Esta semana, chegam às telas filmes que foram destaque nos principais festivais do mundo ao longo do ano. "Folhas de Outono", do finlandês Aki Kaurismäki, faturou nada menos que o Prêmio do Júri em Cannes, enquanto o japonês "Monster", de Hirokazu Kore-Eda ("Assunto de Família"), ficou com melhor roteiro. Na prateleira nacional, tem ainda "Pedágio", de Carolina Markowicz ("Carvão"), premiado no Festival do Rio e eleito melhor filme no Festival de Roma. (Leonardo Neiva)
Vencedora do prêmio de melhor atriz em Gramado, Vera Holtz encabeça de forma magistral o elenco deste drama familiar, composto ainda por Arlete Salles, Antonio Pitanga e Louise Cardoso. Centrado na figura de alguém que “ficou para titia”, “Tia Virginia” acompanha um reencontro familiar repleto de tensão e segredos mal resolvidos. Com direção de Fabio Meira (“As Duas Irenes”), o filme acaba de chegar às telas de cinema. (Leonardo Neiva)
O tradicional Festival Varilux, que celebra o cinema francês, vai até 22/11 em mais de 60 cidades ao redor do país. Já o Nicho Novembro, que foca no cinema negro, é realizado até 18/11 no Centro Cultural São Paulo e no Instituto Moreira Salles, em São Paulo. Por fim, o São Paulo Food Film Fest une cinema e gastronomia com mais de 30 filmes temáticos. Até 30/11 com programação online e presencial. (Daniel Vila Nova)
Grande vencedor do Festival de Gramado, com seis prêmios incluindo o de melhor filme e ator para o protagonista Aílton Graça, a cinebiografia de um dos comediantes mais amados do país mexe com o coração de quem era criança nos anos 1980. O longa não se limita à fase de “Os Trapalhões” e vai da infância, passando pela carreira na Aeronáutica (aqui o destaque fica por conta de Yuri Marçal), trocada pela vida de sambista no grupo Originais do Samba. (Dolores Orosco)
Uma dor profunda guia “A Metade de Nós”, filme de Flávio Botelho, em cartaz na 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema. No longa, que terá mais duas sessões no festival, um casal da terceira idade tenta se adaptar à vida depois do suicídio do único filho. Num mundo de medos e melancolia, eles seguem caminhos distintos para aliviar a sensação de culpa e entender as motivações do rapaz e, assim, encontrar novas maneiras de viver com o luto. (Ana Elisa Faria)
Premiado em Cannes, o diretor brasileiro retorna às telas no documentário “Retratos Fantasmas” (2023). Com passagem elogiada pelo festival francês, o longa usa imagens de arquivo e filmagens recentes para reconstituir a rotina de ir ao cinema no centro de Recife, cidade do cineasta, ao longo do século 20. “Um documentário que soa excentricamente pessoal, mas nunca olhando só para o próprio umbigo”, segundo crítica da revista Variety. (Leonardo Neiva)
A partir desta semana, o Instituto Moreira Salles de São Paulo exibe a mostra "Arquivos, Vídeos e Feminismos", com sessões de longas do acervo do Centro Audiovisual Simone de Beauvoir, de Paris. Os filmes, em sua maioria produzidos por coletivos feministas na década de 1970, tratam de temas como violência sexual e aborto, e serão exibidos ao longo do segundo semestre. Os ingressos a R$ 10 podem ser comprados online ou na bilheteria do IMS. (Leonardo Neiva)
Mesclando ficção científica, suspense, terror e comédia numa grande homenagem ao gênero Blaxploitation, o novo filme da Netflix “Clonaram Tyrone!” vem colecionando elogios da crítica. Com um elenco que conta com Jamie Foxx, John Boyega, Teyonah Parris e Kiefer Sutherland, a trama mostra como um trio improvável de heróis acaba desvendando uma enorme conspiração do governo norte-americano. (Leonardo Neiva)
O filme “Medusa Deluxe” traz ao cinema uma narrativa de mistério que se passa em meio aos cortes e penteados espalhafatosos de um concurso de cabeleireiros. A estreia do cineasta britânico Thomas Hardiman, exibida num take contínuo, foi bastante elogiada no Festival de Locarno pela direção inventiva e o excesso de seus visuais. Para quem está disposto a esperar, o longa também desembarca no MUBI dia 4 de agosto. (Leonardo Neiva)
Há 15 anos promovendo o encontro de fãs de música na fila da pipoca, o In-Edit Brasil ganha uma nova edição. Até 25/6, serão exibidos documentários musicais como "Chic Show", sobre bailes paulistanos dos anos 70 e 90; "Terruá Pará", que mostra a diversidade da música amazônica; e "God Said Give 'Em Drum Machines", sobre a história de jovens músicos negros precursores do techno de Detroit nos anos 1980. Entrada gratuita (exceto no CineSesc). (Luara Calvi Anic)
O escritor e ativista americano James Baldwin (1924-1987) revisita locais históricos de norte a sul dos EUA, por onde passou o Movimento dos Direitos Civis no país. Essa andança é mostrada no longa documental "I Heard it through the Grapevine", de Dick Fontaine e Pat Hartley, em cartaz na 12ª Mostra Ecofalante, em São Paulo. Na obra, intimista, o intelectual cruza com amigos, colegas de luta e da literatura, e relembra as frustrações da guerra contra o racismo. O festival é gratuito. (Ana Elisa Faria)
“Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” não estreará, mas explodirá na tela dos cinemas a partir desta quinta (1º). Ou pelo menos é o que diz a crítica nos quatro cantos do planeta, para quem, mais que um filme, é uma obra de arte com imagens incríveis, ideias fascinantes, temas complexos e personagens carismáticos. Sem dar spoilers, a trama envolve uma sociedade secreta de aranhas e um Miles Morales como o homem errado no lugar errado. (Isabelle Moreira Lima)
Em "La Ley del Deseo y Otras Películas" (Corsário Satã, 2023), Fabrício Corsaletti traz um poema para cada filme de Pedro Almodóvar. "Volver", "Carne Trêmula", "Madres Paralelas", estão todos lá. O curioso é que ele não para aí. Lança o livro neste sábado (15), das 15h às 20h, junto a uma exposição de 70 pinturas organizadas em séries que também falam dos filmes do espanhol, dos chamados "Bares Mentais" e das "Quase Casas" no Galpão Cru, em São Paulo. A curadoria é de Diego Matos. (Isabelle Moreira Lima)
