Como se despedir?

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Bloco de notas

Livros sobre despedidas

A ideia de nunca mais ver alguém, a resistência em abandonar um projeto, o fim de um relacionamento: obras que trazem novas perspectivas ao tema

Livros sobre despedidas

15 de Junho de 2025

A ideia de nunca mais ver alguém, a resistência em abandonar um projeto, o fim de um relacionamento: obras que trazem novas perspectivas ao tema

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    Nos sete ensaios que compõem “Sobre Desistir” (Ubu, 2024), o autor britânico Adam Phillips explora a resistência em nos despedirmos de certos objetivos. A partir de exemplos da literatura e da psicanálise, ele propõe o abandono da idealização da persistência e um novo olhar para a desistência: “Ao abrir mão de alguma coisa, abre-se espaço para outra”. Na Gama, você confere um trecho da obra.

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    A vencedora do Nobel de 2024, Han Kang, acaba de publicar no Brasil “Sem Despedidas” (Todavia, 2025), um delicado manifesto contra o esquecimento. Como no título anterior “A Vegetariana” (idem, 2018), a autora mescla a memória e a realidade contemporânea da Coreia do Sul. Dessa vez, acompanha uma escritora que viaja de última hora de Seul à ilha de Jeju, a pedido de uma velha amiga hospitalizada. Com o objetivo de cuidar do seu pássaro de estimação da conhecida, a protagonista se depara também com a história de uma família cujas memórias se entrelaçam com os vestígios de um massacre real — ocorrido na ilha entre 1948 e 1949, às vésperas da Guerra da Coreia. Leia um trecho do livro aqui.

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    Um ano após a morte do marido e enquanto enfrentava o grave estado de saúde de sua filha, Joan Didion (1934-2021) escreveu um de seus livros mais famosos: “O Ano do Pensamento Mágico” (HarperCollins Brasil, 2021). A obra disseca a experiência da dor e da perda, e reflete sobre a necessidade de renovação e superação quando tudo o que conhecíamos e amávamos deixa de existir.

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    Para as crianças — ou mesmo para os adultos —, o aprendizado sobre despedidas pode vir com “Eloísa e os Bichos” (Pulo do Gato, 2013). No livro do colombiano Jairo Buitrago, a protagonista se muda para uma cidade nova e precisa encarar um mundo completamente diferente do que conhecia, se sentindo como um bicho estranho. Ensinando sobre diversidade e recusa à intolerância, a trama acompanha a menina enquanto se familiariza com o que costumava se assustar.

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    Ao ler o diário da física e química Marie Curie, Rosa Montero conseguiu elaborar a morte do marido e o fim da vida comum entre eles. Comparando o luto da primeira mulher vencedora do Nobel com o seu, a autora espanhola reflete sobre dores pessoais que são também universais em “A Ridícula Ideia de Nunca Mais te Ver” (Todavia, 2019). “Aquela pessoa que ocupava tanto espaço no mundo, onde foi que se meteu? O cérebro não consegue entender que tenha desaparecido para sempre. E que diabos é sempre? É um conceito anti-humano. Quero dizer, que foge à nossa possibilidade de entendimento”, pondera.

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    Tem dia que faço besteira. Tem dia que faço caipirinha. Depende muito. Hoje, fiz brigadeiro. Dentre outras propostas, é assim que o poeta Bruno Fontes responde a pergunta do título “O Que Eu Faço Com A Saudade?” (Planeta, 2019). Se despedir de algo pode até ser mais fácil para alguns, mas o que vem depois, a falta de um alguém ou algo, pode ser avassalador para qualquer um. E é isso que aborda o livro, reunindo uma série de poemas, pensamentos, bilhetes e desabafos sobre a dor do fim e o conforto na saudade.

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    O fim de um relacionamento costuma deixar mais perguntas do que respostas. Em “Amar é Assim” (Intrínseca, 2024), a escritora inglesa Dolly Alderton parte justamente desse ponto para construir a jornada tragicômica de Andy, um humorista de 35 anos que é deixado por Jen — e não sabe explicar nem para si mesmo o que deu errado. Em meio a mensagens antigas, cafés da manhã regados a álcool e dietas malucas, ele tenta entender o fim da relação e dar sentido ao que restou.

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    “Desde que a minha mãe morreu, eu choro no mercado H Mart.” A frase de abertura do livro “Aos Prantos no Mercado” (Fósforo, 2022) dá o tom da difícil despedida que as páginas seguintes abordam. A autora e cantora de rock independente Michelle Zauner é filha de uma coreana com um americano e, crescendo nos Estados Unidos, sua mãe era o seu único elo com a cultura oriental. Após a perda da figura materna, ela se apega à culinária asiática, tentando lembrar as receitas com as quais sua mãe expressava amor. O livro explora a relação conflituosa entre as duas, o luto e a sensação de pertencimento. Leia um trecho aqui na Gama.

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    No aeroporto, uma mulher encontra o médico que cuidou de seu pai nos últimos dias de vida. Assim começa o passeio pelas memórias da escritora e psiquiatra Natalia Timerman em “As Pequenas Chances” (Todavia, 2023). Ela lembra que, com a proximidade da despedida, cada momento se tornava definitivo: a última viagem, a última risada, a última ida ao teatro. A exemplo de autores como Annie Ernaux e Karl Ove Knausgard, a brasileira explora as raízes do amor e do luto nesta autoficção. Veja um trecho do livro aqui.

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    Um romance atravessado por perdas de pessoas, de relações, de ilusões e até da própria juventude, “O Colibri” (Autêntica Contemporânea, 2024) acompanha a trajetória de Marco Carrera, um oftalmologista apelidado de “colibri”, em constante luta para preservar o que ama. Por meio de cartas, e-mails, mensagens, telefonemas e lembranças, o autor italiano Sandro Veronesi constrói uma narrativa envolvente e sem ordem cronológica sobre as quatro gerações da família Carrera.

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