1
ConversasJuca Kfouri: 'Achamos que o Brasil tem obrigação de ganhar a Copa, e não tem'
Premiado jornalista político-esportivo acredita que esta será uma Copa de alta performance e que a torcida deve preferir o uniforme azul da seleção, mas que é preciso fazer um esforço para usar o manto canarinho novamente
- @gamarevista
- brasil
- esporte
- futebol
- política
Premiado jornalista político-esportivo acredita que esta será uma Copa de alta performance e que a torcida deve preferir o uniforme azul da seleção, mas que é preciso fazer um esforço para usar o manto canarinho novamente
Esta Copa do Mundo promete. Com o preparo físico dos jogadores no ápice, antes do fim da temporada europeia, podemos esperar uma performance incrível das seleções que estão no Qatar. O Brasil está incluído na lista. E todos nós, torcedores brasileiros, queremos o hexa. Mas talvez estejamos mal acostumados demais.
O jornalista Juca Kfouri, que faz a análise acima em entrevista a Gama, diz que já ganhamos tantas vezes que queremos mais, parece normal. “‘Faz 20 anos que não ganhamos uma Copa’. Mas tem seleção que nunca ganhou”, afirma.
Torcida ansiosa e esperançosa é de praxe no país. Resta saber: estarão os torcedores envoltos em massa no manto canarinho? Conseguiremos dissociar a camisa amarela da seleção brasileira do caráter político e conservador que adquiriu nos últimos anos?
Kfouri diz que temos que fazer um esforço, embora acredite que vamos ver mais azul nas torcidas que amarelo. “Essa camisa do Brasil não é do Bolsonaro, nem do Lula. É a camisa do Brasil, do seu time de futebol”, recomenda que ensinemos às crianças.
Ao longo de seus quase 50 anos de jornalismo esportivo, Juca Kfouri sempre rompeu as fronteiras do futebol. A interpretação da frase é ampla: ele vê o esporte como um sistema complexo e indissociável da cultura brasileira e da política, ao mesmo tempo que é capaz de tocar corações até de “bolaplanistas”, seres tão alheios à modalidade que até duvidam que a bola seja redonda. Isso porque, além de conhecimento, espírito crítico e carisma não lhe faltam.
Juca tem formação em ciências sociais na USP, é autor seis livros, entre eles “Confesso que Perdi: Memórias” (2017, Companhia das Letras). Foi apresentador de rádio na CBN – que ouvinte de rádio não ficou marcado pela vinheta “Já para o chuveiro!” nas tardes de segunda a sexta? –, da ESPN, e hoje assina colunas na Folha de S.Paulo e no UOL, onde política é tanto assunto quanto futebol. É torcedor do Corinthians e tem em Sócrates sua “inspiração permanente” (cultiva um bonequinho cabeçudo inspirado no jogador em sua mesa).
Não tem mandingas na hora de torcer e sente encantamento mais por personagens do que por times (uma prova é essa coluna sobre Raí, o Pivete). Seu fascínio transborda o território brasileiro: “Sou apaixonado pelo belga De Bruyne, mas, se não ganharmos, Lionel Messi merece muito levar essa Copa”, diz, embora saiba que “os argentinos ficariam insuportáveis”.
O jogador de futebol vindo de classes excluídas adota o discurso autoritário, da meritocracia
-
G |Você costuma olhar o futebol e o esporte sobre o prisma da política. Nós hoje estamos vivendo um momento muito complicado politicamente no mundo todo. Como você acha que o futebol tem espelhado esse momento ou reagido a ele?
