@harrisdickinson
Galã do momento pelo filme “Babygirl”, em que vive o estagiário que tem um affair com Nicole Kidman, o inglês Harris Dickinson foi coletor de lixo, construtor e barman antes de conquistar o cinema
No último dia 9, o thriller erótico “Babygirl” (2024) chegou aos cinemas brasileiros com a trama de uma executiva de sucesso, vivida por Nicole Kidman, que se envolve em um caso amoroso com seu estagiário (Harris Dickinson). Além de render o prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza para Kidman, o filme tem colocado holofotes em Dickinson, ator inglês de 28 anos, graças a sua performance cheia de tensão sexual. Uma das cenas, em que dança sensualmente sob o som de “Father Figure”, de George Michael, virou trend nas redes sociais, sendo reproduzida pelos internautas. Sobre trabalhar ao lado de uma das gigantes de Hollywood, ele diz que “foi uma experiência educativa para mim, porque ela é uma artista corajosa que desafia os limites do cinema”.
Você pode já conhecer o galã por “Triângulo da Tristeza”, longa vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2022, sobre um cruzeiro de luxo que toma rumos inesperados. Indicado ao Oscar em três categorias, o filme também foi notícia devido ao fim trágico da parceira de atuação de Dickinson, a sul-africana Charlbi Dean, que morreu pouco depois do lançamento. Ela foi homenageada pelo ator nas redes.
Dickinson é conhecido pela versatilidade: já foi príncipe da Disney, um lutador profissional, um traficante de drogas, um jovem pai, entre outros papeis, tanto em produções independentes como em blockbusters. E não mede esforço para seus papéis: já perdeu quase 14 quilos em dois meses para viver o adolescente Getty III na série “Trust” (2018), disponível no Disney+.
Ele também usa as redes para engrandecer o trabalho dos colegas, como ao falar sobre “The King’s Man: A origem” (2021), em que interpreta um azarado mas carismático espião. “Estaria mentindo se dissesse que não assisti a esse trailer algumas vezes, com um grande sorriso no rosto… todos trabalharam muito duro nele e espero que as pessoas gostem, caso contrário, mantenham suas opiniões para você mesmo porque artistas são sensíveis.”
Logo em sua estreia nas telonas, com o filme “Beach Rats” (2017), ganhou reconhecimento da crítica e indicações como melhor ator principal no Independent Spirit Award e como ator revelação no Gotham Independent Film Award. Na produção, ele interpreta um jovem em conflito com a própria identidade sexual.
Antes de conseguir uma chance no cinema, Dickinson trabalhou com um pouco de tudo: na coleta de lixo (seu favorito, segundo a revista inglesa Dazzed), em bares e cafés, na construção e na manutenção de estoque em um almoxarifado da loja Hollister. Foi também figurante e professor de teatro. Com persistência, conseguiu seguir a paixão que nutria desde a adolescência, quando frequentava o clube de artes cênicas Raw Academy. No seu perfil, compartilha cenas pouco conhecidas dos festivais
Fora do ambiente profissional, Dickinson também é multitarefa e dedicado aos hobbies. Ao longo do feed, conferimos as fotografias tiradas por ele.
Parece não ter medo de aventuras: já apareceu pulando de um penhasco, caindo de skate e até quebrando um pedaço de madeira (para ele, estava “reacendendo o amor pelas artes marciais”).
Durante a pandemia, em meio uma onda de ataques racistas nos Estados Unidos, o ator encorajou as pessoas a se posicionarem contra o preconceito: “Pratiquem o que vocês postam!”. Também participou da Marcha das Mulheres em 2017, após a primeira posse de Donald Trump.
Em um ótimo momento da carreira, Dickinson dá conselhos sobre manter a motivação em um mundo “doido” como o de Hollywood. “Você só precisa se lembrar do motivo pelo qual faz isso. Qual foi a razão que o levou a entrar nesse meio e o que o motiva? Se você se mantiver fiel a isso, todas as outras coisas acabam sendo secundárias. Ser criativo é o motivo pelo qual atuo, e tenho a sorte de poder transformar isso em um trabalho.”