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A gravidez da Rihanna, a luta das mulheres pelo direito à laqueadura, a dor das mães negras, a parentalidade LGBTQIA+ e o luto de um aborto espontâneo. Veja a lista de referências da equipe Gama
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Bloco de notas
A gravidez da Rihanna, a luta das mulheres pelo direito à laqueadura, a dor das mães negras, a parentalidade LGBTQIA+ e o luto de um aborto espontâneo. Veja a lista de referências da equipe Gama
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Não tem quem não tenha visto a foto de RIHANNA COM BARRIGUINHA que veio a público no fim de janeiro e foi compartilhada no mundo todo. O site americano Dazed discute se ela vai influenciar a ter filhos até quem convictamente não os quer.
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divulgação
No livro “As Alegrias da Maternidade” (Dublinense, 2019), a aclamada escritora Buchi Emecheta (1944-2017) relata as desventuras de Nnu Ego, filha de um líder africano da etnia igbo que é enviada para casar com um homem na capital da Nigéria e ali tem que enfrentar praticamente sozinha a tarefa de educar e sustentar os filhos em condições de vida precária. Entre as tradições dos igbos e as influências dos colonizadores, o livro revela a opressão às mulheres no país e discute o destino coletivo imposto a elas de SEREM ESPOSAS E PROCRIAREM.
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Tem crescido o número de MULHERES QUE NÃO QUEREM TER FILHOS – em uma pesquisa global de 2019, 37% das entrevistadas no Brasil disseram não ter esse desejo. E só recentemente o campo acadêmico tem se voltado a pesquisar a questão: em um bate-papo no canal da Universidade de Brasília (UnB), duas psicólogas discutem, por exemplo, como na psicologia e na medicina ainda existe um discurso que patologiza e invalida a experiência dessas mulheres.
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Brooklyn Museum – Children Playing – Jerome Myers – overall.jpg
Se a parentalidade é extremamente desafiadora, especialmente para as mulheres, um dos motivos pode ser a lógica individualista do modo como moramos e trabalhamos, principalmente em grandes cidades. Em reportagem longa do site americano The Cut, a autora investiga a CRIAÇÃO DE FILHOS EM UMA COMUNIDADE ALTERNATIVA consolidada nos EUA e apresenta escritores e teóricos que estudam outros modos de organização social para além dos núcleos familiares.
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O perfil @LAQUEADURASEMFILHOSSIM foi criado pela advogada cearense Patrícia Marxs, que, aos 32 anos, decidiu fazer uma salpingectomia (uma forma de laqueadura). Ao perceber que o assunto ainda é tabu, ela passou a compartilhar informações sobre esse método contraceptivo, que ainda é rondado por burocracias – requer autorização legal e, no caso de mulheres casadas, permissão do cônjuge – e preconceito – muitos profissionais da saúde simplesmente se negam a fazê-lo.
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“Eu não sou mãe. Não me recordo, mas se algum dia tive o desejo de ser, ele foi soterrado a cada criança negra que some, que morre, que é violentada”
Winnie Bueno, pesquisadora, escritora e colunista da Gama, em uma reflexão sobre a dor das mães negras. Impossível não pensar no assassinato bárbaro do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, no Rio.
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unsplash
Na pandemia, a busca por CONGELAMENTO DE ÓVULOS disparou, possivelmente pela maior disponibilidade de tempo. O procedimento, que custa entre R$ 15 e R$ 20 mil, envolve idas recorrentes ao consultório e aplicações de injeções de hormônio por cerca de 12 dias. No universo de quem estuda a fertilidade, porém, tem se falado cada vez mais dos homens, com pesquisas que mostram que a QUALIDADE DO SÊMEM está caindo.
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“Na hora que nascemos como mães não morre a mulher, acrescentamos mais um ser, um outro papel, desconhecido e perturbador, delicioso e angustiante. E nossos tentáculos se esticam e nosso amor expande e nossa dor multiplica e tentamos mais e tudo.”
PAOLA CAROSELLA, chef, em post recente no Instagram sobre as cobranças internas e externas da maternidade.
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No podcast “Dilemas”, os educadores parentais Lua Barros e Pedro Fonseca discutem questões enviadas pelos ouvintes, muitas sobre filhos, como “EU NÃO QUERIA SER MÃE, MAS JÁ SOU”, “eu não quero mais ter filhos, mas minha parceira quer” e “fiz um aborto e me sinto culpada”, sempre com o olhar treinado para desconstruir lugares-comuns sobre relacionamentos e parentalidade.
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A crueza da dor da PERDA DE UM BEBÊ DURANTE O PARTO e o desmantelamento de um casamento são retratados no elogiado Pieces of Women (2020), que rendeu à atriz Vanessa Kirby uma indicação ao Oscar. O filme aborda o duro luto de um casal e a dificuldade de lidar com a quebra de expectativa pela não vinda do filho. Na Gama, já investigamos também a questão do luto para mulheres que sofrem abortos espontâneos.
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© Arquivo pessoal
A PARENTALIDADE LGBTQIA+ foi abordada pela Gama sob diversos aspectos. Em uma reportagem, ouvimos famílias compostas por dois pais, que falaram sobre a adoção, o preconceito, o amor e os aprendizados diários. No podcast, conversamos com a escritora Marcela Tibonio e sua esposa, Melanie Graille, mães de gêmeos, que contaram sobre os percalços que enfrentaram com a documentação das crianças. “Diariamente eu preciso validar minha maternidade diante da sociedade”, disse Tibonio.
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CAPA Vai ter filhos?
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1Conversas Fernanda Lopes: 'Para saber o que é ter filhos, seja a rede de apoio de alguém'
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2Reportagem 6 perguntas para quem pretende ter filhos
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3Podcast da semana Maeve Jinkings: 'Parir obras também é uma maneira de contribuir com o mundo'
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4Reportagem Propósito de vida ou preocupação eterna: a dor e a delícia de ter filhos
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5Bloco de notas As dicas da redação sobre o tema da semana