Juca Kfouri |Eu sempre olhei o futebol como uma outra face da nossa política. Eu era aluno de Ciências Sociais na USP em plena ditadura Médici, quando o Brasil jogou a Copa do Mundo de 70 e foi tricampeão no México. Dos grupos dos quais eu participava, havia uma verdadeira ojeriza à hipótese do Brasil ser campeão porque a ditadura ia usar aquilo a seu favor. Havia um chavão: “A cada gol do Brasil atrasaremos em dez anos a revolução”, o que eu achava uma rematada bobagem. Eu dizia aos meus colegas que não permitiria que a ditadura me roubasse aquilo que eu tinha de mais íntimo: o hino do Brasil, o verde e amarelo e o futebol não pertenciam à ditadura. A seleção brasileira era do Pelé, do Tostão, do Rivelino, do Gerson; não era da ditadura. Portanto, eu iria torcer pela seleção brasileira. Talvez isso seja a explicação de eu ter sido bem-sucedido na profissão, porque eu sempre tive esse olhar. Se a maneira que a gente toma café da manhã é política, como é que você separa o futebol da política? E além do mais eu sou torcedor de um clube que teve a democracia corinthiana, que teve o Sócrates, o Casagrande. Não dá para dissociar.
-
G |E como dissociar o futebol dos governos que tentam se aproveitar dele?
JK |Da mesma maneira de 1970, em nenhum momento agora, sobre o governo do sociopata, eu confundi a seleção de futebol com ele. Por mais que ele tentasse usá-la, como o Médici também o fez. Veja de uma perspectiva histórica: quem ganhou a Copa de 70 foi o Médici ou foi o Pelé? Ou foi o Tostão? O que ficou para a história foi que o Médici foi um ditador do período mais sombrio da história do Brasil, quando mais se torturou, mais se matou, mais desapareceram patriotas. Eu tenho essa convicção alicerçada em fatos de como a história registra essas coisas. O que vai ficar linkado na gestão do sociopata em relação ao futebol? Que ele fez uma Copa América no Brasil em plena pandemia. Uma Copa América que os dois países que iam fazer, a Colômbia e a Argentina, desistiram por causa da pandemia. Eu chamei o torneio de Covidão Sulamericano.
-
G |Como escrever sobre futebol enquanto o Brasil passa por tantas crises?
JK |Quando fiz Ciências Sociais, tinha como projeto uma tese de doutorado cujo título seria “Futebol não é fator de alienação, mas de mobilização social”. Há n eventos pelo mundo afora em que os estádios foram palco de corajosíssimas manifestações políticas. A primeira faixa pela anistia ampla geral e irrestrita no Brasil foi aberta em 1969 no Morumbi com mais de 100 mil pessoas antes de um jogo entre Corinthians e Santos. No Chile do senhor Pinochet, na primeira semana em que o toque de recolher foi suspenso, houve um jogo no Estádio Nacional de Santiago que tinha servido de presídio e cemitério para oposicionistas chilenos. Quando o jogo ia começar, houve um apagão no estádio com 40 mil pessoas. E o estádio, primeiro, assustou-se. Em seguida, começaram a acender isqueiros e fósforos e, depois, se ouviu um canto chão “libertad, libertad, libertad”. E, de repente, o estádio todo estava aos urros pedindo por liberdade, e não havia o que ditadura pudesse fazer. Ia encostar 5 mil camburões para levar os 40 mil que estavam lá? Não havia como. O futebol sempre me comoveu, tanto pela arte dos jogadores quanto pela participação popular. Não me diga que o torcedor de futebol é um ser passivo. Se eu não tivesse no Morumbi em 77, o Corinthians não teria feito o gol que fez para sair de uma fila de 23 anos. O torcedor é assim, eu fiz a defesa junto com o meu goleiro. Eu fiz o gol junto com o meu atacante.
-
G |Já que você falou da Democracia Corinthiana. Neste momento histórico, não vimos movimentos como esse no Brasil, como ocorreu na NBA nos EUA, por exemplo. A que atribui isso?
