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Afetada pelas políticas transfóbicas do governo Trump, a atriz norte-americana Hunter Schafer se consagrou como um ícone da geração Z com seu papel em “Euphoria”

Sarah Kelly 25 de Fevereiro de 2025

Na última sexta-feira (21), a atriz norte-americana Hunter Schafer veio às redes sociais relatar a mudança de gênero em seu passaporte após o decreto implementado por Trump. A medida prevê que os Estados Unidos apenas reconhecem os dois gêneros atribuídos ao nascimento. Schafer tem o gênero feminino especificado em seus documentos desde a adolescência e se surpreendeu com a letra M, de masculino, em seu novo passaporte. No vídeo de oito minutos em que explica o ocorrido, ela alerta: “Pessoas trans são lindas. Nós nunca vamos deixar de existir. Eu nunca vou deixar de ser trans. “Uma carta e um passaporte não podem mudar isso, e foda-se essa administração. E eu realmente não tenho uma resposta sobre o que fazer em relação a isso, mas senti que era importante compartilhar”.

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♬ original sound – Hunter Schafer

Você pode já conhecer Schafer pela série vencedora do Emmy “Euphoria” (2019 -, disponível na Max), em que ela teve a primeira experiência como atriz na pele de Jules, amiga e interesse amoroso de Rue, a protagonista vivida por Zendaya. Além de se destacar pelo papel da jovem trans, aclamado por não se resumir a isso e mostrar outras complexidades da adolescente, Schafer coescreveu e coproduziu um dos episódios. O especial “Fuck Anyone Who’s Not a Sea Blob” foi ao ar entre as duas temporadas, atrasadas pela covid, e foi a única vez que Sam Levinson compartilhou um crédito de roteiro na série.

A artista ganhou fama com o ativismo aos 17 anos, quando se tornou a mais jovem autora de uma ação judicial contra uma lei da Carolina do Norte que impedia pessoas trans de usar banheiros públicos diferentes do gênero registrado em sua certidão de nascimento. Reconhecida nessa causa, ela foi incluída na lista de “100 líderes emergentes que estão moldando o futuro” da revista Time.

Neste mês, Schafer apareceu como jurada convidada no RuPaul’s Drag Race, o concurso apresentado pela drag queen mais famosa do mundo. Com a ajuda de sua stylist Dara Allen, a atriz estava deslumbrante para a ocasião, usando um espartilho de alta-costura de Jean-Paul Gaultier.

Ao lado de artistas como Sade, Sam Smith, Julien Baker, Beverly Glenn-Copeland, Clairo, Pharoah Sanders, André 3000 e muitos outros, Hunter Schafer esteve presente no álbum “TRAИƧA”, uma compilação da Red Hot definida pela atriz como uma “carta de amor para pessoas trans”.

“Cuckoo” (2024) foi sua estreia como protagonista nos cinemas e logo de cara garantiu a ela uma indicação a Melhor Performance no Film Independent Spirit Awards 2025. Para o thriller psicológico dirigido por Tilman Singer, Schafer teve de aprender a manusear uma faca borboleta e a tocar baixo, além de aprimorar seus conhecimentos na língua de sinais americana.

Também esteve em outros dois filmes: fez uma ponta em “Kinds of Kindness” (2024), uma trama absurdista de Yorgos Lanthimos, e estrelou “A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” (2023), a prequel de “Jogos Vorazes”, em que vive a prima do tirânico Coriolanus Snow. No Instagram, ela disse que já era fã da saga distópica: “Essa experiência foi muito importante não apenas para mim hoje, mas para a minha versão de 13 anos também”.

Conhecida pelo ativismo, antes de se tornar atriz, Schafer se tornou uma modelo requisitada e já trabalhou com marcas como Miu Miu, Calvin Klein, Rick Owens, Vera Wang, Marc Jacobs. Atualmente, é embaixadora da Prada.

Se você descer um pouco o feed da atriz, vai ver que seu outro grande talento está no desenho. No ensino médio, ela frequentou uma escola voltada para artes visuais e, até hoje, usa o que aprendeu em storyboards de seus personagens, como técnica de atuação, e em outras ocasiões.

Schafer investe também na carreira de diretora. Nas redes, ela compartilha bastidores da primeira experiência nessa área, mostrando esboços e resultados finais do clipe da cantora norueguesa girl in red. Quando questionada sobre o futuro, diz que ainda quer fazer sua própria exposição de arte e criar uma casa de moda, depois de estudar estilismo. “Você realmente pode encontrar alegria em criar coisas. Eu acho que isso é uma razão para viver”, afirma.

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