Mais um filme do novo queridinho de Hollywood chega às telas brasileiras. O irlandês Paul Mescal, astro do longa indie "Aftersun" e da série "Normal People", está em cartaz com "Criaturas do Senhor", de Anna Rose Holmer e Saela Davis. Na obra, um drama psicológico ambientado numa vila de pescadores irlandesa, ele interpreta Brian, filho de Aileen (Emily Watson), uma mãe que conta uma mentira para proteger a família. A ação testa o senso de Aileen do que é certo e errado e devasta a comunidade onde vivem. (Ana Elisa Faria)
Dois anos após passar no festival francês, com elogios da crítica internacional, o longa “Medusa”, que mescla terror e crítica social, estreia nos cinemas brasileiros. Num cenário futurista, em que uma seita religiosa ultraconservadora dita de forma violenta o cotidiano da população, a cineasta Anita Rocha da Silveira narra a história de uma jovem devota (Mari Oliveira), que lida com seu despertar sexual. O elenco conta ainda com Bruna Linzmeyer e Thiago Fragoso. (Leonardo Neiva)
Da religiosidade ao êxtase que é o Carnaval, o Rio de Janeiro deve grande parte de sua cultura popular à contribuição de pessoas negras. É essa história que conta o documentário “Rio Negro”, de Fernando Sousa, que chega às telas de cinema. Com depoimentos de personalidades como Haroldo Costa, Mãe Meninazinha de Oxum e Luiz Antonio Simas, o filme discute esse impacto na formação da cidade maravilhosa, da monarquia à República. (Leonardo Neiva)
O longa “Close”, que concorre a melhor filme estrangeiro no Oscar, é um dos exemplares mais emocionantes da safra de indicados deste ano. Dirigido por Lukas Dhont (“Girl”), o filme levou o Grand Prix em Cannes e conta a história de dois adolescentes que são o melhor amigo um do outro. Mas essa relação acaba sendo posta à prova pelas pressões sociais da juventude. (Leonardo Neiva)
Com um elenco de atrizes ex-presidiárias, “Mato Seco em Chamas” mescla documentário e ficção no estilo do cineasta Adirley Queirós (“Branco Sai, Preto Fica”). Ao lado da diretora portuguesa Joana Pimenta, ele apresenta a história de uma gangue feminina da Ceilândia. Na fantasia política, as irmãs que comandam uma refinaria clandestina na periferia de Brasília se voltam contra as autoridades num cenário à la “Mad Max”, mas com raízes fincadas na realidade brasileira. (Leonardo Neiva)
Um dos favoritos ao prêmio de melhor ator do Oscar, Brendan Fraser vive o papel de um professor gay e obeso que passa a maior parte de seus dias trancado em casa, e que tenta a todo custo se reconectar com a filha, Ellie (Sadie Sink, de "Stranger Things"). Entre críticas de amor e ódio, o filme tem direção de Darren Aronofsky e é baseado na peça teatral homônima de Samuel D. Hunter. A estreia nos cinemas será nesta quinta-feira, 23. (Manuela Stelzer)
Já nos cinemas, o novo longa do diretor Ti West ( “X — A marca da morte”, 2022) chama a atenção pela atuação de Mia Goth, neta da atriz brasileira Maria Gladys, e pelo enredo pouco convencional: uma mistura de horror e suspense que tem como clímax um monólogo. O enredo, que se passa durante a Primeira Guerra, traz uma protagonista que busca, a todo custo, se tornar dançarina. Segundo O Globo, é uma pérola do cinema. (Manuela Stelzer)
Para marcar o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto (27/1), a Unibes Cultural apresenta o documentário “Shoah” (1985), de Claude Lanzmann, considerada uma das mais importantes obras sobre os horrores do nazismo. Com nove horas e meia de duração de relatos de sobreviventes e de pessoas que eram parte da engrenagem nazista, a exibição será dividida em quatro sessões, entre 30/1 e 2/2, às 19h30. Grátis. (Ana Elisa Faria)
O Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo abriga, de 25/1 a 26/2, uma homenagem ao estrambólico diretor conhecido por filmes como "Alice no País das Maravilhas" (2010) e "Edward Mãos de Tesoura" (1990). Além de curtas e longas do cineasta, a mostra, que reúne 42 títulos, apresenta produções de referência para Burton, a exemplo de "O Corvo" (1963), de Roger Corman. “O Cinema de Tim Burton” também está em cartaz no CCBB do Rio de Janeiro até 6/2. A programação inclui, ainda, palestras e debates sobre a cinematografia do homenageado. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). (Ana Elisa Faria)
Dezesseis filmes sobre o cangaço abrem a programação de 2023 da Cinemateca Brasileira. "Lampeão" (1936) e "Baile Perfumado" (1996) são alguns dos clássicos em exibição gratuita na mostra, que ocorre entre 19 e 28/1. Também se destacam as cores vibrantes de "A Morte Comanda o Cangaço" (1960) e a contemporaneidade de "Bacurau" (2019). Além dos títulos, haverá conversas com diretores como Kleber Mendonça Filho e Paulo Caldas. E tudo acompanhado por um cardápio de comidas típicas nordestinas, disponível no Café da Cinemateca. (Manuela Stelzer)
Só esta semana, três estreias podem levar estatuetas. A mais aguardada é “Os Fabelmans”, uma declaração de amor ao cinema por Spielberg, que acaba de levar o Globo de Ouro de melhor filme drama. Também estreiam o austríaco “Corsage”, aposta para filme estrangeiro, e “I Wanna Dance with Somebody”, biografia de Whitney Houston que pode faturar uma indicação para a atriz Naomi Ackie. (Leonardo Neiva)
Baseado no livro homônimo das jornalistas Jody Kantor e Megan Twohey, “Ela Disse” (2022) conta em 2h09min a apuração e os impactos da série de acusações de estupro e assédio sexual feitas contra Harvey Wenstein – tudo isso sem mostrar o rosto dele. O filme foi dirigido pela alemã Maria Schrader e se passa antes da explosão do movimento #MeToo, que encorajou vítimas de abuso a contarem suas histórias. A produção tem previsão de lançamento no Brasil no dia 8/12. (Andressa Algave)
Um cineasta de sucesso retorna ao seu México natal em meio a uma crise existencial. Não é à toa que “Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades” (2022) tenha sido visto desde o início como o filme mais autobiográfico do diretor e roteirista mexicano Alejandro González Iñarritú. Finalmente chegando às telas de cinema brasileiras, o longa conta com os atores Daniel Giménez Cacho (“Zama”) e Ximena Lamadrid (“Quem Matou Sara?”) no elenco, numa dramédia tão nostálgica quanto profundamente sarcástica. (Leonardo Neiva)
