@afrofuturas
Pétala e Isa Souza são duas irmãs que produzem conteúdo sobre suas leituras, e que buscam no ativismo literário uma ferramenta de inclusão
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Pétala e Isa Souza são irmãs, autodeclaradas discípulas de Octavia Butler, periféricas e pluriversais
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Juntas, as duas leem muito
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E vivem organizando a estante, maneira como planejam suas próximas leituras para produzir conteúdo sobre autores, narrativas, gênero e questões sociais importantes que encontram atrás de cada nova capa
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O nome do perfil dá pistas de que as duas são apaixonadas por ficção científica
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Em 2020, cinco anos depois do primeiro post no Instagram, elas adotaram o nome Afrofuturas, assumindo a paixão pelo gênero que mistura ancestralidade africana com tecnologia, o afrofuturismo
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A escritora Octavia Butler, consagrada por seus livros de ficção científica feminista, é a favorita das irmãs. Foi um de seus títulos que as duas levaram ao Clube de Leitura da Folha de S. Paulo, em novembro do ano passado
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Hoje, elas buscam promover o reconhecimento de títulos nacionais da ficção científica, gênero cuja produção nacional é pouco valorizada no Brasil
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As duas buscam ainda a promoção de narrativas plurais, que abordem questões de grupos historicamente esquecidos. Para tal, criaram o desafio “Leia Representatividade”, ciclo anual de leitura com focos mensais sobre grupos específicos
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Entre as leituras para esse desafio estão desde autoras negras até tramas que envolvem protagonistas assexuais, passando também por autoras indígenas e com deficiência
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Uma das pautas principais do perfil é compartilhar leituras decoloniais, isto é, que desmontam pensamentos criados pela “máquina colonial”, nas palavras das irmãs
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Em 2019, Pétala e Isa publicaram um conto na antologia “Vozes Negras” (Se Liga Editorial, 2020), que reúne textos de diferentes autores
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E no ano seguinte, foram condecoradas na primeira edição do prêmio Machado Darkside de Literatura, Quadrinhos e Outras Narrativas, e assinaram contrato para publicação do livro “Imaginários Pluriversais”, título que lhes rendeu o prêmio
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Trecho de livro: “O Reformatório Nickel”, vencedor do prêmio Pulitzer de ficção que narra história de abusos contra meninos negros em reformatório dos EUA
Quem Estamos Stalkeando: Mayara Amaral, mãe artista e trancista, explora em seu trabalho a sexualidade feminina e questões relacionadas à experiência de mulheres negras