Livros para ler antes de viajar — Gama Revista
Que tipo de turista é você?

5

Bloco de notas

Livros para ler antes de viajar

Literatura de ficção e poesia para sentir e conhecer diferentes destinos. Tem Mia Couto, Chico Buarque, Chimamanda Ngozi Adichie, Zadie Smith e mais

Livros para ler antes de viajar

30 de Junho de 2024

Literatura de ficção e poesia para sentir e conhecer diferentes destinos. Tem Mia Couto, Chico Buarque, Chimamanda Ngozi Adichie, Zadie Smith e mais

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Para conhecer um pouco da história do país caribenho Trindade e Tobago, o livro de poesias “Nenhuma Língua É Neutra” (Bazar do Tempo, 2023), de Dionne Brand, aborda a dor de ser uma mulher negra em um país devastado pelos resquícios do colonialismo. A autora trinitária-tobagenses traz referências a nomes de mulheres negras que marcaram a história do país e dá uma nova conotação às belíssimas praias caribenhas: ora significam o sonho da liberdade, ora são a lembrança do sangue derramado pela escravidão. A obra foi publicada pela primeira vez em 1990, mas chegou ao Brasil somente em 2023 em versão bilíngue (inglês e português), com tradução de Lubi Prates e Jade Medeiros.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Ganhador do Prêmio Jabuti de melhor livro de 2003, Budapeste” (Companhia das Letras, 2003), do brasileiro Chico Buarque, é marcado pela simetria. A história é composta por pares: duas cidades (Rio de Janeiro e Budapeste), duas mulheres, dois livros e dois idiomas que permeiam a vida do escritor ghost writer José Costa. Budapeste é retratada como uma cidade misteriosa, com um idioma complicado, local que o escritor vai parar meio por acaso.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Apresentando um retrato da sociedade nigeriana e dos resquícios do colonialismo religioso no país africano, “Hibisco Roxo” (Companhia das Letras, 2011), da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie é uma narrativa familiar envolvente e intensa. O pai de família Eugene é um católico fervoroso diferente do restante dos familiares ligados às religiões originárias da Nigéria. Esse contraste cria um conflito que preocupa Kambili, a narradora e filha de Eugene. É nesse contexto que a jovem também se apaixona por um padre que precisa fugir do país pela falta de segurança pública e de perspectiva. A tradução do livro é de Julia Romeu.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Após receber o Prêmio Nobel de literatura em 1982,o colombiano Gabriel García Marquez tirou um ano sabático e se distanciou do realismo fantástico, o que possibilitou a escrita de “O Amor Nos Tempos de Cólera” (Record, 1986). A história inspirada em seus próprios pais se passa em Cartagena de las Índias, na Colômbia, durante os séculos 19 e 20 quando teve crise de cólera no país. Na ficção, Florentino Ariza e Fermina Daza vivem uma paixão juvenil até serem separados pelo pai da moça que desaprova e a faz casar com outro. Décadas depois, surge a chance de um recomeço que precisa superar as dores do passado e os problemas sociais do presente. Tradução de Antonio Callado.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Neste primeiro livro de uma trilogia, a narradora Faye viaja para Atenas, na Grécia, onde vai ministrar um curso de criação literária. Para alguns, viajar é conhecer lugares e para outros é sobre conhecer pessoas. É partindo da segunda opção que o livro transpassa costumes e tradições culturais da Grécia. Durante o enredo de “Esboço” (Todavia, 2019), da canadense Rachel Cusk, o que conhecemos da narradora é por meio do processo de escutar as histórias dos novos personagens que surgem durante essa viagem. A tradução do livro é de Fernanda Abreu.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    O jornalista norte-americano Bill Buford deixou sua carreira consolidada para se aventurar na gastronomia e se mudar para a França. A experiência com altos e baixos (muitos baixos) é narrada na obra autobiográfica “Cinco Anos em Lyon” (Companhia da Mesa, 2021). A culinária é entendida como uma das principais formas de se aprofundar em um país. Além do emocionante relato do livro, você também pode conferir a entrevista que o autor concedeu a Gama em 2021. A tradução do livro é de Guilherme Miranda.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Uma viagem ao estilo do realismo fantástico misturado com fatos da história da Índia, “Os Filhos da Meia-Noite” (Companhia das Letras, 1991), do indiano Salman Rushdie, rendeu o Booker Prize de 1981 e o Booker of Bookers Prize em 1993. Todas as crianças indianas nascidas na primeira hora do dia 15 de agosto de 1947 — data que marca a independência do país — desenvolveram superpoderes. Uma dessas crianças é Salim Sinai, um telepata que cresceu em uma família rica e importante, mas que na verdade foi trocado na maternidade e deveria ser um hindu de família pobre. Os poderes dessas crianças podem mudar o rumo da história do país e do mundo, já a troca na maternidade pode alterar a sociedade indiana. A tradução do livro é de Donaldson M. Garschagen.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    Vencedor do Prêmio Jabuti 2023 nas categorias Poesia e Livro do Ano, Fabrício Corsaletti se encarna na pele do cantor Bob Dylan durante uma temporada na Argentina nos 56 sonetos de “O Engenheiro Fantasma” (Companhia das Letras, 2022). Diversos personagens entram e saem da história na mesma velocidade com que o personagem visita bares, cafés, lojas, museus e vive a boemia que um bom roqueiro aprecia. “Tive o sonho mesmo e no dia seguinte comecei a escrever. A experiência durou nove dias. Mas com certeza não teria escrito se não tivesse passado 20 anos da minha vida ouvindo e estudando Bob Dylan e se não conhecesse Buenos Aires”, explicou o escritor brasileiro sobre o processo de escrita da obra em entrevista que deu a Gama.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    O primeiro romance do moçambicano Mia Couto, “Terra Sonâmbula” (Companhia das Letras, 2016), é considerado um dos 12 melhores livros africanos do século 20 pela Feira do Livro de Zimbabwe. Neste romance, Couto narra a jornada de um velho e de um menino em busca de refúgio em meio à guerra civil de Moçambique, tecendo uma narrativa que mistura realidade e fantasia. O autor oferece uma reflexão profunda sobre a identidade, a memória e a resiliência do povo moçambicano.

  • Imagem da listagem de bloco de notas

    “Ritmo Louco” (Companhia das Letras, 2018), da inglesa Zadie Smith, se aprofunda nas complexidades da amizade, da identidade e na desigualdade social da Inglaterra contemporânea. Em uma história que mistura o passado e o presente, duas amigas de infância, ambas filhas de ingleses com jamaicanos, compartilham o sonho de se profissionalizar como dançarinas — o que acaba não acontecendo da forma que imaginavam. A obra é narrada pela amiga Tracey que passeia por Londres após ser demitida, os locais dão gatilhos para memórias da infância e a faz refletir sobre as antigas relações. A tradução do livro é de Daniel Galera.