São 223 títulos, sendo 13 indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e 61 produções brasileiras que se destacaram nos principais festivais, como Veneza, Berlim e Cannes. Os destaques vão para "Triângulo da Tristeza" (2022), de Ruben Östlund; "Alcarrás" (2022), de Carla Simón; e “Os Anos Super 8” (2022), de David Ernaux-Briot e Annie Ernaux. Os ingressos e a programação, que começa nesta quinta (20) e vai até dia 2/11, estão aqui. (Manuela Stelzer)
Interessado em ampliar seus horizontes cinematográficos? Até 5/10, o Consulado da Alemanha em São Paulo, em parceria com o Sesc, realiza a terceira edição da “Mostra Alemã de Cinema: Elas Dirigem!”. São filmes de cineastas mulheres, a maioria inédita por aqui, com exibição no CineSesc São Paulo e na plataforma Sesc Digital. “Preciosa Ivie”, o longa de abertura, conta a saga familiar de uma mulher afro-alemã e será um dos títulos exibidos online para todo o Brasil. (Leonardo Neiva)
Viola Davis esteve no país para lançar "A Mulher Rei", filme ambientado em 1823 sobre um exército da África Ocidental formado apenas por mulheres. Além da estreia, que acontece nesta quinta (22), a protagonista de "A Voz Suprema do Blues" (2020) continua por aqui em outros conteúdos imperdíveis: na capa deste mês da Elle Brasil, em um ensaio que aconteceu em Los Angeles com uma equipe brasileira; e no Conversa com Bial, na TV Globo, na sexta (23). (Luara Calvi Anic)
Se você já conhece (e pira) no Billy Wilder diretor de clássicos como "Quanto mais quente melhor" (1959) e o magnífico "Crepúsculo dos Deuses" (1950), não perde por esperar ao conhecer a versão repórter deste gênio do século 20. Em "Billy Wilder: Um repórter em tempos loucos" (DBA, 2022) estão textos que falam sobre a busca de um otimista perfeito, trazem críticas à obras culturais da época e perfis de gente ordinária e extraordinária. (Isabelle Moreira Lima)
Com uma programação online e presencial e o apoio da TV Aljazeera e do streaming Mubi, a 2ª Semana de Cinema Negro é realizada na capital mineira até 15/9. Na programação, longas do horror ao infantil nacionais e internacionais como “Africa, The Jungle, Drums and Revolution” (1979) do Sudão; “Jagdpartie”, (1964) da Alemanha Oriental; e “Marte Um” (2022), que representará o Brasil nos Oscars de 2023. Os ingressos poderão ser retirados 1h antes no Cine Humberto Mauro. (Andressa Algave)
O filme de Laís Bodanzky se passa em 1831 e mostra a jornada de Pedro I a Portugal, quando abdica do trono no Brasil para recuperar o reino português, então ocupado pelo irmão. O filme mostra um mergulho do imperador em si, ao refletir sobre suas relações afetivas e a condição de saúde, além de mostrar a história de inivisibilizados. Pré-candidato ao Oscar de melhor filme internacional, é protagonizado e produzido por Cauã Reymond. (Ana Mosquera)
A política está em alta no cinema brasileiro esta semana. Num momento de debates eleitorais fora das telas, "O Debate", com Débora Bloch e Paulo Betti no elenco e direção de Caio Blat, acompanha o dilema de um ex-casal de jornalistas sobre como editar um debate presidencial. Já em "Marte Um", premiado em Gramado, uma família negra lida com a eleição de um presidente de extrema-direita. (Leonardo Neiva)
Elaborado pelo professor da USP e crítico de cinema Ismael Xavier, o curso do Sesc Digital investiga a transição entre os estilos clássico e moderno no cinema brasileiro. Para isso, analisa três títulos: "O Cangaceiro" (1953), de Lima Barreto; "Vidas Secas" (1963), de Nelson Pereira dos Santos; e "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964), de Glauber Rocha. Pensado para cinéfilos, curiosos, estudantes ou educadores da sétima arte, as videoaulas e materiais de apoio já estão disponíveis na plataforma. (Manuela Stelzer)
"Ela e Eu" chega às telas com Andrea Beltrão como protagonista e roteirista ao lado de Leonardo Levis. Com direção de Gustavo Rosa de Moura, o filme conta a história de Bia, em coma há 20 anos, desde que a filha nasceu. Embalado pela música de mesmo nome, de Caetano Veloso, e pelas paisagens cariocas, o longa mostra essa mulher que recobra a consciência e tem de reaprende a viver, e todos ao seu redor a conviver com sua presença. "Ela e Eu" está disponível nos principais cinemas brasileiros. (Ana Mosquera)
Um estacionamento logo abaixo do Edifício Eiffel, construção de Oscar Niemeyer, deu lugar a um espaço multicultural. O Cineclube Cortina tem nome de cinema mas é mais do que isso: em seus dois andares há espaço para a exibição de filmes que fogem do circuito tradicional, shows, drinks e comidinhas. A abertura, no dia 28 de julho, traz Arnaldo Antunes. Em agosto, tem a festa Gop Tun e shows da banda Teto Preto (12/8), das rappers Tasha&Tracie (18/8) e mais. (Luara Calvi Anic)
Acaba de chegar aos cinemas o novo longa do cineasta canadense, “Crimes of The Future”. O filme é feito a partir de um roteiro escrito há 20 anos e segue a linha visceral do diretor – a trama se passa em um futuro em que humanos podem digerir plástico e mutilações corporais são feitas como performance artística. O elenco reúne Léa Seydoux, Viggo Mortensen e Kristen Stewart, e estará disponível no streaming Mubi em 29/7. (Andressa Algave)
Oui, o Festival Varilux de Cinema Francês está de volta, após duas edições on-line, em 50 cidades com 17 filmes inéditos e uma novidade: a exibição de séries, como “Cheyenne e Lola”. Um dos destaques da programação é “O Acontecimento”, de Audrey Diwan, que mostra uma jovem que, nos anos 1960, decide fazer um aborto. Em 2021, o longa adaptado do romance da escritora Annie Ernaux ganhou o Leão de Ouro em Veneza. Até 6/7. (Ana Elisa Faria)
Reaberta ao público em maio após quase dois anos, a Cinemateca Brasileira abriga até o próximo domingo (12) a mostra “100 Anos de Alain Resnais”, em homenagem ao celebrado cineasta francês, expoente da Nouvelle Vague. Filmes como “Noite e Neblina” (1956), “Hiroshima, Meu Amor” (1959, foto) e “Muriel” (1963) integram a programação. Os ingressos, gratuitos, começam a ser distribuídos uma hora antes das sessões. (Ana Elisa Faria)
Em 2021, o filme “Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental”, uma crítica com humor ácido ao machismo, estreou arrebatando o Urso de Ouro. Agora, o longa está sendo lançado em circuito comercial no Brasil. Embora trate da realidade da Romênia, país do cineasta Radu Jude, este conto sobre o preconceito sofrido por uma professora que teve sua sex tape vazada encontra ressonância no mundo todo. (Leonardo Neiva)
