Marcelo Rubens Paiva: “Perdoar faz muito mal ao país”
Marcelo Rubens Paiva fala de escrita, de paternidade e da importância de relembrarmos os traumas pelos quais passaram o Brasil
O escritor, dramaturgo e jornalista Marcelo Rubens Paiva traz na sua produção até agora uma combinação sensível entre memória pessoal e de país.
Entrevistado deste episódio, ele já levou um jabuti pelo seu livro “Feliz Ano Velho”, que em 2022 completou 40 anos. É autor de peças e livros como “Blecaute” (1986), “Malu de Bicicleta” (2003) e “Ainda Estou Aqui” (2015) –, que vai virar um filme dirigido por Walter Salles.
Para Marcelo, o “Ainda Estou Aqui” é, de alguma maneira, a continuação do “Feliz Ano Velho”, lançado em 1982 – ainda um período de ditadura militar.
Neste título mais recente, ele traz a história de sua mãe, a advogada Eunice Paiva, que ficou viúva depois que seu marido, Rubens Paiva, foi torturado e morto pela ditadura, deixando cinco filhos. É também um livro sobre o avanço do Alzheimer em Eunice.
Agora, Marcelo está trabalhando em um novo livro, esse sobre paternidade, que vai sair pela Companhia das Letras. Ele é pai de dois meninos.
Na conversa a seguir, ele fala de memória, de escrita, de paternidade, da importância de relembrarmos os traumas de um país e da força de sua literatura.
Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
Edição de som: Laura Capelhuchnik
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