10 biografias de grandes mulheres para se inspirar — Gama Revista
Como ter mais mulheres líderes?

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Bloco de notas

10 biografias de grandes mulheres para se inspirar

Na política, nas artes e na vida. Personalidades que ensinam lições a partir da própria trajetória

10 biografias de grandes mulheres para se inspirar

27 de Outubro de 2024

Na política, nas artes e na vida. Personalidades que ensinam lições a partir da própria trajetória

  • “Minha História”, de Michelle Obama (Objetiva, 2018)

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    “Sua história é o que você tem, o que sempre terá. É algo para se orgulhar”, afirma a ex-primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama. Em “Minha História”, ela conta sua narrativa pessoal com o orgulho que a frase pressupõe. Sendo a primeira mulher negra a ocupar o cargo, Obama se destacou, entre outros feitos, por aproximar a população da Casa Branca, com eventos abertos ao público. Além dos bastidores de oito anos de governo, a obra explora a trajetória da advogada desde a infância, quando já era uma aluna ambiciosa, passando pelo namoro e casamento com Barack Obama. Trata também da criação das filhas, durante a qual se preocupou em evitar o deslumbramento com o poder, como relata no livro. Há uma continuação da biografia, bem como uma versão da para jovens leitores e em formato interativo de diário.

  • “Eu e não Outra. A Vida Intensa de Hilda Hilst”, de Laura Folgueira e Luisa Destri (Tordesilhas, 2018)

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    Poucos escritores têm tanta devoção à escrita como Hilda Hilst, que se isolou aos 36 anos para uma rotina concentrada no ofício. Mesmo assim, ela não teve tamanho reconhecimento em vida, tendo suas obras reeditadas apenas em 2018, quando foi homenageada na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). No mesmo ano, Laura Folgueira e Luisa Destri, especialistas na obra da autora, publicaram sua biografia. O livro descreve desde o nascimento de Hilst, em Jaú, no interior de São Paulo, até a morte na Casa do Sol — sítio em Campinas que foi transformado em Instituto Hilda Hilst —, passando pelo início da carreira aos 20 anos, a juventude glamurosa na capital, a publicação de livros pornográficos e o desejo de ser amada. Embora pretendam retratar a pessoa por trás da autora, Folgueira e Destri alertam que “essas duas faces são, justamente pela consciência com que construía sua imagem, a mesma coisa”.

  • “Maria Bonita: Sexo, violência e mulheres no cangaço”, de Adriana Negreiros (Objetiva, 2018)

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    Diferentemente do heroísmo retratado nas narrativas populares, a realidade dos cangaceiros, particularmente das cangaceiras, era muito mais sombria. Chamada de Rainha do Sertão, Maria Bonita foi a primeira mulher a entrar por vontade própria no cangaço, após deixar o marido para ficar com Lampião, líder do bando. Nesta biografia, a jornalista Adriana Negreiros desmistifica as figuras femininas naquele espaço, que sobreviviam sob crueldades dos homens, sendo forçadas a entrar e permanecer, constantemente violentadas e ameaçadas. A pesquisa da autora revela diferentes faces sobre a mulher mais importante do cangaço: ao mesmo tempo em que reproduzia o machismo, era uma transgressora e, por outro lado, não participava de torturas e assassinatos, como as fontes oficiais da época defendiam.

  • “Prólogo, ato, epílogo: memórias”, de Fernanda Montenegro (Companhia das Letras, 2019)

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    A dama da dramaturgia brasileira acaba de completar 95 anos e ela também já escreveu um livro de memórias, com a colaboração da jornalista Marta Góes. Além de revelar a vida da atriz, a obra traz um panorama da história da arte brasileira no último século, vivenciada por ela. Como o título indica, a biografia é dividida em três partes. No “Prólogo”, Fernanda Montenegro conta a história de seus avós, imigrantes italianos e portugueses, apresentando como suas raízes familiares a forjaram. A maior parte do livro, o “Ato” narra sua trajetória artística, iniciada nas radionovelas, abordando também o romance com Fernando Torres e as dificuldades de criar os filhos sobrevivendo de arte no Brasil. Ao final, Montenegro compartilha em “Epílogo” suas sábias perspectivas da vida no passado, presente e futuro.