"A Viagem de Pedro" (2019), "Marighella" (2019), e o stop motion "Bob Cuspe - Não Gostamos de Gente" (2021), que homenageia o ilustrador Angeli, são algumas das obras que estão em cartaz até o dia 15 de junho na mostra de cinema da USP, no Cinusp. Serão exibidos filmes cujas estreias foram prejudicadas pelo período de quarentena, e serão realizados ainda debates, além de uma homenagem ao cineasta Geraldo Sarno (1938-2022). (Andressa Algave)
“Eu imediatamente tenho crise de ansiedade”, “Isso só pode ser dívida de jogo – só alguém ameaçando quebrar as suas pernas é que você topa um trabalho desses” e outras frases icônicas que viraram meme no Tiktok e no Twitter. A jornalista que escreve sobre cinema e streaming há 22 anos na Veja, onde também é colunista, posta suas críticas ácidas e virais no canal pessoal do Youtube, que acumula 13 milhões de visualizações. (Andressa Algave)
Com filmes raros em 16 e 35mm, a mostra “Ecos de 1922 - Modernismo no Cinema Brasileiro” relembra o legado da Semana de 22 de forma crítica, evocando o trabalho de intelectuais paulistas como Oswald de Andrade e Mário de Andrade, e artistas indígenas contemporâneos, como Jaider Esbell e Denilson Baniwa. No domingo (8) às 19h, será exibido “Limite”, de Mario Peixoto, e "Ladrões de Cinema", de Fernando Coni Campos, ambos em 35mm. (Manuela Stelzer)
Baseado em uma história real, "Flee" acompanha a vida de um acadêmico afegão de sucesso na Dinamarca que se vê assombrado pelos traumas do passado. Pela primeira vez, decide contar sua história a um amigo, o diretor Jonas Poher Rasmussen, para quem revela ter sido um refugiado na infância. O filme, que fez história por disputar nas categorias animação, documentário e filme internacional no Oscar, chega aos cinemas brasileiros. (Manuela Stelzer)
Quem planeja assistir a todos os indicados do Oscar este ano já pode ir se preparando para comprar os ingressos. O drama japonês “Drive My Car”, que entrou em melhor filme, direção e roteiro, acaba de chegar às telas de cinema brasileiras. Com quase três horas de duração, o primeiro longa japonês indicado à maior categoria da cerimônia se baseia num conto do escritor Haruki Murakami e também já foi premiado em Cannes. (Leonardo Neiva)
Depois de se consagrar com "Retrato de uma Jovem em Chamas" (2019), a cineasta francesa retorna às telas nesta quinta (3), com um longa sobre luto – mas sob a ótica de uma criança. Ao lado dos pais, Nelly vai à casa onde sua mãe cresceu. Lá, conhece Marion, uma garota da sua idade estranhamente parecida consigo e que compartilha o nome da mãe. Passado e presente se misturam, e o título entrega a reflexão sobre empatia e família. (Manuela Stelzer)
O novo longa do cineasta Paul Thomas Anderson é uma carta de amor à Los Angeles dos anos 1970, onde o cineasta cresceu, composta ao redor das idas e vindas de uma aspiração de romance entre os carismáticos Gary, de 15 anos, e sua vizinha Alana, de 25. A narrativa leve, colorida, nostálgica e cheia de detalhes biográficos é possivelmente o trabalho mais acessível do diretor de "Magnólia" (1999) e "Boogie Nights" (1997). (Betina Neves)
Meio marcha, meio balada, com canto em harmonia e uma bateria pesada marcando o tempo, a canção "Be Alive" emociona e leva Beyoncé, sua coautora e intérprete, ao Oscar, na primeira indicação da estrela campeã de Grammys. A música é parte da trilha de "Kind Richard", biopic sobre o pai das tenistas Venus e Serena Williams. A letra fala de luta, perseverança, espírito de equipe e repete "como é bom estar vivo". Difícil é manter o rosto seco. (Isabelle Moreira Lima)
O longa do diretor espanhol chega aos cinemas elogiadíssimo pela crítica. Com suas costumeiras marcas autorais – as cores, o universo feminino, o melodrama – “Mães Paralelas” parte do encontro entre Janis (Penelope Cruz) e Ana (Milena Smit) no hospital, no qual as duas dão à luz no mesmo dia. Suas relações e histórias familiares levam a reflexões sobre maternidade, hereditariedade e política. Também na Netflix a partir de 18/2. (Betina Neves)
Se o documentário “The Beatles: Get Back” reacendeu o beatlemaníaco que mora em você, o cinema deve ser sua próxima parada. O último show dos Fab Four, documentado na série da Disney +, foi adaptado e remasterizado para as telonas e será exibido em sessões IMAX entre os dias 10 e 13 deste mês. Para aqueles que desejam ver a icônica apresentação no terraço da Apple Corps, os ingressos são vendidos neste link. (Daniel Vila Nova)
Uma amizade improvável entre uma mulher coreana, de passagem por Fortaleza para cuidar da cremação do marido morto, e a camareira do hotel em que está hospedada, vivida pela atriz Clébia Sousa (“Bacurau”). Eis a sinopse do novo longa do cearense Armando Praça que, em sua estreia como diretor com o ótimo “Greta” (2019), colocou Marco Nanini na pele de um enfermeiro que se apaixona por um jovem detento sob seus cuidados. Um cinema ao mesmo tempo vigoroso e delicado, em cartaz. (Amauri Arrais)
Dos mais importantes festivais de cinema do país, o evento mineiro acontecerá este ano de forma online, repetindo o que aconteceu em 2021. Entre 21 e 29 de janeiro, a programação, totalmente gratuita, trará filmes, debates e oficinas com foco em obras de diretores e diretoras no início de suas trajetórias. É oportunidade de ter um panorama amplo do cinema independente brasileiro: são 166 longas e curtas de 21 estados. (Betina Neves)
Leonardo DiCaprio dormiu em uma carcaça de animal para seu papel em “O Regresso”. Seguidor do Método, prática que busca maior identificação entre ator e personagem, ele recebeu um Oscar pelo filme. Então por que Jeremy Strong, o Kendall de “Succession”, está sendo ridicularizado pela mesma prática? Será que deixamos de gostar de atores do Método? É o que aborda a reportagem do The Guardian, que analisa o status de atores que vão até as últimas consequências por seus personagens. (Leonardo Neiva)
