Rainha da região onde hoje se situa Angola, N’Zinga M’Bandi foi senhora dos reinos de Dongo e Matamba, historicamente assolados por guerras e conflitos. É a história dessa rainha africana, reconhecida por sua coragem, inteligência e diplomacia, que o escritor angolano José Eduardo Agualusa explora em “A Rainha Ginga” (Tusquets, 2024), um dos romances mais aclamados do autor, que aborda a relação entre Angola, Brasil e Portugal. (Leonardo Neiva)
Na pele do diretor Giovanni, um homem obstinado, cheio de manias, chato e inconveniente — mas, ainda assim, cativante e engraçado —, o cineasta italiano e também protagonista faz, em seu novo filme, uma homenagem apaixonada pelo cinema. Ao mesmo tempo em que tenta rodar uma trama sobre o Partido Comunista da Itália, o personagem vive uma crise conjugal, briga com a estrela do longa e aproveita para zombar da Netflix. (Ana Elisa Faria)
Milenar na cultura japonesa, o chá é tema da exposição que faz um panorama sobre sua produção, cultura e história e traz amostras de variedades da bebida e de utensílios tradicionais e contemporâneos. O grande destaque é a casa de chá Tsuginote Teahouse, projetada pelos arquitetos Kei Atsumi e Nicholas Préaud. São mais de 900 peças feitas a partir de madeira impressas em 3D, que se sustentam sem o uso de cola, pregos ou parafusos. Até 7/4. (Emilly Gondim)
Quando Hollywood abraçou o Rei dos Monstros, parte do que tornava Godzilla tão especial e assustador se perdeu. Foi-se o trauma japonês do pós-guerra, chegaram os efeitos especiais estapafúrdios e vazios. Em “Godzilla Minus One”, dirigido por Takashi Yamazaki, a essência do filme de monstro é recuperada em uma produção que retorna aos anos 40 para falar sobre as cicatrizes de guerra nipônicas e os horrores causados pelas duas bombas atômicas. Melancólico, o filme entende que sua força não está no Kaiju, mas sim no drama vivido por seus personagens. (Daniel Vila Nova)
A editora Supersônica acaba de lançar a versão em audiolivro do livro “O Lugar”, da vencedora do Nobel Annie Ernaux, na voz da atriz Isabel Teixeira, de “Pantanal”. Para muitos o romance que levou à consagração da escritora francesa, nele Ernaux se volta à vida do pai e à sua própria relação com a família. Além da obra, também estão disponíveis pela editora versões auditivas de “O Acontecimento” e “O Jovem”. (Leonardo Neiva)
Chega nesta quinta-feira (14) à Netflix a segunda parte da temporada final da série que acompanha a família real britânica desde antes da coroação de Elizabeth II, por seis temporadas. Depois de ter sido dominada — assim como foi parte do mundo — pelo carisma de Lady Di, a série agora foca no fim da vida da rainha que atravessou o século 20 no poder e no príncipe William, que sente o peso de seu papel na família e se aproxima de Kate Middleton. (Isabelle Moreira Lima)
A exposição traz 60 anos de obras da artista francesa a São Paulo. Em 1964, Orlan já fazia nus e ensaios fotográficos para protestar contra os paradigmas sociais e os padrões de beleza. Nos anos 1990, virou tema de debate por suas cirurgias performáticas feitas ao vivo e cujos resultados pareciam não importar: eram apenas meios para questionar os limites natural e artificial do corpo. Até 28/1. (Glória Machado)
Um acontecimento traumático que durou alguns minutos, no dia em que completou 24 anos, alterou totalmente o curso da vida — e obra — do escritor, ator e quadrinista Lourenço Mutarelli. No episódio "Presentes Inesperados", do podcast Rádio Novelo Apresenta, ele volta àquela noite festiva de mais de três décadas atrás para tentar compreender tudo o que veio depois. Daquelas histórias que não saem da cabeça por dias. (Ana Elisa Faria)