Michaela Coel encantou o mundo do entretenimento com sua série “I May Destroy You” (2020). Escrita, produzida, dirigida e atuada por Coel, a série se transformou em um sucesso ao falar sobre violência sexual de uma maneira diferente de tudo o que havia sido feito na mídia até então. Capa da GQ de novembro, Coel se sentou com o também encantador Donald Glover, responsável por “Atlanta” (2016), e os dois tiveram uma das conversas mais interessantes do turbulento ano de 2020. Parte desconhecidos, parte amigos, eles navegam em um bate-papo sobre seus processos criativos, suas vidas e suas carreiras. A conversa pode ser lida na íntegra no site da GQ. Revolucionários — cada um à sua maneira —, os dois criadores provaram que há espaço para séries pensadas a partir da perspectiva negra. Vale acompanhar a produção — e as conversas — de duas das mais novas estrelas da TV mundial.
É preciso muito talento para gravar um disco ao vivo (numa tacada só) e sem pós-produção. Essa foi a aposta de Seu Jorge e Rogê com "Night Dreamer Direct-to-Disc", álbum riscado direto no vinil e lançado sem nenhum tratamento posterior de som. Já disponível nas plataformas digitais, foi produzido na Holanda no início do ano em apenas quatro dias. O resultado é singelo, como uma espécie de metáfora para a amizade de mais de 30 anos dos dois compositores, grandes representantes de sua geração na música brasileira – há intimismo e beleza, mas também imperfeições. E não faltam símbolos de uma brasilidade com referências ancestrais comuns aos dois artistas: a canção "Meu Brasil", por exemplo, celebra nomes como João Gilberto, Zumbi dos Palmares, Dona Ivone Lara e Marielle Franco. Outras grandes figuras, entre elas Gilberto Gil, Caetano Veloso e Marisa Monte, também fazem companhia a Seu Jorge e Rogê no recém-lançado clipe de "Pra você meu amigo", uma das faixas do disco. O vídeo foi produzido com recursos realidade virtual para unir os dois parceiros que estão passando a quarentena em países diferentes.