JK |Não. O mundo inteiro é assim. O exemplo da NBA, de Vidas Negras Importam, é recente e foi belíssimo, mas é uma exceção. Quais são os esportistas que temos na cabeça quando falamos em participação política? Contamos nos dedos. Em regra, o atleta é um cara voltado muito para o próprio umbigo. Voltado para a carreira dele que é curta, voltado para bater recorde nas competições, para ganhar o jogo no domingo, muito pouco preocupado com o seu entorno além da família e dos parças. Em regra no Brasil, o jogador de futebol vindo de classes excluídas adota o discurso autoritário, adota o discurso da meritocracia – esta falsa meritocracia. “Este trombadinha que quer me roubar na esquina, se tivesse se empenhado como eu, teria se safado. Por isso eu ando em carro blindado, eu moro em condomínios vigiados para que não me roubem o patrimônio que eu, tão a duras penas, conquistei. E aí adotam o bolsonarismo, fazem o que o Neymar fez. Nenhuma solidariedade de classe, sequer votam porque sequer transferiram os seus títulos eleitorais para os países onde hoje jogam. Isso aí foi um levantamento feito pelo UOL, mais de 80% dos jogadores brasileiros não transferiram os seus títulos para votar nas embaixadas e nos consulados. São alienados.
-
G |E quando eles são vítimas de racismo ou homofobia, grandes problemas sociais do conservadorismo, como fica o discurso?
JK |Hoje tem mais jogador protestando contra o racismo. Eu sou de um tempo, quando comecei a minha carreira, que o Pelé era chamado de crioulo. “O crioulo fez isso, o negão fez aquilo”. As coisas mudaram, felizmente, mas é um processo. E eu te diria que no caso brasileiro é um processo lento porque nós somos uma sociedade machista, homofóbica, racista.
Como é que se escolhe a camisa da seleção brasileira como símbolo anticorrupção? É uma contradição em termos
-
G |A CBF vem buscando limpar sua imagem no tema. Anunciaram cláusula contra a violência e assédio em contrato de patrocínio. Que avaliação faz disso?
JK |No chamado país do futebol, uma entidade que tem mais de cem anos, teve seu primeiro dirigente negro, o atual presidente o Reginaldo Baiano, agora. Ele está levantando essa bandeira e faz ele muito bem. Só que não basta fazer campanha, tem que haver punição rigorosa quando acontecem esses casos. E nós estamos longe disso ainda.
-
G |E o papel do jornalismo esportivo? A sensação que dá é que ele se aproxima muito do entretenimento e se afastou mais do jornalismo crítico.
JK |Eu criei um termo: a “leifertização” da imprensa esportiva. Na televisão, hoje, o que você tem é esta confusão entre jornalismo e entretenimento. É evidente que a hora do jogo é a de mostrar o show. Depois do jogo, você faz jornalismo, conta o que deu certo, o que não deu, os bastidores. O torcedor tem o direito de saber que o presidente do clube está ganhando dinheiro ilicitamente e explorando seu time. O que aconteceu com a nossa televisão foi: para eu comprar os direitos exclusivos de um campeonato, eu trato quem vende como sócio. Aí eu não vou falar mal, eu não vou poder dizer que sonega, que tem dinheiro em paraíso fiscal. Qual é então a saída? Eu vou brincar, fazer palhaçada, ser engraçadinho. Veja, isso não é uma crítica ao bom humor, muito menos à emoção, porque é óbvio que você tem que tratar o esporte com o conteúdo emocional que ele desperta. Mas você não pode abdicar de fazer jornalismo. E hoje há mais jornalismo na imprensa escrita do que na falada ou na televisionada. Os americanos resolveram isso com um departamento de esporte e entretenimento separado do seu jornalismo. Então, na cobertura da final do futebol americano, em regra, o narrador, o repórter, o comentarista são todos ex-atletas e fazem o show como ninguém. Acabou o jogo, o Jornal Nacional deles entra e diz se a cerveja estava quente, se o hambúrguer estava gelado, se o gramado tava bom ou tava ruim – é separação absoluta entre igreja e estado.
-
G |Estamos vivendo um momento de polarização política que fez muitas famílias romperem. A Copa sempre foi um momento aglutinador, que reúne pessoas em torno dos jogos para que torçam juntas. Acredita que o Mundial de 2022 pode apontar para um caminho de reconciliação?
