Bracelete da amizade — Gama Revista
Objeto de análise

Bracelete da amizade

Em alta entre os fãs de Taylor Swift, as pulseiras de miçangas que são coloridas e rememoram a moda hippie e a dos anos 1990 viraram símbolo de pertencimento

Emilly Gondim 10 de Outubro de 2023
  • O QUE É

    O bracelete da amizade voltou à moda graças aos shows da turnê “The Eras Tour”, da cantora norte-americana Taylor Swift. Seus fãs criaram a tradição de trocar as pulseiras de miçangas em referência a música “You’re On Your Own, Kid”, do álbum Midnights (2022) em que Taylor canta: “So make the friendship bracelets/ Take the moment and taste it/ You’ve got no reason to be afraid (Então faça as pulseiras da amizade/ Aproveite o momento e saboreie/ Você não tem motivos para ter medo)”. Entretanto, o item esteve presente na história de muitas pessoas antes mesmo de Taylor ganhar o primeiro violão. Peças como estas são constantemente revisitadas na história da moda desde a ascensão do estilo hippie, nos anos 1960. Em 2014, a febre era a pulseira de elásticos coloridos e as adolescentes produziam à mão e as vendiam. O diferencial da nova tendência dos “swifties” — como são chamados os fãs da cantora — é a lógica de troca. Hoje, eles montam mais de cem pulseiras personalizadas com as músicas de Taylor e as trocam entre si durante o show, mesmo sem se conhecerem. Vídeos no TikTok mostram os fãs saindo dos estádios com os braços ocultos por várias unidades do acessório.

  • QUEM FEZ

    As primeiras miçangas são datadas de 2400 e 1600 A.C, no Egito e na Mesopotâmia, produzidas por integrantes de classes menos abastadas, que não conseguiam adquirir joias. Na América Latina, elas ocuparam papel crucial no escambo durante a colonização espanhola e portuguesa. Alguns grupos indígenas continuam produzindo suas peças de miçangas, atividade que é forte em sua cultura, como os Kayapó. Mas hoje, as pulseiras podem ser feitas por qualquer pessoa e há vários tutoriais no Youtube que mostram diferentes modelos e técnicas.

  • POR QUE É TÃO DESEJADO

    Para os fãs de Taylor Swift, a pulseira se tornou símbolo da realização de um sonho e a possibilidade de guardar a lembrança de um show para sempre em um objeto. Mas muito além disso, o bracelete significa fazer parte de uma comunidade em torno da cantora e suas músicas; é um símbolo de pertencimento. Para as outras pessoas, o acessório remete a estética alegre e ao dos anos de 1960 da moda hippie.

  • VALE?

    Se você faz parte dos 100 milhões de ouvintes mensais de Taylor Swift no Spotify, provavelmente vai curtir usar esse símbolo de seu fã-clube. Principalmente se tiver planos de ir a um dos shows no Brasil, em novembro deste ano. De quebra, você ainda terá a possibilidade de usar este alegre acessório no verão 2023-2024.

  • ONDE COMPRAR

    No universo que envolve a pulseira, é incentivada a prática do faça você mesmo. A produção manual costuma ser feita entre amigos e é comparada a um ritual terapêutico em que se pode compartilhar a vida e os sentimentos causados pelas músicas da artista norte-americana. As peças podem ser compradas em lojas de departamento ou na internet, só é preciso se atentar ao modelo que pretende construir. Basicamente tem três itens centrais de qualquer produção: o fio de silicone para base, pedrinhas coloridas e letras para compor a personalização. Kits completos têm sido vendidos a partir de R$ 50 e aumentam conforme a quantidade de peças.

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