Bloco de notas da Semana "O que será do nosso cinema?" — Gama Revista
O que será do nosso cinema?

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Bloco de notas

Bloco de Notas

Um documentário sobre o cinema novo, uma série de reportagens sobre políticas públicas culturais, a biografia de um gênio do terror e um livro sobre as mulheres da indústria cinematográfica brasileira. As dicas da redação sobre o tema da semana: cinema nacional

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Um documentário sobre o cinema novo, uma série de reportagens sobre políticas públicas culturais, a biografia de um gênio do terror e um livro sobre as mulheres da indústria cinematográfica brasileira. As dicas da redação sobre o tema da semana: cinema nacional

19 de Junho de 2022
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    Em 1962, “O Pagador de Promessas” ganhou o prêmio de melhor filme em Cannes. Na foto, o diretor brasileiro Anselmo Duarte recebe a Palma de Ouro
    Gilberto Tourte/Gamma-Rapho/Getty Images

    Uma versão remasterizada do clássico brasileiro “DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL” (1964) foi exibida na última edição do Festival de Cannes. O filme, que chegou a concorrer à Palma de Ouro em 1964, foi visto pela primeira vez em resolução 4K em uma sessão especial do evento. O longa, no entanto, não foi a única participação do país no festival francês. No Nexo, o teste “O QUE VOCÊ SABE SOBRE O BRASIL EM CANNES?” oferece um desafio para cinéfilos e uma oportunidade de aprendizado.

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    Divulgação

    Se você busca filmes nacionais para assistir, a mostra “200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA EM 200 FILMES” é tudo o que você precisa. 200 títulos, entre longas e curtas, estão sendo exibidos ao longo do mês de junho no Cine Belas Artes, em São Paulo. 30 desses longas serão exibidos de forma online na plataforma de streaming #CulturaEmCasa. A mostra vai até o dia 30 de junho.

  • “Fazer cinema, estrear um filme é um ato de coragem”

    A frase é de Jeferson De em entrevista ao Podcast da Semana. Responsável por filmes como “Doutor Gama” (2021) e “M8 – Quando a Morte Socorre a Vida” (2018), o cineasta brasileiro falou sobre as dificuldades e desafios de se fazer cinema no país, o antirracismo que explora em suas produções e seu processo criativo.

  • Com 72 indicações e exibido em mais de 15 países, o curta “QUANTOS MAIS?” (2022) ultrapassa 25 premiações nacionais e internacionais – incluindo o renomado Festival de Cannes. Com roteiro, direção e montagem do capixaba Lucas de Jesus Ferreira, o curta ficcional retrata a violência que acomete corpos negros dia após dia no país. Gravado na Bahia, de maneira independente e em apenas dois dias no meio da pandemia, a produção conta com elenco 100% baiano e vem para somar a um cinema em ascensão, que trata das narrativas pretas.

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    Reprodução, Divulgação/SBT

    Adaptar uma história real para a telona do cinema não é tarefa fácil. Gama conversou com diretores, roteiristas e atores nacionais sobre esse processo e a dificuldade de encontrar o limite entre o registro histórico e a liberdade artística dentro da ficção. César Mello, Daniel Rezende, Fabrício Boliveira e Andréia Horta falaram sobre suas versões de Doutor Gama, Palhaço Bozo, Wilson Simonal e Elis Regina.

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    Cena da série “Afronte”, sobre a vida de homossexuais negros no Distrito Federal
    Reprodução

    Nem só de filmes vive o cinema brasileiro. Com o desmonte do setor cultural nos últimos anos, políticas que buscam preservar e incentivar a produção cinematográfica brasileira são cada vez mais importantes. O Nexo explicou qual o efeito das ações do governo Bolsonaro para o cinema nacional, como o uso de cota de telas busca limitar a presença de blockbusters em salas do país e quais foram as mudanças feitas na Lei Rouanet pelo atual governo.

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    Em quase 100 anos de premiação, apenas três mulheres ganharam o Oscar de melhor direção. A falta de mulheres na posição de direção também é realidade no Brasil, mas o problema é muito mais complexo. Em “TRABALHADORAS DO CINEMA BRASILEIRO: MULHERES MUITO ALÉM DA DIREÇÃO” (Nau, 2021), a pesquisadora Marina Cavalcanti Tedesco explora o papel da mulher brasileira na indústria cinematográfica. Do roteiro e da produção de um longa a exibição e as políticas públicas nacionais, Tedesco cria um panorama da atuação feminina no cinema nacional.

  • Os maiores nomes do transporte alternativo do país dedicaram uma temporada inteira ao cinema nacional. Em parceria com o Canal Brasil, o programa humorístico Choque de Cultura comentou filmes como “Tropa de Elite” (2007), “Bacurau” (2019) e “Cidade de Deus” (2002). Sempre com muita ironia, os personagens caricatos que o Brasil aprendeu a amar apostam na falta de noção para arrancar gargalhadas às custas do cinema nacional.

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    O Anexo do Espaço Itaú de Cinema, na rua Augusta em São Paulo, vai fechar ano que vem. Esse é só mais um exemplo dos cinemas de rua que tem seus dias contados no Brasil. Gama falou sobre como a pandemia afetou o modelo de negócios dessas salas. Nem tudo é notícia ruim, no entanto. A Folha de S. Paulo fez uma reportagem sobre os cinemas de rua que estão resistindo.

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    Um dos maiores ícones do cinema nacional vai ganhar uma nova versão nas mãos do ator e produtor Elijah Wood. O temido Zé do Caixão sempre foi um queridinho da gringa e a produção de dois novos filmes – um americano e outro mexicano – baseados no personagem só provam a grande nfluência do mestre do terror nacional. Se você deseja conhecer mais sobre o cineasta, “ZÉ DO CAIXÃO: A BIOGRAFIA” (2015, DarkSide) conta a história de José Mojica Marins e suas criações horripilantes.

  • Poucos movimentos artísticos foram tão importantes para o cinema brasileia como o Cinema Novo. Capitaneado por nomes como Glauber Rocha, Cacá Diegues e Paulo César Saraceni, o movimento revolucionou o cenário cinematográfico nacional e até hoje influencia obras ao redor do mundo. O longa “CINEMA NOVO” (2016), que ganhou o prêmio Olho de Ouro de Melhor Documentário no Festival de Cannes, apresenta trechos de filmes e entrevistas com os responsáveis pelos filmes que mudaram o cinema brasileiro.