  • “Continuo Preta: A vida de Sueli Carneiro”, de Bianca Santana (Companhia das Letras, 2021)

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    Importante ativista do movimento negro no Brasil, Sueli Carneiro cunhou a frase “entre a esquerda e a direita, sei que continuo preta”. Parte da tirada nomeia sua biografia, escrita pela jornalista Bianca Santana, que já foi colunista da Gama. Com uma vida discreta, Carneiro não costumava compartilhar histórias pessoais até a entrevista que deu origem ao livro, por acreditar que “não havia nada especial”. Tratando de uma das mulheres negras que abriu caminhos para as novas gerações de pensadoras, a obra é dedicada às “jovens negras dispostas a pegar o bastão oferecido por Sueli Carneiro”. Confira um trecho do livro aqui.

  • “As Verdades que Nos Movem”, de Kamala Harris (Intrínseca, 2021)

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    Qual parte da sua história pessoal influencia as suas motivações profissionais? Nesta autobiografia, a vida de Kamala Harris é o pano de fundo de suas decisões profissionais. Filha de dois imigrantes e ativistas por direitos civis, Harris voltou-se às pautas sociais em sua carreira como promotora e senadora — na Califórnia, venceu um processo contra grandes bancos durante a crise das hipotecas, ganhando um acordo histórico para famílias trabalhadoras. Marcada por uma abordagem “nem implacável nem extremamente flexível, mas inteligente ao lidar com o crime”, a candidata à presidência dos Estados Unidos mostra como gerir crises e liderar em tempos desafiadores.

  • “Em busca de mim”, de Viola Davis (BestSeller, 2022)

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    Vencedora dos três principais prêmios de atuação — Oscar, Emmy e Tony —, Viola Davis chegou ao auge da carreira enfrentando preconceitos, dificuldades financeiras e muitas respostas negativas em testes. O que sua autobiografia revela é que ela também lidou com lutas internas, tendo a visão de si mesma afetada por papéis que reforçavam estereótipos. Ela narra sua trajetória desde a infância em Central Falls, no estado de Rhode Islands, onde vivia com os pais e os cinco irmãos, até a formação profissional, os primeiros testes e trabalhos e o recente reconhecimento. Ao apresentar o livro, ela diz que trata-se de “uma reflexão profunda, uma promessa e uma declaração de amor a mim mesma”, que pode inspirar o leitor a revolucionar a própria vida.

  • “Rita Lee: uma autobiografia”, de Rita Lee (Globo Livros, 2016)

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    Recém adaptada para o teatro musical, a biografia de Rita Lee é tão enérgica quanto ela e suas músicas. A infância pouco convencional, a vida artística precoce, as censuras, a prisão, a paixão por Roberto de Carvalho, os filhos, o machismo na indústria e toda a vida pouco sossegada de Lee são tópicos do livro. O leitor conhece situações íntimas da cantora, narradas com seu bom humor característico, como a vez em que ela e suas irmãs se passaram por nadadoras americanas, distribuíram autógrafos e receberam presentes. Sempre perspicaz, escreveu uma profecia sobre como seria sua morte, que traria o epitáfio “Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa”.

  • “Escolhas difíceis”, de Hillary Clinton (Globo Livros, 2016)

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    Sem esconder o patriotismo, a ex-primeira dama dos Estados Unidos descreve, em “Escolhas Difíceis”, os desafios enfrentados como secretária de Estado americana entre 2009 e 2013, no primeiro governo de Obama. Comandando a política externa de um país importante na diplomacia internacional, Clinton enfrentou provocações de muitos lados, e reflete sobre sua busca para equilibrar razão e emoção frente a elas. Também é discutida a sua perspectiva sobre o que significa ser mulher na sociedade moderna, com as particularidades de ocupar um cargo público.

  • “Sontag: Vida e Obra”, de Benjamin Moser (Companhia das Letras, 2019)

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    Susan Sontag foi uma escritora e ensaísta estadunidense que ampliou os horizontes de muitos temas, da arte à política, tornando-se uma representação do século XX americano, segundo seu biógrafo, Benjamin Moser. A partir de entrevistas e documentos pessoais da biografada, que levaram sete anos para serem reunidos, Moser constrói um retrato do trabalho, da vida privada e da reputação de Sontag. A biografia lhe rendeu o Prêmio Pulitzer em 2020 e é o material mais completo da vasta obra da escritora, que aborda também a pessoa por trás da figura pública: angústias, inseguranças, tentativas de responder ao cenário político desanimador da época e a homossexualidade nunca assumida.