Teresa Cristina e o papel da mulher no samba e no Carnaval — Gama Revista
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Podcast da semana

Teresa Cristina: "O Carnaval renova as minhas energias para o ano inteiro"

Cantora completa 25 anos de carreira e viaja o Brasil com o show “Pagode, Preta” com uma banda formada apenas por mulheres. “O samba é um amor verdadeiro”

Isabelle Moreira Lima 11 de Fevereiro de 2024

Teresa Cristina: “O Carnaval renova as minhas energias para o ano inteiro”

Isabelle Moreira Lima 11 de Fevereiro de 2024
Larissa Lopes

Cantora completa 25 anos de carreira e viaja o Brasil com o show “Pagode, Preta” com uma banda formada apenas por mulheres. “O samba é um amor verdadeiro”

Teresa Cristina comemora seus 25 anos de carreira como uma das vozes mais relevantes do samba hoje. Ela diz que se prepara para um Carnaval atípico, o primeiro em que não estará no Rio de Janeiro, mas em Recife e em Salvador, para onde leva o seu show “Pagode, Preta”, cujo repertório é de clássicos do gênero dos anos 1980 e 1990 e a banda que a acompanha é formada totalmente por mulheres. A cantora é a convidada do Podcast da Semana da edição sobre Carnaval.

No Rio, Teresa Cristina costuma sair pela Portela, sua escola de coração, mas também nos blocos de rua. “O Carnaval é um espetáculo que me dá força e renova as minhas energias para o ano inteiro”, afirma em entrevista a Gama. Neste ano, ela conta, buscará essa energia nessas outras cidades.

Ao Podcast da Semana, Teresa Cristina fala sobre a presença ainda reduzida de mulheres no samba. “O mundo do samba é verdadeiro, não se mascara. Sua única máscara é no carnaval e é uma fantasia. Então o machismo no samba não é colocado debaixo do tapete. Ele tá ali”, afirma. “As mulheres do samba precisam é de horas de voo, é de experiência.”

Ela conta ainda um pouco sobre a própria história. Na juventude, era fã de disco music e de heavy metal, apesar do pai ser ouvinte fiel de samba. Foi só na vida adulta que se aproximou desse gênero. “O samba é um amor verdadeiro. É nele que eu jogo as minhas frustrações, a minha alegria, toda a minha contestação de realidade, de política, os meus desamores, os meus encontros, as minhas realizações”, afirma na entrevista.

Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima

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