Perimenopausa, e agora?!

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Bloco de notas

Personagens na perimenopausa e na menopausa com alto poder de identificação

Mulheres (da ficção e da vida real) ajudam a compreender o que climatério representa, com humor e sabedoria. Confira a seleção preparada por Gama

Personagens na perimenopausa e na menopausa com alto poder de identificação

09 de Fevereiro de 2025
Reprodução/Max

Mulheres (da ficção e da vida real) ajudam a compreender o que climatério representa, com humor e sabedoria. Confira a seleção preparada por Gama

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    Junto dos sintomas incômodos da menopausa, as mulheres têm de lidar com a imposição de um novo desafio social: o etarismo. Nesta entrevista da Gama, a jornalista Mariza Tavares explica que o machismo e o preconceito com a idade se misturam no mercado de trabalho. Ela, que é autora de “Menopausa: O momento de fazer as escolhas certas para o resto de sua vida” (Contexto, 2022) e “Longevidade no Cotidiano” (idem, 2020), fala das nuances da invisibilidade e das exigências inalcançáveis impostas no ambiente profissional. “Somos cobradas para sermos profissionais espetaculares, mas ao mesmo tempo — olha que engraçado — para sermos ‘doces’.” Tavares ainda dá conselhos para quem procura se manter no jogo: ser relevante, procurando usar as muitas habilidades adquiridas ao longo da vida.

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    A personagem Rani (Pooja Bhatt) ajudou na abertura do debate sobre menopausa na Índia, país onde o tema é um tabu ainda maior do que a menstruação. Na série “Boombay Begums” (2021), da Netflix, Rani é uma CEO de um grande banco que tenta esconder suas ondas de calor, irritabilidade e outros sinais por medo do julgamento dos colegas. “A história é sobre a aceitação da mudança por parte dela e de sua família, e a percepção de que a menopausa não é uma doença, e sim uma fase”, resume o diretor Saumitra Singh. O drama também acompanha outras quatro mulheres de gerações distintas.

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    Dilemas amorosos, o desejo por filhos (ou a falta dele) e o excesso de trabalho eram alguns dos temas cotidianos abordados em “Sex & The City” (1998-2004). Quase 20 anos depois, as personagens lidam com mais questões que geram identificação no reboot “And Just Like That…” (2021-). Cynthia Nixon, que interpreta Miranda, diz que “agora elas têm 55 anos, estão na menopausa, um tema de muitas piadas e que certamente tem seus aspectos desagradáveis”. Por outro lado, a atriz vê a fase como um momento em que as mulheres podem se reinventar, o que acontece com sua personagem, que muda de profissão. Além disso, o original da Max ajuda a conscientizar sobre a perimenopausa, mostrando com bom humor a menstruação relâmpago de Charlotte, por exemplo.

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    Mesmo se você não tiver acompanhado a aclamada tragicomédia de Phoebe Waller-Bridge, “Fleabag”, vale assistir este monólogo de um minuto e meio no terceiro episódio da segunda temporada. Nele, Belinda (Kristin Scott Thomas) recebe um prêmio de mulher de negócios e conhece a protagonista. Ao saber que ela tem apenas 33 anos, Belinda, de 58, diz que a vida melhora. Em seguida, discursa sobre a trajetória feminina: “Mulheres nascem com dor embutida, é o nosso destino físico — dor menstrual, seios doloridos, parto, você sabe (…) Justamente quando você sente que está fazendo as pazes com isso, o que acontece? A menopausa chega e é a coisa mais maravilhosa do mundo.” Com performance brilhante, Belinda apresenta a menopausa como algo a se ansiar. Disponível no Prime Video.

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    Para entender de um jeito descontraído o que fazer durante essa fase, você pode ler “Vou Te Contar: tudo o que queria que tivessem me falado sobre a menopausa” (BestSeller, 2025). O livro traz, além das memórias vividas pela atriz anglo-australiana Naomi Watts, as experiências de outras mulheres e as recomendações de especialistas. “Não me conformo com a frequência com que o desconforto das mulheres é ignorado e com quantas vezes eu mesma o minimizei”, escreve Watts no lançamento.

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    Apesar de não falar especificamente sobre o período que marca o declínio dos hormônios reprodutivos, “Caderno Proibido” (Companhia das Letras, 2022) traz questões que muitas mulheres enfrentam nessa etapa da vida. A trama se passa na Itália de 1950 e acompanha Valeria, uma mulher de 43 anos que se dedica à família e um dia decide escrever um diário. Entre as descobertas sobre si mesma, percebe que nunca mais ouviu seu próprio nome, já que o próprio marido a chama de “mamãe”. Conflitos geracionais com os filhos, a sexualidade aflorada, a busca por um espaço particular são outros tópicos abordados no livro de Alba de Céspedes, autora que influenciou Elena Ferrante.

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    Vivendo a perimenopausa prestes a completar 46 anos, uma artista quase famosa se despede do marido e do filho, e parte de sua casa em Los Angeles para uma inspiradora e longa viagem de carro até Nova York. Mas, com apenas 30 minutos de estrada, ela se hospeda em um hotel, onde terá uma jornada de autodescoberta. Essa é a premissa do romance“De Quatro” (Amarcord, 2024), da escritora e cineasta Miranda July. Aclamado pela crítica e um bestseller do New York Times, o livro parece captar com precisão a vida amorosa, sexual e doméstica da mulher do século 21. Leia um trecho da obra aqui na Gama.

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    “Ninguém te fala sobre a vulva careca.” Essa é a frase de abertura de “Não Sei Como Ela Dá Conta” (Verus, 2021), sobre a história de Kate, uma mãe de adolescentes, na menopausa, que precisa voltar a trabalhar depois do desemprego do marido. Para encarar o etarismo do mercado profissional e conseguir um emprego, ela, aos 49 anos, diz que tem apenas 42. Em meio aos desafios do setor financeiro e problemas em casa, Kate também lida com o reaparecimento de uma antiga paixão. O livro de Allison Pearson inspirou o filme “Não Sei Como Ela Consegue” (2011), estrelado por Sarah Jessica Parker e disponível no Prime Video.

  • “Se Ela Não Sabe, Quem Sabe?” é o nome do podcast da Folha, apresentado pela escritora e roteirista Tati Bernardi, que tem a proposta de dar ouvido à sabedoria de mulheres com mais de 50 anos. Convidadas como Fernanda Torres, Zezé Mota e Laerte já estiveram presentes falando de menopausa, do poder da maturidade, da essência feminina e da relação com trabalho, entre outros temas.

  • Na mesma pegada, o podcast “Wiser Than Me” promete te fazer rir, chorar e ficar mais sábia. Nele, Julia Louis-Dreyfus, atriz célebre pela atuação em comédias como “Seinfeld” e “Veep”, entrevista mulheres com mais de 60 anos. Desde 2023, os episódios semanais já contam com personalidades como Patti Smith, Rita Moreno, Jane Fonda,Diane von Furstenberg e Isabel Allende. Em uma das conversas, a atriz, modelo e empresária Beverly Johnson relata sua experiência com a menopausa, que a pegou desprevenida ao ser acelerada por uma uma histerectomia (cirurgia de remoção total do útero e dos ovários).

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