Objeto de análise: Bandana, o cafona que não sai de moda

O QUE É

Um pedaço de pano quadrado ou retangular que serve como adereço para a cabeça, a face ou o pescoço de alguém. O acessório é extremamente versátil e pode ser utilizado em diversas formas e posições. A maleabilidade do tecido — que tende a ser de algodão, mais comumente, mas também é feito em seda ou lã — permite que a bandana seja dobrada e desdobrada, servindo como tiara, lenço, máscara, entre outras variações. As estampas são diversas, do símbolo de uma banda à bandeira de um país, mas o padrão paisley — também conhecido como caxemira — é o mais icônico, apresentando folhas curvadas e coloridas baseadas na cultura indiana.
QUEM FAZ

As bandanas têm origens diversas e aparecem em diferentes sociedades e contextos ao longo dos séculos, dos gregos aos persas. Entretanto, o adereço como conhecemos hoje data da revolução americana (1776) e foi muito utilizado por vaqueiros para evitar que a poeira os incomodassem enquanto cavalgavam. Na década de 1920, o acessório adentrou a alta sociedade americana e passou a ser um artigo de moda usado por atrizes de cinema. Paradoxalmente, elas também eram utilizadas por trabalhadores rurais americanos. Com a chegada da Segunda Guerra Mundial e a entrada das mulheres no trabalho industrial, a bandana se tornou uniforme feito para manter cabelos longos longe das máquinas. A década de 60 e 70 ressignificam a peça de roupa, que passa a ser vestuário do movimento hippie e de astros do rock. Na década de 90, rappers adotam a peça. Nos últimos anos, o acessório voltou com tudo e está presente nas cabeças de top models, influencers e até mesmo no BBB.
POR QUE É TÃO DESEJADA

Utilizada por diversos astros da música, a bandana se tornou peça icônica de diversos famosos. Amy Winehouse, Janis Joplin, Axl Rose, Tupac, Jimi Hendrix, Andre Agassi, David Foster Wallace e os brasileiros Cazuza, Guga e Bell Marques, ex-vocalista da banda baiana Chiclete com Banana, marcaram suas carreiras com o acessório. Além do sucesso com celebridades, a bandana ganhou inúmeros significados políticos ao longo dos anos, sendo desejada pelos mais variados motivos. Na época da revolução americana, se tornou uma manifestação de apoio à George Washington. Já na década de 20, além de ser acessório obrigatório de festas alá “O Grande Gatsby”, virou o símbolo de um grupo de mineradores que protestavam contra condições precárias de trabalho. Ela também marca presença em “Rosie, a Rebitadora”, ilustração produzida para a Segunda Guerra Mundial que se tornou um ícone feminista na década de 70 e serve como ferramenta de identificação para a comunidade gay e para gangues americanas.
VALE?

É brega? Um pouco, mas ela sempre está na moda. Seja no rock, no rap, no axé ou nas passarelas de moda, o acessório tem mil e uma utilidades e comporta diversos estilos diferentes. Quer mais? Se você tem um cachorro, bandana é o que não falta para o seu dog. E caso o acessório saia de moda, não se preocupe. Guarde ela em uma gaveta por alguns aninhos e, em pouco tempo, ela já será tendência de novo.
COMO COMPRAR

Da mesma forma que apresenta diversas opções de customizações, o acessório também pode ser encontrado nos mais variados preços, tecidos e grifes. É possível comprar a peça a partir de R$ 10, mas algumas bandanas simples chegam à casa dos R$ 100. A maioria, entretanto, fica em torno de R$ 30. Lojas de departamentos de roupas costumam oferecer o acessório. Quando falamos de grifes, o valor muda. Essas bandanas são feitas em tecidos de qualidade maior e o preço varia entre R$ 500 e R$ 5 mil. É possível comprar a peça em lojas de grife, mas o site Farfetch é uma boa opção para quem deseja fazer compras online.

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