13 livros para visitar à Flip sem sair de casa — Gama Revista
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Bloco de notas

Livros para ir à Flip sem sair de casa

Não vai comparecer ao evento literário em Paraty? Estes livros te ajudam a ficar por dentro dos principais lançamentos e debates do festival em 2023

Livros para ir à Flip sem sair de casa

Leonardo Neiva 19 de Novembro de 2023

Não vai comparecer ao evento literário em Paraty? Estes livros te ajudam a ficar por dentro dos principais lançamentos e debates do festival em 2023

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    Com lançamento marcado para o próprio evento, em “Macabéa: Flor de Mulungu” (Oficina Raquel, 2023), Conceição Evaristo desenvolve um novo conto centrado na marcante protagonista de Clarice Lispector. Com ilustrações de Luciana Nabuco, o livro deve trazer uma versão crítica da personagem de “A Hora da Estrela”, uma mulher machucada e silenciada ao longo da vida. O lançamento da obra deve contar com a presença da autora no espaço Encruza Literária, em Paraty.

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    Obra preparada especialmente para a presença da autora e acadêmica estadunidense Christina Sharpe no festival, “Algumas Notas do Dia a Dia” (Fósforo, 2023) mescla memória, teoria, documentos históricos e relatos biográficos. A autora reúne no livro 18 notas da aclamada obra “Ordinary Notes”, indicada ao National Book Awards, uma das principais premiações literárias dos EUA. Assim como no elogiado “No Vestígio” (Ubu, 2023), Sharpe mostra por que é uma das principais autoras hoje a se debruçarem sobre as vivências e memórias das populações negras.

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    Tradutora de nomes como Katherine Mansfield e Leonard Cohen, assim como poeta premiada, Laura Wittner elabora em “Viver e Traduzir” (Bazar do Tempo, 2023) um ensaio singular a partir de reflexões acumuladas em mais de 25 anos de atividade. Nesta espécie de diário pessoal da autora — que lança o livro no evento —, o ofício de tradutora se mistura a cenas do cotidiano, anedotas e até diálogos com diversas obras e seus autores, numa defesa da intersecção entre a tradução literária e a concretude da vida.

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    Nesta edição da Flip, o neurocientista, biólogo e escritor Sidarta Ribeiro deve passar pelo evento também para lançar seu mais novo livro. “As Flores do Bem” (Fósforo, 2023) busca, na linguagem acesível característica do autor, combater a desinformação que ainda existe em torno da maconha. Além de um breve histórico da erva milenar, ele aborda as motivações que levaram ao proibicionismo da planta em praticamente todo o mundo ao longo de quase um século.

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    Uma garota em um corpo que não reconhece como seu, que tenta compreender a si mesma e ao mundo em que vive. É essa a premissa de “Mau Hábito” (Amarcord, 2024), da escritora e dramaturga espanhola Alana Portero. Com uma escrita marcada por temas culturais, pelo feminismo e ativismo LGBTQIA+, com foco na realidade das mulheres trans, o romance de Portero, ao mesmo tempo cru e feroz, mostra a reação a uma sociedade incapaz de aceitar as diferenças, transformando a autora em fenômeno editorial.

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    Tudo aquilo que escreve, a poeta Dionne Brand, nascida em Trinidad e Tobago e radicada no Canadá, transforma num campo para elaborar narrativas das mulheres negras e diaspóricas, assim como de suas maneiras de estar no mundo. Presença garantida na Flip, ela agora lança no Brasil sua obra “Nenhuma Língua É Neutra” (Bazar do Tempo, 2023), onde busca capturar, em nove poemas, tudo aquilo que é insondável e intraduzível nos termos de um discurso supostamente neutro, mas que passa longe de sê-lo.

