Milly Lacombe: ‘O futebol não é negócio, é uma instituição social’
A jornalista esportiva fez barulho nas redes com uma coluna sobre a atitude raivosa do técnico do Palmeiras – e o que isso tem a ver com violência doméstica
Para Milly Lacombe, é “hora de colocar Abel Ferreira no seu devido lugar” – principalmente depois que o português, que é atual técnico do Palmeiras, chutou um microfone do estádio em um acesso de raiva durante a final da Supercopa do Brasil, contra o Flamengo.
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A jornalista esportiva escreveu uma coluna no Uol sobre o ocorrido, e sua opinião virou polêmica nas redes e dividiu internautas no último domingo, 29. No Twitter, foram milhares de visualizações e muitos comentários a favor e contra Lacombe. Há quem tenha achado o texto delirante e nada condizente com a realidade, enquanto outros elogiaram a relação que foi feita entre futebol e violência doméstica.
Segundo ela, futebol tem tudo a ver com responsabilidade social, tanto é que traz um dado que atesta o aumento no número de casos de violência doméstica em dias de jogo no Brasil. E a atitude de Ferreira ilustra bem esse fato.
Mas não é a primeira vez que Milly Lacombe se abre nas redes para falar sobre o tema. À Gama, ela falou sobre machismo e futebol, e como, apesar das conquistas irrevogáveis no esporte para público feminino, ainda temos muito para mudar. Sua dose de ativismo acontece por meio do esporte: “As mulheres que gostam de futebol gostam de um esporte que detesta elas, mas já detestou mais”, afirma. “O futebol é a última fronteira do machismo. Quando a gente vencer o futebol teremos conquistado tudo.”
Você encontra a entrevista com Labombe na Gama neste link, em um Podcast da Semana sobre o lugar da mulher no futebol, além de ética no jornalismo esportivo, caráter político do esporte e modelo capitalista que o futebol segue hoje.