Até domingo (19), a mostra internacional de cinema traz centenas de títulos de mais de 60 países – alguns inéditos, como “Belfast”, de Kenneth Branagh, e “O Beco do Pesadelo”, de Guillermo del Toro. Também o vencedor da Palma de Ouro, de Cannes, “Titane”, de Julia Ducournau (foto). Do Festival de Berlim, vem “Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental”, de Radu Jude, representante da Romênia no Oscar. E uma boa presença do cinema brasileiros, com 71 títulos, entre longas e curtas. Dividido em seis mostras, o festival acontece de forma presencial, e oferece algumas sessões gratuitas. (Manuela Stelzer)
Ser uma celebridade nem sempre é fácil. Além do assédio da imprensa e de fãs, um astro do cinema deve construir e cuidar da sua imagem pública de forma meticulosa. Ao longo de três décadas, foi isso que Will Smith fez. Mas, nos últimos anos, o ator se cansou e decidiu revelar verdades inconvenientes sobre si mesmo — detalhes do seu casamento e sua postura nem sempre positiva com coadjuvantes de projetos em que trabalhou são só alguns dos exemplos citados no perfil feito pela GQ. Aos 50 anos, Smith conta como decidiu destruir a imagem que criou de mocinho de Hollywood. (Daniel Vila Nova)
Da crítica social de “America” aos versos poeticamente melosos de “Tonight” e “Somewhere”, o musical está de volta às telas de cinema 60 anos depois do estrondoso sucesso da versão original. Um Romeu e Julieta envolvendo gangues locais e de imigrantes nos EUA, o longa venceu 10 Oscars em 1962. A nova adaptação do musical de Stephen Sondheim, morto em novembro, tem direção de Spielberg e vem recebendo elogios da crítica. (Leonardo Neiva)
O diretor italiano, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com “A Grande Beleza”, conta nesse drama com fortes traços autobiográficos a passagem da adolescência para a vida adulta de Fabietto Schisa, vivido por Filippo Scotti, na Nápoles dos anos 1980. A perda da virgindade, o desejo de ser cineasta, a família hilária e a paixão pelo ídolo Maradona são narrados com humor, poesia e tragédia. Vencedor do prêmio do júri em Veneza, o filme está em cartaz em poucas sessões nos cinemas, mas deve chegar à Netflix no próximo dia 15. (Amauri Arrais)
Depois do sucesso de “Round 6”, os fãs da cultura coreana têm um novo evento para chamar de seu. Até 12 de dezembro, o Petra Belas Artes exibe 13 filmes na 10ª edição da mostra. Entre os títulos é possível ver “Honest Candidate”, a curiosa adaptação da comédia "O Candidato Honesto" (2014), com uma personagem feminina no papel de Leandro Hassum. Também estão na lista “Kim Ji-young: Born 1982”, longa que explora a visão feminista no país e a animação “Os Sete Anões e os Sapatos Mágicos”. As sessões são diárias e acontecem às 16h, 18h15 e 20h30, com entrada gratuita. (Manuela Stelzer)
Vencedor do Leão de Prata, entregue para a diretora Jane Campion no último Festival de Veneza, o longa, uma das apostas para a próxima cerimônia do Oscar, já está disponível na Netflix. O faroeste aclamado pela crítica retrata uma tensa briga familiar e conta com um elenco de peso, encabeçado por nomes como Benedict Cumberbatch, Kirsten Dunst, Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee. (Leonardo Neiva)
A nova produção da Netflix estreou esta semana. A história acompanha o bandido Nat Love (Jonathan Majors) que reúne um bando de criminosos para caçar o seu antigo rival, Rufus Buck (Idris Elba). Com direção de Jeymes Samuel e produção de Jay Z, o longa reimagina o papel de importantes figuras históricas negras do mundo dos cowboys e fora-da-lei. Regina King, LaKeith Stanfield e Zazie Beetz também acompanham Majors e Elba em um western que conta com um elenco principal formado somente por atores e atrizes negros. (Daniel Vila Nova)
Elogiado pela crítica nos EUA, o filme mergulha na grandiosidade criativa da banda, que se tornou uma referência atemporal para gerações de músicos. Do diretor Todd Haynes, já conhecido por retratar ícones da música, reconstrói o contexto de Nova York de meados dos anos 1960 para entender o surgimento da formação original, com entrevistas, performances inéditas e um grande acervo de gravações, tendo como clímax no lançamento do álbum “The Velvet Underground & Nico”, em 1967. (Betina Neves)
Baseada no filme homônimo de Taika Waititi e Jemaine Clement, a série acompanha o dia a dia (ou melhor, o noite a noite) de quatro vampiros que dividem o mesmo teto há alguns séculos. Misturando terror com comédia, a série aposta no estilo mockumentary -- que faz paródia sobre o estilo documental, popularizado por “The Office” -- e entrega versões cruas, honestas e atrapalhadas das criaturas da noite. A terceira temporada acaba de ser exibida na TV e já está disponível no Star+. (Daniel Vila Nova)
Eis a chance de assistir em primeira mão a “Deserto Particular”, do diretor Aly Muritiba, premido no Festival de Veneza e candidato a representante brasileiro no Oscar de 2022. O longa narra a história de um ex-policial de Curitiba que parte até o sertão baiano à procura de uma mulher com quem trocava mensagens em um aplicativo de encontros. Esse e outros 263 filmes desta edição da mostra serão exibidos em cinemas e espaços abertos como o vão do Masp e o Vale do Anhangabaú até 3 de novembro. Parte deles também está disponível no streaming Mostra Play. (Betina Neves)
Inspirado por um livro dos Panteras Negras, o longa, destaque na Mostra de Cinema de Tiradentes, estreia nos cinemas brasileiros nesta semana. Dirigido pelo cearense Déo Cardoso, aborda o preconceito e o descaso com a educação na figura do protagonista adolescente Saulo, que é expulso da escola depois de reagir a um insulto racista. Quando mesmo assim se recusa a ir embora, ele acaba servindo como estopim para um levante estudantil. (Leonardo Neiva)
Até 14 de outubro, a mostra exibe sua programação de mais de 70 filmes, entre longas e curtas, todos online. A curadoria destaca as novas formas de linguagem cinematográfica, com obras abertas ao experimentalismo. São filmes como “Carro Rei”, com Matheus Nachtergaele, que levou o prêmio de ??Melhor Longa Brasileiro em Gramado. Além de produções de Rússia, Alemanha, Canadá, Colômbia, Venezuela, Argentina e Romênia. Todos ficam disponíveis por 24h no site oficial, com ingressos a R$ 5. (Amauri Arrais)
