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Bloco de notasAs dicas da redação sobre o tema da semana
Uma reportagem sobre um trauma inesquecível, conteúdos que relembram a ditadura e uma série em que personagens têm a memória fragmentada. Veja as nossas indicações sobre o tema da semana
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As dicas da redação sobre o tema da semana
Uma reportagem sobre um trauma inesquecível, conteúdos que relembram a ditadura e uma série em que personagens têm a memória fragmentada. Veja as nossas indicações sobre o tema da semana
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O New York Times publicou uma reportagem sobre a equipe que trabalhou na investigação do massacre na escola norte-americana Sandy Hook, em Newtown, Connecticut. O tiroteio matou 20 crianças, além de seis adultos, como professoras, a psicóloga e a diretora da instituição de ensino. O texto conta as impressões e revela os traumas dos investigadores da cena do crime, responsáveis por fotografar as vítimas do assassinato em massa, coletar e documentar evidências de toda a tragédia. Imagens tenebrosas inimagináveis a grande parte da sociedade, mas que esses profissionais, mesmo mais de uma década depois, jamais se esqueceram.
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Neste episódio, o podcast “Café da Manhã” aborda os desafios da retomada da memória da ditadura militar pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), causa esquecida e deturpada nos anos de Jair Bolsonaro (PL) na presidência. O programa ouviu pessoas envolvidas na Comissão de Anistia, que foi recomposta logo em janeiro de 2023, e de outras frentes que se dedicam à justiça de transição, além de comentar o que o governo atual pretende ao retomar essa estrutura.
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Mais sobre a temática: está disponível on-line o documentário “Memória Sufocada” (2021), de Gabriel Di Giacomo, que conta a história do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), o único militar condenado como torturador durante a ditadura brasileira, e que sempre foi exaltado como um herói por Bolsonaro.
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A literatura também tem obras ambientadas durante o regime militar no Brasil, como “K – Relato de uma Busca” (Companhia das Letras, 2016), do escritor Bernardo Kucinski. No livro, ele narra a procura do próprio pai pela filha, Ana Rosa — irmã de Bernardo —, que foi presa por militares e desaparece sem deixar vestígios.
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Para encerrar as dicas sobre a ditadura brasileira, não podemos esquecer do trabalho monumental do jornalista Elio Gaspari em cada um dos cinco livros que relembram os anos de chumbo.
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Alex Levy-Heller, diretor do documentário “O Relógio do Meu Avô” (2013), examina, neste texto para o site Café História, o clássico “Shoah” (1985), de Claude Lanzmann, obra documental considerada uma das mais importantes sobre os horrores do nazismo. No filme, que tem nove horas e meia de duração, há relatos de sobreviventes e de pessoas que eram parte da engrenagem nazista.
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Por falar em nazismo, em abril de 2023, a equipe do Memorial de Auschwitz pediu aos visitantes do local respeito pela memória das vítimas do Holocausto. Isso porque, na época, viralizou a imagem de uma turista posando descontraidamente para uma foto na entrada do antigo campo de concentração na Polônia, onde mais de um milhão de pessoas morreram. Detalhe: essa não foi a primeira vez que o museu teve de dar bronca nos frequentadores de Auschwitz por fotografias “engraçadinhas” em meio a um lugar de tristeza, que deveria despertar deferência.
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A edição 2023 do prestigiado concurso de fotografia Sony World Photography Award foi absorvida por uma polêmica porque Boris Eldagsen, autor da foto escolhida como vencedora, recusou o prêmio. O motivo? A obra foi criada com a ajuda de inteligência artificial! O site Truth or Fake, que faz verificação de imagens, publicou um vídeo explicando os perigos da IA na criação de conteúdo histórico falso.
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A série “Ruptura”, da Apple TV, acompanha Mark S. (Adam Scott), empregado da misteriosa companhia Lumen. Ele lidera uma equipe de funcionários cujas memórias foram estrategicamente separadas entre vida profissional e pessoal. Ou seja, quando estão na empresa, eles não sabem quem são fora dali e, em casa, nem imaginam o que fazem no trabalho. Mas, quando um estranho colega aparece fora do ambiente da Lumen, Mark inicia uma jornada para descobrir a verdade sobre o seu emprego.
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Para esquecer Joel (Jim Carrey), Clementine (Kate Winslet) se submete a um tratamento que retira o ex-namorado da memória. Ao saber, Joel, decidido a superar esse amor, também resolve realizar o tratamento. No meio do procedimento, porém, ele desiste de esquecê-la e, então, começa a guardar Clementine em momentos da sua memória que ela não participou. Essa é a sinopse do filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (2004), de Michel Gondry, roteirizado por Charlie Kaufman.
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Ainda no clima de romance e memória, o longa “Como Se Fosse a Primeira Vez” (2004), de Peter Segal, acompanha Henry (Adam Sandler), um veterinário paquerador que se apaixona por Lucy (Drew Barrymore). No entanto, a garota sofre de falta de memória de curto prazo, o que faz com que ela se esqueça rapidamente de fatos que acabaram de ocorrer. Assim, para ficarem juntos, Henry é obrigado a conquistá-la todos os dias.
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CAPA Por que não esquecer?
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1Conversas Daniela Arbex: 'Conhecer o passado é uma arma para mudar o futuro'
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2Reportagem Quem traça os limites do sensacionalismo?
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3Podcast da semana Marcelo Rubens Paiva: "Perdoar faz muito mal ao país"
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4Uma turma Pela memória da cultura indígena
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