Vale o hype?

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Bloco de notas

Dez sabores que estão em cardápios por toda a parte

Matcha, kimchi, picles, pistache e tucupi são alguns dos ingredientes que estão saindo de suas cozinhas de origem e ganhando pratos (e feeds) do mundo inteiro

Dez sabores que estão em cardápios por toda a parte

12 de Outubro de 2025

Matcha, kimchi, picles, pistache e tucupi são alguns dos ingredientes que estão saindo de suas cozinhas de origem e ganhando pratos (e feeds) do mundo inteiro

  • Matcha

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    Feito a partir das folhas de chá verde, é um pó fino e com sabor herbáceo e complexo, que pode ter nuances amargas, adocicadas ou ainda umami a depender da origem e produtor. É usado não apenas para ser bebido puro, como um chá normal, mas também como ingrediente de lattes, smoothies. No Japão, o matcha passou a ser usado para dar sabor a muitos doces, desde os tradicionais motis (bolinhos de arroz glutinoso) até bolos e choux, moda que já foi copiada em todo o mundo e hoje vemos da confeitaria à cozinha salgada. O fato de ser rico em antioxidantes ajudou a moda a pegar muito além da gastronomia.

  • Chilli Oil

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    De origem chinesa, popular nas províncias de Sichuan e Hunan, conhecidas por seus sabores intensos e picantes, esse óleo de pimenta ganhou o mundo e hoje é usado em receitas de massas, molhos ou no preparo de legumes, ou mesmo à mesa, adicionando complexidade e picância. Em geral, sua base é óleo de gergelim ou amendoim, no qual são infundidas pimentas secas, alho, gengibre e especiarias.

  • Pistache

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    Ele está presente nos sabores de gelato, em tortas, em bolos, em risotos, em uma barra de chocolate que pode custar até R$ 2 mil e em uma infinidade de receitas, salgadas ou doces — além de ter se tornado insumo para perfumes, bebidas e velas. Embora seja uma das sementes mais caras do mundo, o pistache conquistou o prato dos brasileiros desde 2023, quando suas importações avançaram 97% em relação ao ano anterior. Com sabor docemente amendoado e alto valor nutritivo (rico em betacaroteno, vitamina E e luteína), o pistache tem origem do Irã à Ásia Central e ganhou fama mundial a partir da Itália. Principal fornecedor do Brasil, os Estados Unidos concentram suas plantações na Califórnia, onde as árvores levam até dez anos para produzir e podem viver um século, garantindo que a pistachização dure.

  • Couve-flor

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    Bonita, gostosa, com nome e sobrenome. Ela tinha tudo para ser uma celebridade nas cozinhas e – por que não? – nas redes sociais, e chegou lá, especialmente quando assada inteira, temperada com azeite, sal e pimenta, acompanhada de um molho cremoso de queijo. A popularidade desse vegetal-flor já teve diferentes encarnações: cuscuz e arroz de mentirinha, ótimos para dietas low carb; “steak”, cortada em fatias grossas e grelhada, perfeita para veganos; e base de massas, até de pizza. Ela é top, capa de revista.

  • Caviar

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    Símbolo de luxo no mundo inteiro, o caviar é uma das 27 espécies de ovas não fecundadas de esturjões, espécie de peixe de aparência pré-histórica que, por muito tempo, foi desprezado. O prestígio começou em 1671, quando foi oferecido ao czar Aleixo e ganhou status entre os nobres de Moscou. Com o exílio de príncipes russos na França, o que antes era comida dos pobres tornou-se um dos ingredientes mais caros do mundo. De sabor salgado que remete ao mar, com notas adocicadas e amanteigadas, ele aparece em sanduíches e acompanha ovos – de galinhas. A raridade só reforça o hype: a fêmea do esturjão pode levar mais de dez anos até produzir.

  • Burrata

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    Original da Puglia, na Itália, a burrata conquistou o Brasil com sua combinação única: o exterior mais firme de muçarela e um recheio cremoso, de stracciatella e creme. Feita à mão com leite de alta qualidade e sem conservantes, deve ser consumida fresca, com validade em torno de uma semana — e é aí que está seu diferencial. Versátil, vai de entradas clássicas, com tomate e presunto cru, a criações ousadas, como massas recheadas e até o viral “miojo com burrata”. Os fãs se derretem pela sua textura e sabor delicado, além de frescor, mas, assim como o tomate seco nos anos 1990, a febre já mostra cansaço entre os mais críticos.

  • Tucupi

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    Queridinho dos chefs, esse ingrediente vive um momento de destaque na gastronomia, extrapolando as fronteiras amazônicas, em alta com a proximidade da COP30, em Belém. Líquido amarelo, extraído da mandioca brava, cheio de umami, ele tem sido incorporado a produtos industrializados, como molhos e pimentas, e também em cardápios, explorando a sua versatilidade em pratos contemporâneos. Na última edição do reality show “Master Chef”, o tucupi esteve presente em diversas receitas e ajudou muitos participantes a vencerem desafios.

  • Picles

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    Vegetal em salmoura, tradicionalmente feito com pepino, o picles pode ser feito com diversas frutas e vegetais (até os nativos brasileiro), é rico em probióticos e eletrólitos — seu sabor ácido ganhou o coração da Geração Z no TikTok. Vai muito além do acompanhamento clássico de sanduíche: virou ingrediente de pizzas, sorvetes e pipoca e até bebidas virais como a mistura de Diet Coke com salmoura popularizada por Dua Lipa. A salmoura, antes descartada, hoje é estrela de coquetéis “dirty”, como o Dry Martini, em bares ao redor do mundo.

  • Kombucha

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    Bebida fermentada milenar à base de chá que explodiu em popularidade nos últimos anos. O hype vem da promessa de ser um “alimento funcional” repleto de probióticos que melhoram a saúde intestinal, antioxidantes do chá verde que combatem inflamações e propriedades que ajudam no metabolismo e até no humor. Virou substituto saudável de refrigerantes para quem busca bem-estar, embora especialistas alertem que não é milagroso: funciona melhor dentro de uma dieta equilibrada.

  • Kimchi

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    Essa conserva de acelga fermentada picante talvez seja o alimento que melhor simboliza a culinária coreana, que, aliás, vem ganhando novos restaurantes, em SP e no Rio, conquistando fãs de fora da colônia asiática. Perfeito para ter na geladeira e dar um tcham no arroz com ovo, ele também vem sendo usado, para além da cozinha tradicional, em cafés e restaurantes descolados, somando a sanduíches com queijo e pizzas picância e suculência.

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