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Bloco de notasAs dicas da redação sobre o tema da semana
Uma reportagem sobre mães que ainda lutam pela Lei do Ventre Livre, filmes que tratam do aborto e um livro que fala da interrupção da gravidez de uma escritora. Veja as nossas indicações sobre o tema da semana
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As dicas da redação sobre o tema da semana
Uma reportagem sobre mães que ainda lutam pela Lei do Ventre Livre, filmes que tratam do aborto e um livro que fala da interrupção da gravidez de uma escritora. Veja as nossas indicações sobre o tema da semana
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Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim, o filme “Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre” (2020), de Eliza Hittman, acompanha Autumn (Sidney Flanigan), uma adolescente que acaba de descobrir que está grávida. Certa de que não terá o suporte da família na Pensilvânia, a garota parte para Nova York. Ao lado da inseparável prima, Skylar (Talia Ryder), ela enfrenta os dramas da gravidez precoce enquanto segue em busca de um aborto.
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A interrupção de uma gravidez também é o mote de “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias” (2007), de Cristian Mungiu, longa-metragem vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes. Pesado, o drama se passa na Romênia comunista de 1987, onde Gabita (Laura Vasiliu), com a ajuda da amiga Otilia (Anamaria Marinca), tenta fazer um aborto ilegal.
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O documentário “Verde-Esperanza: Aborto Legal na América Latina” (2023), de Maria Lutterbach, mostra a situação do debate a respeito do aborto em três países latino-americanos, Argentina, Brasil e Colômbia. Enquanto lideranças feministas brasileiras travam uma guerra para que não haja retrocessos na legislação sobre o tema por aqui, argentinas e colombianas que estiveram à frente da descriminalização em seus respectivos países falam como essa conquista foi possível.
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Annie Ernaux, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura, escreveu, na autoficção “O Acontecimento” (Fósforo Editora, 2022), sobre um aborto ilegal que fez em 1963, na França. A história narrada no livro foi adaptada para o cinema pela diretora Audrey Diwan.
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No romance distópico da canadende Margaret Atwood, “O Conto da Aia” (Rocco, 2017), um regime totalitário fundamentalista cristão derrubou o governo dos Estados Unidos. Nesta nova sociedade que se formou, as mulheres são subjugadas, perdendo a liberdade, a individualidade e qualquer direito, inclusive os sexuais e reprodutivos. O livro chegou à televisão em uma série homônima.
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Reportagem da revista AzMina mostra que mães negras seguem lutando, 150 anos após a Lei do Ventre Livre, pela verdadeira liberdade dos filhos, que são mortos pela polícia ou pelo tráfico e sofrem com o racismo. O texto apresenta casos de mulheres pretas que, coletivamente, resistem para tornar realidade a libertação que nunca saiu do papel.
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O controverso legado da “mãe” do controle de natalidade, a enfermeira norte-americana Margaret Sanger (1879-1966), é narrado neste texto da BBC News Brasil. Apesar de ter aberto o caminho para o direito das mulheres a respeito desse tema, tendo sido a responsável pelo desenvolvimento da pílula anticoncepcional, a trajetória de Sanger também é marcada por comentários polêmicos e pela associação com o movimento eugenista.
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Em entrevista ao site Gênero e Número, o psicólogo, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Jorge Lyra, afirma: “Precisamos questionar a naturalização da vida reprodutiva como algo exclusivo às mulheres”. Para o especialista, esse questionamento é o caminho para o envolvimento dos homens no tema da saúde sexual e reprodutiva deles e das suas parceiras.
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“Os direitos reprodutivos ficam muito aquém quando as pessoas com deficiência nem são consideradas sexuadas”, diz ao Podcast da Semana, da Gama, a psicóloga Ana Cláudia Bortolozzi. No programa, ela fala dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres com deficiência, questiona tabus e traz caminhos para a inclusão sexual.
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E, por falar na Gama, em 17 de julho de 2022, publicamos a Semana “Vamos falar sobre aborto?”, em que convidamos uma advogada, uma historiadora e religiosas para compartilharem suas opiniões sobre descriminalização. A edição reuniu também iniciativas que auxiliam aquelas que precisam recorrer ao procedimento.
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No Nexo Políticas Públicas, uma linha do tempo refaz o histórico da legislação brasileira sobre o aborto e mostra que, apesar de muitas mudanças terem ocorrido na nossa sociedade desde 1940, ano em que o Código Penal que usamos até hoje entrou em vigência, a descriminalização do aborto tem avançado a passos lentos.
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O podcast Sem Precedentes, do JOTA, avalia se 2023 será o ano em que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar a descriminalização do aborto. O programa debate sobre a possibilidade de o julgamento começar antes da aposentadoria da ministra Rosa Weber — marcada para o próximo mês de outubro —, que levou o processo à presidência ao assumir o cargo.
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O que pensa o mais novo ministro do STF sobre o aborto? Na sabatina que confirmou Cristiano Zanin Martins no cargo, ele falou sobre o tema, mas deu respostas evasivas. “O respeito à vida está previsto na Constituição. É uma garantia fundamental”, diz. Ao mesmo tempo, o advogado afirma que “existe um arcabouço tanto da tutela do direito à vida” quanto sobre as “hipóteses de excludente de ilicitude (para mulheres que fazem o procedimento) em casos determinados”. Neste vídeo do UOL, você vê a declaração de Zanin a respeito do tema.
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A repórter Marina Rossi publicou uma reportagem contando os bastidores dos dois meses em que ficou infiltrada num grupo de compra e venda de Cytotec. O fármaco, cujo princípio ativo é o misoprostol, foi originalmente desenvolvido para o tratamento de dores estomacais. Nos anos 1980, no entanto, mulheres brasileiras descobriram que um dos efeitos colaterais do remédio eram as contrações uterinas, e passaram a utilizá-lo para a interrupção de gestações, o que levou à proibição da comercialização do medicamento no país. Rossi conta que quem entra no grupo, está ali “em busca de algum acolhimento e de interromper rapidamente uma gravidez indesejada”.
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Uma nova influenciadora digital chegou causando nas redes sociais: a PPK da Claudia, personagem criada pela Gillette Venus que imita uma vulva, e estrela da campanha “Eu me depilo pra isso”. Em menos de dois meses, o perfil da PPK no Instagram acumulou 48 mil seguidores e, por lá, compartilhava dicas de cuidados íntimos — o perfil, no entanto, saiu do ar no início de julho sem nenhuma explicação. O fato é que o avatar da marca de lâminas de barbear suscitou debates sobre a infantilização das partes íntimas. Além disso, o universo que girava em torno da “influencer” deixava de lado as pessoas com vagina que não são mulheres. Noah Scheffel, colunista de ECOA, escreveu sobre o assunto.
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O Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres do Distrito Federal (NUDEM) desenvolveu uma cartilha com informações importantes sobre direitos sexuais e reprodutivos da mulher, violência sexual e violência obstétrica.
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CAPA Quem manda no seu corpo?
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1Conversas Leah Hazard: "O útero é o órgão mais legislado do corpo"
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2Reportagem O sexo de PCDs
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3Podcast da semana Valdecir Nascimento: A intervenção do Estado no corpo da mulher negra
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4Reportagem Onde fica o Brasil na questão do aborto?
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