JK |Tomara. Imagino que veremos mais camisa azul do que amarela da seleção, porque ainda haverá quem tema ser confundido. Confesso que passei a segunda e a terça (1 e 2/11) inteiras de camisa amarela para mostrar que não faço essa confusão. Que sentido fez as pessoas irem com a camisa da CBF para as ruas bradar contra a corrupção quando a CBF é uma entidade cujos três últimos presidentes, um foi preso, e dois não podem sair do Brasil que serão presos? Ricardo Teixeira, Marco Paulo Del Nero e José Maria Marin. Como é que você escolhe a camisa da seleção brasileira como símbolo anticorrupção? É uma contradição em termos, você vai à rua com a camisa dos ladrões.
-
G |Mas a camisa segue sendo utilizada em movimentos antidemocráticos. Que conselho você dá a mães cujos filhos pequenos pedem para usar a camisa? Dá para liberar?
JK |Dá dizendo: “Olha filhinho, essa camisa do Brasil, não é a camisa nem do Bolsonaro, nem do Lula. É a camisa do Brasil, do seu time de futebol”. Veja a exploração burra que esse cara [o atual presidente Jair Bolsonaro] fez no futebol. Esse cara usou todas as camisas de clubes possíveis e imagináveis no Brasil. O torcedor de futebol não aceita isso, veste camisa do seu time e de mais ninguém. Não vira casaca. A gente troca de carro, de religião, de casamento, de qualquer coisa, de time não muda. E ele é um verdadeiro outdoor ambulante de camisas de clubes.
-
G |E a relação da CBF com os governos?
JK |Ela é sempre a favor do governo, sempre se aproxima do governo. A CBF é uma entidade que sempre bajula o governo estabelecido.
-
G |Então a gente pode esperar algumas mudanças agora também?
JK |Não tenha dúvida que, em janeiro, baterão à porta do presidente que autenticamente gosta de futebol, que é só corinthiano e vascaíno no Rio, e não sai vestindo camisa. Pode e deve segurar a camisa dos outros, mas, vestir, não.
O Brasil hoje, a exemplo do que fez na colônia, é um país exportador de ‘pé de obra’
-
G |Neste ano, celebramos os 20 anos da última conquista brasileira na copa e os 40 da seleção de 1982, que marcou época. Olhando a seleção de hoje, que caminho acha que ela pode trilhar? Tem alguma semelhança ou diferença fundamental em relação a essas tão marcantes?
JK |Tem. Esse time do Brasil é um bom time, pode ganhar, não é favorito. Mais favorito do que o Brasil é a França; tão favorito quanto o Brasil é a Argentina de Lionel Messi, jogando a sua última copa, e a Bélgica de De Bruyne. Tem uma porção de seleções que podem ganhar este mundial. Nós nos acostumamos mal achando que o Brasil tem sempre obrigação de ganhar a copa, e não tem. Mas ganhou tanto durante um período tão curto que esse discurso virou normal: “Há 20 anos que o Brasil não é campeão do mundo”. Ora, tem país que nunca foi e que provavelmente nunca será. Essa seleção tem o Neymar; aquela seleção de 82, de 40 anos atrás, tinha o Zico, o Sócrates, o Falcão, o Cerezo, tinha uma porção de gênios e não ganhou. Não ganhou por esses acidentes de futebol, um dia em que tudo deu certo para Itália e nem tanto para a Seleção Brasileira. Dificilmente, mesmo que esta venha a ganhar, a torcida brasileira gostará tanto dela como gostou da de 82. Aquele time apaixonou o mundo, mas não apenas porque jogavam o futebol de sonho, mas porque eram pessoas que se queria levar para casa, eram todas adoráveis. O Sócrates foi a única figura objeto do meu trabalho de quem eu fiquei amigo. Amigo de ir para casa, passar fim de semana. Mas teria ficado do Zico, provavelmente, se eu morasse no Rio. Teria ficado do Falcão se eu morasse em Roma, teria ficado do Cerezo. Até o presidente da CBF era uma pessoa decente, Giulite Coutinho, conservador, eu discordava politicamente dele, mas uma figura adorável para você sentar, jantar e conversar. Telê Santana, outro conservador, mas uma figura deliciosa, um contador de casos brilhante, matava todo mundo de rir. Todo mundo torceu por eles, independentemente de ser brasileiro ou não.
