Por que o Brasil deixou de ser um exemplo em vacinação? — Gama Revista
Especial

Por que o Brasil deixou de ser um exemplo em vacinação?

A hesitação vacinal que derrubou os índices de imunização, os desafios e as ações necessárias para a retomada das altas coberturas estão no centro do debate

19 de Outubro de 2023
Karolina Grabowska

Por que o Brasil está deixando de vacinar? O país, que sempre teve um Programa Nacional de Imunização de reconhecido sucesso, tem registrado queda atrás de queda desde 2016 em suas coberturas vacinais, de acordo com o DataSUS. Essa baixa na vacinação fez com que doenças que já não assombravam mais o país voltassem a ser presentes, como o sarampo e a poliomielite.

Mesmo com o acesso gratuito no Sistema Único de Saúde a todos os imunizantes recomendados pela OMS, o Brasil está entre os dez países com o maior número de crianças que não receberam as vacinas essenciais. Desde 2019, nenhum dos imunizantes recomendados para crianças de até um ano de idade chegou a 90% de alcance, a meta mínima determinada pelo Ministério da Saúde.

Com essa nova e preocupante realidade como norte, será realizada a quinta edição do Fórum de Políticas Públicas da Saúde na Infância, promovido pela Fundação José Luiz Egydio Setúbal, no dia 24 deste mês. A organização, que é voltada às causas relacionadas ao bem-estar infantil, pretende discutir os fatores envolvidos na queda dos índices vacinais e iniciativas para reverter esse quadro, trazendo estudos inéditos sobre hesitação vacinal e desinformação e discutindo estratégias para a retomada da cobertura vacinal.

Em parceria com a fundação, a Gama publica neste domingo (22) uma edição da Semana sobre as vacinas no Brasil. Neste especial, trazemos o Podcast da Semana com o diretor do Instituto Butantan, Esper George Kallás, em uma conversa sobre a hesitação vacinal. Um perfil do Zé Gotinha e uma entrevista com uma agente de saúde também fazem parte da edição especial.

Debate

O Fórum de Políticas Públicas da Saúde na Infância deste ano traz, na programação, os desafios para a retomada das altas coberturas vacinais no Brasil vão ser discutidas pela coordenadora geral do departamento de imunizações do Ministério da Saúde, Thayssa Fonseca, e por Geraldo Reple Sobrinho, do O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, o Conasems. A pesquisa inédita sobre hesitação vacinal será apresentada por Lorena Barberia, do departamento de Ciência Política da USP e debatida por José Cássio de Moraes, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Vão ser discutidas também ações para retomada das altas coberturas? vacinais na infância, com Maria de Lourdes Maia, do departamento de Assuntos Médicos, Estudos Clínicos e Vigilância Pós-Registro de Bio-Manguinhos/Fiocruz; Sayonara Cidade, da Secretaria de Saúde do Município de Baturité (CE) e do programa Busca Ativa Vacinal da Unicef; e Athenê Maria de Marco França Mauro, da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Por fim, dois temas cruciais para entender porque chegamos neste ponto de hesitação vacinal temos uma mesa que debate o papel da comunicação e da desinformação sobre as vacinas, com Ana Julia Bonzanini Bernardi e João Guilherme Bastos dos Santos, ambos do Instituto Democracia em Xeque; e Chloé Pinheiro do podcast Ciência Suja e da revista Veja Saúde, mediado por Paula Miraglia, cofundadora e diretora da Gama Revista e do Nexo Jornal.

O fórum acontece no Instituto Butantan e as inscrições devem ser feitas no link.

logo fundação Setubal

Este conteúdo é parte de uma série especial sobre a vacina no Brasil, produzida com apoio da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, instituição que atua em iniciativas sociais dedicadas à melhoria da qualidade de vida na infância, ao conhecimento científico sobre a saúde infantil e à assistência médica infanto-juvenil.

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