Após ter conquistado o prêmio do público no Festival de Berlim, o longa chega aos cinemas num momento oportuno, em que os indígenas se mobilizam novamente por suas terras. Dirigido por Luiz Bolognesi, com roteiro escrito em parceria com Davi Kopenawa, mescla imagens documentais e encenação para mostrar a luta, a vida cotidiana e a cosmovisão dos yanomami. A história é inspirada no livro “A Queda do Céu”, em que Kopenawa, xamã e liderança, narra a relação do povo com a terra e sua religiosidade. (Amauri Arrais)
De “The Wire” à “Boardwalk Empire”, Michael K. Williams roubava a cena em qualquer lugar em que estivesse. O ator, encontrado morto em sua casa na última segunda (8), tinha 54 anos e foi indicado ao Emmy de melhor ator coadjuvante por sua performance na série “Lovecraft Country”. Relembrado como um homem carinhoso por amigos, Williams era conhecido pela entrega completa a cada papel, não importa o tamanho, como afirma o obituário na The Atlantic. Parte do seu legado pode ser conferido em “The Wire”, como o icônico traficante Omar Little, e em “Lovecraft Country”, como Montrose Freeman. Ambas na HBO Max. (Daniel Vila Nova)
A descoberta da própria identidade, a homofobia e a transfobia e o amor entre idosos são alguns dos temas dos 20 filmes de 16 países que compõem a programação do festival, com exibição online e gratuita na plataforma do Sesc Digital até 8 de setembro. Há longas como o suíço “Beyto” (foto), sobre a paixão de um filho de imigrantes turcos pelo seu treinador, e curtas como o brasileiro “Marie”, história de uma mulher trans que volta à cidade natal após 15 anos para enterrar o pai. Veja a programação completa. (Amauri Arrais)
Baseado na trajetória do jurista e militante abolicionista Luiz Gonzaga Pinto da Gama, que utilizou as leis e os tribunais para libertar mais de 500 escravos, o filme “Doutor Gama” já está disponível no Globoplay. Com direção de Jeferson De, Gama é interpretado em diferentes idades por César Mello, Angelo Fernandes e Pedro Guilherme, narrando a história do baiano desde sua infância, quando foi vendido, até se tornar um dos advogados mais respeitados do país de sua época. (Andressa Algave)
Um dos homens mais populares da França e astro da série “Lupin” (2021), Omar Sy é um fenômeno em ascensão. Após o sucesso de “Intocáveis” (2011), filme francês que lhe rendeu um César, Sy partiu para Hollywood e vem conquistando cada vez mais espaço no cinema americano. No perfil escrito pela jornalista Lauren Collins, a vida, o charme, a insegurança e a carreira do ator são relatadas de maneira íntima e detalhada. Prepare-se para se apaixonar pelo ator. (Daniel Vila Nova)
Unindo a paixão por cinema e música, fica no ar até 27 de junho o 13º In-Edit, Festival Internacional do Documentário Musical. Com 50 filmes na programação, o evento acontece online e começa com uma homenagem a D.A. Pennebaker (1925-2019), diretor do clássico sobre Bob Dylan “Don’t Look Back”. Há longas para todos os gostos, do hip hop ao heavy metal, além dos focados em figuras como Jair Rodrigues e Luiz Melodia. Os nacionais podem ser acessados grátis, e os internacionais saem por R$ 3. (Leonardo Neiva)
Uma hora e meia de filme, desconforto e risadas nervosas. “Shiva Baby”, da diretora Emma Seligman, acontece durante um shivá, cerimônia de luto no judaísmo. Nele, a jovem Danielle (Rachel Sennott) tem de lidar com a ex-namorada, o sugar daddy (acompanhado de esposa e filho) e uma família afetiva demais, intrometida demais. Tudo isso em volta de uma mesa deliciosamente recheada de quitutes judaicos. No Mubi. (Luara Calvi Anic)
Acabou deixando de lado as principais estreias do cinema em meio ao caos que foi 2020? Pois o Festival Sesc Melhores Filmes pode te ajudar a recuperar o tempo perdido. Em sua 47ª edição, o evento, que vai até 5 de maio, traz em sua programação longas como “Retrato de uma Jovem em Chamas”, “Honeyland” e o nacional “Três Verões”, com Regina Casé. Todos podem ser acessados online e de graça na plataforma Sesc Digital. (Leonardo Neiva)
Na filmografia de Woody Allen, Manhattan (1979) ocupava uma posição de destaque graças ao equilíbrio entre a comédia neurótica e o drama existencial cosmopolita. Na esteira do documentário Allen v. Farrow e dos escândalos que têm marcado a vida do cineasta, a jornalista Ginia Bellafante reavalia o valor do longa-metragem e analisa como a história de amor entre o adulto de 42 anos e a adolescente de 17 pôde algum dia ser normalizada. (Guilherme Falcão)
Quer aprender mais sobre a história da arte ou o cinema africano? Esses e outros temas integram cursos online oferecidos por algumas das principais instituições artísticas do Brasil. No MIS, as inscrições estão abertas para cursos de audiovisual e fotografia, enquanto no Masp as principais opções são semestrais e focadas nas artes plásticas. A B_arco também oferece aulas sobre artes, audiovisual e escrita, para quem já atua ou quer atuar nessas áreas. (Leonardo Neiva)
Ao longo da carreira do duo francês, a imagem teve tanto peso quanto o som, basta assistir com atenção seus videoclipes. Colaboraram com diretores de cinema tão experimentais quanto pop como Michel Gondry (“Around the World”) e Spike Jonze (“Da Funk”); e desenvolveram um anime com a lenda Kazuhisa Takenouchi (“Interstella 5555”) cuja trilha está em “Discovery”. E, na era “Human After All”, celebraram a cafonice oitentista do VHS. (Guilherme Falcão)
De Drew Barrymore a Britney Spears, passando por Mara Wilson, de “Matilda”, muitas foram vítimas. Em texto ao New York Times, Wilson desabafou sobre os perigos de ser famosa ainda na infância, e como a indústria audiovisual cria meninas para destruí-las depois. A atriz se compara a Spears -- ambas foram sexualizadas pela mídia e tiveram namorados interesseiros. A diferença é que Wilson teve apoio familiar. (Manuela Stelzer)
Até 15/2, o My French Film Festival exibe online 33 produções de uma das principais indústrias cinematográficas do mundo. Entre os destaques, estão a animação “Josep” (2020), que fez sucesso na Mostra de São Paulo, a comédia “Enorme” (2020), incluída no top 10 da revista Cahiers du Cinéma, e o clássico “Orfeu” (1950), de Jean Cocteau. Os longas estão disponíveis gratuitamente no Spcine Play, no Belas Artes à La Carte e no site do festival. (Leonardo Neiva)