-
G |Você tem uma segunda seleção?
JK |Não é propriamente uma segunda seleção. Eu sou apaixonado pelo belga De Bruyne, mas vou lhe dizer uma coisa: se não for o Brasil, ficarei muito feliz se for a Argentina do Lionel Messi, porque ele merece. Torci feito um doido para a Argentina contra a Alemanha em 2014 no Brasil, as pessoas diziam “Mas você é louco, torcendo para a Argentina”, e eu dizia “louco é você, que tá com síndrome de Berlim”. Os cara meteram sete a um na gente e vocês querem torcer para eles. Ah, eu não, torço para os hermanos. Mas de fato, se ganharem, os argentinos iam ficar insuportáveis. Paciência.
-
G |E a nossa seleção de agora, o que a gente pode esperar dela em campo?
JK |Pergunta para os teus filhos: com quem elas têm vínculo? Não tem nenhum jogador do Corinthians, por exemplo, na seleção. Se tivesse o Cássio, opa, torceríamos para o nosso goleiro. O Renato Augusto, o Yuri Alberto, não. O melhor jogador joga no Paris Saint-Germain, os melhores goleiros jogam no Liverpool, no Manchester City. Estão todos muito longe da gente, pois o Brasil virou um dos fenômenos da globalização e da má gestão do futebol brasileiro. O Brasil hoje, a exemplo do que fez na colônia, é um país exportador de “pé de obra”, de matéria-prima. Em vez de exportar o filme da Disney, você exporta o Pato Donald.
-
G |E o que você está programando para a cobertura da Copa?
JK |Do ponto de vista da qualidade, essa deverá ser a melhor copa dos últimos cinco ou seis, por uma razão muito simples: vai pegar a temporada europeia na metade, os jogadores no auge da forma. Ao passo que em regra as Copas são disputadas no meio do ano, no fim da temporada europeia, quando eles estão exaustos. Basta lembrar o que aconteceu com Zidane depois de se eleger o melhor jogador do mundo: a Copa seguinte foi um fiasco. O Ronaldinho Gaúcho, tantos outros, chegam esgotados. A Champions está no começo e eles já estarão jogando a Copa do Mundo. Então tecnicamente vai ser uma copa deliciosa, não tenho dúvidas.
Estudioso e desapegado, Juca Kfouri conta que, num misto de bom senso com loucura, doou toda sua biblioteca para a Universidade de São Paulo como retribuição pelos quatro anos em que estudou lá. Mais de 2 mil livros se foram. Ele recomenda a qualquer apaixonado seus três títulos prediletos: “Remédio Veneno” (2008), de José Miguel Wisnik, “difícil de ler, mas muito bom”; “A Dança dos Deuses” (2007), de Hilário Franco Júnior, “antropológico, sociológico, histórico, lindo e fácil”; e “Como o Futebol Explica o Mundo” (2005), de Franklin Foer, “fabuloso”. Todos os livros foram publicados pela Companhia das Letras.
-
CAPA Quem é você na Copa?
-
1Conversas Juca Kfouri: 'Achamos que o Brasil tem obrigação de ganhar a Copa, e não tem'
-
2Depoimento Qual Copa do Mundo te marcou mais?
-
3Podcast Erich Beting: “A gente nunca chegou tão atrasado para uma Copa"
-
4Reportagem Por que jogadores LGBT não têm vez no futebol?
-
5Bloco de notas As sugestões da redação sobre o tema da semana