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    Com o nome fincado entre os grandes destaques da literatura brasileira contemporânea desde a publicação de “Torto Arado” (Todavia, 2019), Itamar Vieira Jr. deu continuidade à popularidade e reconhecimento de sua escrita com “Salvar o Fogo” (Todavia, 2023). A obra narra o reencontro de uma família de origens afro-indígenas após um longo período de distância sofrimento. Presente numa das mesas mais disputadas do evento, o livro do escritor baiano prova tanto o fenômeno de público e crítica que ele se tornou quanto seu talento para construir universos convincentes em comunidades marcadas pela desigualdade e o preconceito.

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    Num evento em que é a principal homenageada, não poderiam faltar livros que exploram a escrita e rica vivência de Pagu. Dos fortes textos até então inéditos de “Até Onde Chega a Sonda: escritos prisionais”, (Fósforo, 2023) à escrita politicamente incendiária contida em “Pagu na Vanguarda Socialista” (Autonomia Literária, 2023). Já em “Pagus: ousadas e insubmissas” (Funilaria), a jornalista Giuliana Bergamo resgata o espírito e as lutas de Pagu a partir de entrevistas com cinco mulheres contemporâneas. Por fim, vale buscar também “Pagu no Metrô” (Nós, 2022), fruto de um intenso trabalho da pesquisadora e escritora Adriana Armony, que integra a mesa de abertura do festival.

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    Depois de seu aclamado e perturbador romance “Mandíbula” (Autêntica, 2022), a escritora equatoriana Mónica Ojeda lança em “Voladoras” (Autêntica, 2023) um livro de contos igualmente assustador. Numa leitura peculiar do horror, que nasce da geografia avassaladora dos Andes equatorianos, as histórias passam por elementos como a sexualidade, a violência, a dor, a vida e a morte. Representante da atual onda da literatura fantástica na América Latina, a escritora vem à Flip para desfiar um pouco de seu estilo envolvente e único.

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    Qual o sentido das palavras em um lugar dominado pelo silêncio? É a partir dessa pergunta complexa que se inicia a parábola sobre amor e linguagem do poeta e crítico ucraniano Ilya Kaminsky. Eleito livro do ano pelo New York Times em 2019, “República Surda” (Companhia das Letras, 2023) narra um conflito fictício numa cidade inventada, onde o assassinato de um garoto surdo por soldados serve de estopim para uma guerra. De maneira adequada, o autor deve integrar no evento um debate sobre comunicação e conflitos contemporâneos, num momento em que os temas ocupam as manchetes e pensamentos no mundo todo.

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    Até então fora de circulação, o livro “Viva Vaia” (Ateliê Editorial 2023), que reúne os escritos do poeta e tradutor paulistano Augusto de Campos, vai ganhar nova edição a partir da Flip. Homenageado no evento, com um debate na programação principal inteiramente focado em sua obra, Campos marcou a literatura brasileira com sua poesia radical e rigorosa. O livro, onde constam três décadas de sua produção literária, é uma oportunidade de se familiarizar com a escrita e contribuição do autor.

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    Quase em diálogo direto com a ganhadora do Nobel Annie Ernaux, a jornalista e escritora francesa Colombe Schneck conta com detalhes em “Dezessete Anos” (Relicário, 2023) o aborto que fez na primavera de 1984. Em meio a uma obra com fortes traços autobiográficos, em que recordações de infância e relatos de autoficção dão a tônica, além de fazer deste seu primeiro livro publicado no Brasil, a autora vai à Flip para uma conversa sobre memória e história na escrita literária.

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    A partir das canções de Jorge Benjor, um dos mais queridos e desbocados ícones da música brasileira, os pesquisadores e escritores Allan da Rosa e Deivison Faustino criam um diálogo cheio de ginga sobre música, relações raciais, sociabilidades e masculinidades negras. “Balanço Afiado” (Fósforo, 2023) é um livro que explora os elementos que tornaram Benjor um catalisador da música brasileira, com referências que vão do futebol de várzea à intelectualidade negra no Brasil. Na Flip, Faustino deverá passar pelo espaço da Casa Sete Selos+ para ampliar a discussão sobre a obra.