Além de estrela da série documental “Faz de Conta que NY É uma Cidade”, de Martin Scorsese, a humorista Fran Lebowitz é também grande amiga do cineasta. Agora, numa imperdível entrevista para o Times, traduzida pela Folha, os dois falam sobre a série, a cidade e a pandemia — que os impediu até de passar a última véspera de Ano Novo juntos —, desfilando uma química que só dois amigos de longa data conseguem compartilhar. (Leonardo Neiva)
Quando foi a última vez que você assistiu a um filme russo? Se a resposta for “um bocado de tempo”, há uma chance de tirar o atraso. No 1º Festival de Cinema Russo, o Spcine Play exibe gratuitamente filmes como “O Homem que Surpreendeu a Todos”, premiado no Festival de Veneza 2018. São oito produções do país em cartaz até dia 30, numa oportunidade única de desbravar esse cinema pouco explorado no Brasil. (Leonardo Neiva)
Uma adolescente trans e youtuber que precisa se adaptar à realidade e aos preconceitos de uma nova escola e o assassinato da vereadora Marielle Franco como inspiração de campanhas políticas de várias mulheres pretas pelo Brasil estão entre os destaques da tradicional Retrospectiva do Cinema Brasileiro do CineSesc, que chega à sua 21ª edição neste ano online e gratuita. “Alice Júnior” e “Sementes: Mulheres Pretas no Poder” estão entre os dez filmes da retrospectiva que ficarão em cartaz entre os dias 10 e 16 de dezembro e podem ser acessados no site da plataforma. Além disso, também haverá uma programação especial dedicada a curtas-metragens contemporâneos, exibidos ao longo de duas semanas, e uma retrospectiva da obra do grande cineasta Leon Hirszman, que permitirá rever alguns clássicos do nosso cinema como “Eles Não Usam Black-Tie” (1981) e “São Bernardo” (1972). (Leonardo Neiva)
Para quem gosta de cinema, não é nenhuma novidade exaltar o diretor prodígio Orson Welles ou sua obra-prima “Cidadão Kane”, considerada por muitos um dos maiores filmes de todos os tempos. Embora trate da conturbada produção de “Kane”, “Mank”, novo longa de David Fincher, no entanto, prefere não enfocar a trajetória do cineasta, e sim a de seu roteirista James L. Mankiewicz. Baseado num roteiro antigo, escrito pelo pai de Fincher, o projeto praticamente já nasceu como postulante ao Oscar, tanto por seu tema centrado nas glórias e mazelas de Hollywood quanto pelo talento por trás e em frente às câmeras. E as reações iniciais positivas parecem ter vindo só para confirmar essa aposta. Capitaneado por Gary Oldman no papel-título, o elenco é um dos quesitos mais celebrados e conta com Tom Burke na pele de Welles, Charles Dance como o magnata da imprensa William Hearst — em quem Kane foi inspirado — e uma elogiadíssima Amanda Seyfried vivendo a atriz Marion Davies. Já em cartaz nos cinemas brasileiros, a produção da Netflix chega às telas do streaming no dia 4 de dezembro. (Leonardo Neiva)
A lista compilada por Manohla Dargis e A.O. Scott, principais críticos de cinema do New York Times, já começa anunciando que "estamos numa era de ouro para a atuação". Num esforço louvável de inclusão e diversidade, os nomes variam entre os previsíveis como Nicole Kidman e Willem Dafoe; os inusitados como Melissa McCarthy e Oscar Isaac; e surpresas como o mexicano Gael Garcia Bernal, Mahershala Ali e a atriz chinesa Zhao Tao. Do Brasil, Sônia Braga entra na lista na esteira de suas colaborações com Kleber Mendonça em Aquarius e Bacurau. (Guilherme Falcão)
Dirigido por Éthel Oliveira e Júlia Mariano, o documentário "Sementes: Mulheres Pretas no Poder" acompanha a trajetória de seis candidatas negras aos cargos de deputada federal e estadual nas eleições de 2018. São mulheres que decidiram responder politicamente ao assassinato da vereadora Marielle Franco, que ocorreu no início do mesmo ano, disputando espaço no Congresso e na Assembleia Legislativa. O documentário está disponível no canal do Youtube da distribuidora Embaúba Filmes, e revela percursos e desafios das campanhas de Mônica Francisco, Rose Cipriano, Renata Souza, Jaqueline de Jesus, Tainá de Paula e Talíria Petrone, todas no Rio de Janeiro, estado que teve maior número de candidatas autodeclaradas pretas concorrendo em 2018.
“Black is King” chegou à plataforma de streaming Disney+ na sexta 31 como um meteoro, dando muito o que falar -- até no Brasil, onde não está (oficialmente) disponível e nem tem previsão de chegar. O “álbum visual” de Beyoncé retoma “The Lion King: The Gift”, álbum musical lançado em 2019 com o filme da Disney “O Rei Leão”. Do que se trata? Como mostra este Expresso do Nexo, a partir da fábula da Disney, Beyoncé cria sua própria narrativa visual sobre a ancestralidade negra, as tradições e riquezas da África -- de onde surgiram as principais críticas. Artistas e pensadores africanos a acusaram de romantizar a África pré-colonial com representações das monarquias africanas e de “estereotipar” a cultura do continente. Debates sobre lugar de fala se seguiram, na esteira de críticas de pessoas não-negras à produção. Tão delicada é a tarefa de analisar tamanha empreitada de uma das maiores artistas dessa geração que o New York Times chamou seis críticos para analisar todos os aspectos da obra -- da moda à música, da dança às questões raciais e representações (e apropriações) da cultura africana.
Um olhar mais diverso e descolonizado sobre o cinema brasileiro autoral é o que promete o novo eixo da série Cinema #EmCasaComSesc. A partir da primeira semana de agosto, uma seleção de filmes realizados por diretores ou coletivos indígenas entrará mensalmente no catálogo (gratuito!) da plataforma de streaming do Sesc Digital. Dois documentários do cineasta guarani Alberto Alvares inauguram a nova iniciativa: "A Origem da Alma - Tekowe Nhepyrun" (2015), com depoimentos dos anciões da aldeia Yhowy, no Paraná; e "O Último Sonho" (2019), uma homenagem ao líder espiritual guarani Wera Mirim - João da Silva, da aldeia Sapukai, no Rio de Janeiro. A documentarista e antropóloga Júnia Torres, organizadora do Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte, foi a curadora convidada pelo Sesc São Paulo e pelo CineSesc para selecionar os títulos dessa pequena mostra mensal.
