito Federal (NUDEM) desenvolveu uma cartilha com informações importantes sobre direitos sexuais e reprodutivos da mulher, violência sexual e violência obstétrica.