
Leque
De símbolo de status da nobreza e meio de flerte a estrela do Carnaval, o acessório dá um toque especial ao look, além de servir como ferramenta prática e portátil para aplacar o calor
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O QUE É
Trata-se de um acessório portátil que, fechado, é como um amontoado compacto e fino de varetas sobrepostas que mede aproximadamente 20 centímetros, e aberto, vira um objeto semicircular, tal como uma meia-lua. Pode ser feito de variados materiais: madeira, bambu e papel são os mais comuns, mas há modelos de plástico, metal e tecidos finos, a exemplo da seda. Há versões monocromáticas, coloridas, com pinturas temáticas — os floridos são bastante populares na Espanha e no Japão —, ilustrações diversas, no formato de bandeira do arco-íris e com estampas com frases ou palavras. É um item secular utilizado manualmente para produzir uma corrente de ar e refrescar o rosto, o pescoço, o colo e o antebraço. Para isso, segurando o leque com uma das mãos, é necessário fazer um breve, porém firme, movimento de levantar e abaixar o instrumento. Logo vem o famoso “vrááá”, barulhinho típico de quando o abano se abre. Em seguida, é só agitá-lo e se ventilar — dica: no TikTok, há uma série de tutoriais de uso. A peça, muito antiga, voltou a ficar popular no Brasil no Carnaval de 2024. Com as altas temperaturas, o ornamento, que complementa o visual e dá uma esfriada no calorão, foi ressuscitado e, de lá para cá, cada vez mais pessoas andam por aí se abanando pelas ruas, em festivais musicais e shows, como o da diva pop Madonna em Copacabana. Assim como as pochetes e as viseiras, os leques prometem continuar como hit na folia de 2025, já sendo vistos e ouvidos em blocos pré-carnavalescos país afora.
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QUEM FEZ
Há muitas versões sobre a história do surgimento do objeto. A mais difundida delas é que o acessório tenha sido criado entre os séculos VI e VIII na Ásia, entre o Japão e a China. No entanto, há leques retratados desde a Antiguidade, em pinturas egípcias, persas, romanas e assírias. Bem mais tarde, com as Cruzadas, o item foi sendo disseminado pelo continente europeu e então chegou às Américas. Originalmente associado à nobreza, que usava o artigo, confeccionado com materiais finos, como renda, seda, fibras de ouro e plumas, como peça da moda, símbolo de status e um meio de flerte, ele acabou se tornando popular. Já foi acessório de palco do grupo espanhol Loco Mía, nos anos 1980, e agora chega ao Carnaval de rua como espanta-calor, às agências de publicidade como ferramenta de marketing e às performances de drag queens, tornando-se um símbolo LGBTQIAPN+.
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POR QUE É TÃO DESEJADO
Além de dar um toque especial ao look e ser prático de carregar para eventos mil — do Carnaval de rua a festas formais —, o leque é desejado por pessoas de várias idades e classes sociais por ser um adorno funcional: ele ajuda a refrescar de uma forma muito simples, basta abri-lo e balançá-lo em direção ao rosto, ao colo e à nuca.
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VALE?
Sim! Ainda mais em tempos de climas extremos, com o calor que ultrapassa os 40º e sensações térmicas inumanas, o leque é uma ferramenta prática e barata — tem para muitos bolsos — capaz de abrandar a quentura dos dias, fazer um ventinho no rosto em ambientes abafados ou, no caso de mulheres na perimenopausa, aplacar os fogachos que costumeiramente aparecem nessa fase. Com R$ 15 já é possível comprar um modelo simples do acessório.
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ONDE COMPRAR
O leque, hoje, é um item fácil de ser encontrado em diferentes tipos de comércios: das lojas de acessórios mais sofisticadas e caras do shopping às mais populares e baratinhas, além das barracas de camelôs e dos sites de e-commerce, como Mercado Livre e Magalu. Se der sorte, você consegue o seu abanador portátil gratuitamente, já que muitas marcas distribuem o objeto como brinde.