Skate feminino — Gama Revista

Skate feminino

Tetracampeã mundial e primeira skatista brasileira a se tornar campeã do mundo da modalidade vertical, Karen Jonz indica conteúdos para entender o esporte, agora olímpico, sobretudo na categoria feminina

Ana Elisa Faria 06 de Agosto de 2024

Nome fundamental do skate feminino, Karen Jonz é pioneira do esporte no país. Tetracampeã mundial, ela é a primeira mulher e skatista brasileira a se tornar campeã do mundo de vertical, além de ter conquistado o primeiro ouro do Brasil entre as mulheres no X Games, o famoso evento de desportos radicais que ocorre anualmente nos Estados Unidos.

 Divulgação

Na capital francesa para cobrir as Olimpíadas de Paris para as próprias redes sociais e alguns veículos, como o UOL, a atleta, que também é cantora, compositora e youtuber, foi convidada para fazer as honras de abertura das competições do skate park. Na cerimônia desta terça-feira (6), Jonz, segurando um bastão, dará três batidinhas no chão para dar as boas-vindas às baterias da modalidade.

“Estou feliz demais com esse reconhecimento inesperado, que é muito importante, porque as Olimpíadas têm um alcance enorme e uma legitimidade internacional. Apesar de não competir mais, eu faço parte dessa cena, e esse convite serve também para que a geração de agora conheça quem veio antes e tenha a quem recorrer, a quem ter como referência. E, assim, me sinto mais perto dessas meninas”, diz a Gama a esportista.

Para entrar no clima olímpico e das pistas e manobras, convidamos Karen Jonz a listar cinco conteúdos que ajudam a compreender o skate, sobretudo o skate feminino.

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    “Betty” (2020), de Crystal Moselle

    “A série [disponível na Max] se baseia em um filme chamado ‘Skate Kitchen’ [2018, de Crystal Moselle] e acompanha um grupo de garotas nova-iorquinas que lutam para que as mulheres se sintam confortáveis nas pistas de skate, enquanto passam por um processo de autodescoberta. O legal é que elas são, de fato, amigas e todas são skatistas de verdade.”

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    Into the Mirror, de Pipa Souza

    “É uma revista impressa de produção independente feita no Brasil por uma mina preta, skatista, que se chama Pipa Souza. Ela, inclusive, está comentando as provas de skate das Olimpíadas de Paris na Cazé TV. A publicação existe desde o fim de 2022 [está na quinta edição] e é superatual, com um conteúdo 100% feminino sobre a cena das mulheres, e traz arte, entrevistas e skate. Um ótimo lugar para quem quiser pesquisar sobre o assunto.”

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    Black Media

    “Também de produção independente, é um site nacional que tem redes sociais, vídeos no YouTube, mas com um jeitão de revista de skate mesmo. Eles têm um olhar mais alternativo para o skate, não é aquela coisa quadrada. O conteúdo é rápido e fácil de acessar e tem uma linguagem de skatista, com pautas variadas.”

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    Divas Skateras

    “O Divas Skateras é uma plataforma nacional voltada ao skate feminino, com muita informação, reflexões, videozinhos das meninas praticando e cobertura de eventos. As mulheres skatistas do país têm se unido e feito vários coletivos do tipo, uma categoria muito interessante para trocas e visibilidade. Como a gente não tem muita cobertura na mídia tradicional, que foca mais os homens, acabamos tendo que criar os nossos próprios meios. Então, vários coletivos surgem dessa falta. Nos Estados Unidos, por exemplo, tem um coletivo legal também, o The Skate Witches, que realiza até um evento anual para skatistas mulheres.”

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    Girls Skate Network

    “Outra plataforma bacana é a Girls Skate Network [que nasceu como The Side Project], feita por uma norte-americana chamada Lisa Whitaker. No início dos anos 2000, ela começou a documentar e publicar vídeos das principais meninas do skate da época, transformando o site numa grande comunidade de skatistas. É legal para quem quiser pesquisar sobre skate feminino e entender como era a cultura naquele tempo, porque foi o período em que o nível das meninas deu uma virada e os principais campeonatos começaram a incluir o feminino. Esses vídeos de skate são muito legais porque eles trazem alguns temas, algumas historinhas. São conteúdos que mostram as meninas no dia a dia e dão um contexto também.”

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