Com a pandemia ressuscitando os clássicos cinemas drive-in, as produções brasileiras também revivem. Essa é a promessa do Drive-in Paradiso, que leva grandes filmes brasileiros gratuitamente ao estacionamento da Assembleia Legislativa no Ibirapuera, em São Paulo. A escolha da programação, que passa por títulos como "Bacurau" (2019), "Central do Brasil" (1998) e "De Pernas pro Ar 3" (2019), é da atriz e cineasta Marina Person, com cocuradoria de Rayanne Layssa para a faixa #vidasnegrasimportam — dedicada a filmes de diretores negros, como o premiado "Café com Canela" (2017), de Glenda Nicácio e Ary Rosa.
Um pouquinho dele vem de graça até você. Na plataforma #EmCasaComSesc há uma série de filmes em exibição para assistir em streaming, sob curadoria do CineSesc. Toda semana são disponibilizados quatro novos títulos, longas e documentários, para diferentes tipos de público. Entre os destaques, "Eu Sou Ingrid Bergman" (2015), que remonta a trajetória de uma das mais premiadas atrizes da história do cinema, e um clássico dos anos 1950, "A Carruagem de Ouro" (1952), que marca a volta do francês Jean Renoir à Europa depois de anos morando nos Estados Unidos. Só vale ter atenção às datas: os filmes têm permanência temporária.
Aos poucos ir ao cinema deve deixar de ser uma realidade distante. O Memorial da América Latina, em parceria com o Cine Petra Belas Artes, abre nesta semana como drive-in, com uma programação que inclui 27 títulos transmitidos em 43 sessões de terça a domingo. Entre eles estão os inéditos “Os Melhores Anos de uma Vida”, de Claude Lelouch; a nova versão do clássico de Francis Ford Coppola, “Apocalipse Now – Final Cut”; e o brasileiro “Partida”, dirigido por Caco Ciocler. Os ingressos podem ser comprados no site do Cine Petra Belas Artes, com número limitado de carros.
Nem mesmo o isolamento social foi capaz de conter manifestações do movimento negro que varreram as cidades norte-americanas nos últimos dias. "Vidas negras importam" é também a mensagem transmitida pelo cineasta americano Spike Lee em seu novo filme “Destacamento Blood”. Selecionado para estrear no Festival de Cannes, que foi cancelado pela pandemia, o longa chega às telas de casa pela Netflix nesta sexta-feira (12). A história, de quatro veteranos de guerra que retornam ao Vietnã em busca de uma riqueza escondida, vai além da caça ao tesouro. Exibe também a visão de Lee sobre como a guerra afetou a vida dos homens negros, obrigados a lutar por uma causa que não era a sua. O recorte da década de 1970 faz repensar sobre o que se vive hoje, uma especialidade do cineasta.
Crônicas de Ana Paula Maia, Cidinha da Silva, Geovani Martins e Itamar Vieira Junior; filmes da atriz e diretora Helena Ignez e do cineasta Takumã Kuikuro; vídeos dos artistas Edgar e Leona Vingativa e do fotógrafo Marcelo Rocha; e uma apresentação musical da Família Ernest Dias estão entre os primeiro trabalhos do programa IMS Convida. O Instituto Moreira Salles concebeu o programa como uma forma de dar apoio à prática artística durante a quarentena. Cerca de 60 artistas e coletivos produziram obras inéditas que levaram em conta a pluralidade e a diversidade do Brasil, que serão publicadas diariamente na plataforma. Na lista estão ainda nomes como os rappers Brô MCs, o cartunista Angeli, o cineasta Karim Aïnouz, o fotógrafo Roger Cipó e o coletivo Slam das Minas.
David Lynch se tornou um YouTuber. Em seu canal, onde posta previsões do tempo diárias, lançou o curta de animação “Fire(Pozar)”, escrito, desenhado e dirigido por Lynch em 2015. O filme de dez minutos de duração é fruto da parceria do diretor com o músico polonês Marek Zebrowski e o animador japonês Noriko Miyakawa. Ainda que tentar explicar uma obra de Lynch em algumas linhas seja perda de tempo, aqui vai: árvores, tempestades e criaturas inomináveis tomam a tela na animação em preto e branco, que lembra um teatro de sombras. O curta pode ser visto no YouTube.
Um dos grandes problemas do nosso tempo, a crise dos refugiados é discutida por um viés mais humanista. “Aeroporto Central”, novo documentário do cineasta cearense Karim Aïnouz (“Madame Satã” e “A Vida Invisível”), conta a história de pessoas que saíram do Oriente Médio e acabaram habitando um antigo aeroporto nazista, hoje um asilo para milhares de refugiados. O filme ganhou o prêmio da Anistia Internacional da Mostra Panorama, no 68º Festival de Berlim, e está disponível em diversas plataformasdigitais.
Godard, Truffaut ou Rohmer? E qual seu filme francês favorito? Se você não sabe o que responder quando esse papo começa (ou, ainda, se é a pessoa que puxa esse tipo de papo), o “Festival Varilux Em Casa” é feito para você. Após o cancelamento da edição de 2020, o Festival Varilux optou por disponibilizar o acervo de filmes exibidos nas últimas edições de forma gratuita. São 50 títulos que vão da mais boba comédia, como “A Última Loucura de Claire Darling”, a thrillers, como “Branca Como a Neve”. Para assistir aos filmes, é preciso acessar o site e se cadastrar.
No momento em que o perigo das fake news pode custar vidas e que se vive o distanciamento social como regra, o Festival É Tudo Verdade resolve não adiar sua realização totalmente (alguns filmes serão projetados em setembro) e disponibiliza 31 documentários em streaming. O diretor e fundador do festival, Almir Labaki, diz inclusive que, no ano em que comemora a 25ª edição, num contexto de desinformação, nunca se fizeram tão necessários documentários de qualidade. Ao todo, são 64 horas de cinema que incluem títulos clássicos premiados em outras edições como ‘A Pessoa É Para o Que Nasce’, de Roberto Berliner; ‘Nós Que Aqui Estamos, Por Vós Esperamos’, de Marcelo Masagão; ‘A Negação do Brasil’, de Joel Zito Araújo; e ‘Rocha que Voa’, de Eryk Rocha. Há ainda uma homenagem a Zé do Caixão e um programa com títulos apenas de diretoras, como Renata Druck, Helena Solberg e Veronique Ballot.