Na cômica esquete do Porta dos Fundos “Muito fã”, com a participação de PABLO VITTAR, os papéis de fã e ídolo são invertidos.

As redes sociais tiveram um papel fundamental na ascensão do K-POP, e as fanbases, tipos de perfis que trazem atualizações em tempo real sobre os artistas, têm impacto direto na divulgação de cada grupo. Reportagem da revista Quem conversa com brasileiros que fazem esse trabalho, que pode ser extenuante, por puro amor, como dizem eles.

TORCIDAS ORGANIZADAS talvez sejam as mais fervorosas manifestações de fãs no Brasil. A série “Sobre Meninos e Porcos” (2021), do podcast UOL Histórias do Esporte, investiga o acirramento da rivalidade entre as principais organizadas do país desde os anos 1980 a partir da figura de Cleofas Sóstenes Dantas, o Cleo, fundador e antigo presidente da Mancha Verde.

Entrevistada desta reportagem que conversa com mulheres periféricas fãs de Racionais. No último Lollapalooza em SP, aliás, Emicida falou de novo como era fã do grupo, e teve uma conversa gravada com Mano Brown.

“SUPERFANDOM: Como nossas obsessões estão mudando o que compramos e quem somos” (Rocco, 2018) mostra como as redes sociais possibilitaram que fãs de meios diversos se encontrassem, se organizassem em seu universo particular – o fandom (abreviatura de fan kingdom ou reino dos fãs) – e ganhassem poder. O livro faz uma síntese histórica, sociológica e psicológica do mundo dos fãs e analisa esse novo fenômeno no qual o fã passa a ser considerado peça fundamental dos negócios e da economia.

Fan fics já são algo comum para os fãs de cultura pop há tempos (aliás, você sabia que “50 Tons de Cinza” surgiu como uma fan fic da série “Crespúsculo”?). Nos últimos anos, porém, eles têm ganhado cada vez mais versões audiovisuais sem fins lucrativos, em produções impressionantemente elaboradas. Star Wars e Star Trek têm uma longa tradição no meio, assim como filmes baseados em games, mas também há FAN FILMES do Happy Potter, do Chapolin Colorado e dos Cavaleiros do Zodíaco.

Quando o escritor americano Stephen King escreveu “Misery: Louca Obsessão” (Suma, 2014), há 35 anos, ele já era um autor de sucesso. Entretanto, a rapidez com que ele se tornou uma celebridade e a necessidade de produzir também o angustiavam. Isso aparece simbolicamente nesse thriller de suspense, que já ganhou filme e peças de teatro, em que uma FÃ OBCECADA COM UM ESCRITOR o aprisiona e o força a escrever um novo livro por causa de um fim que ela não gostou.

“Só acredito porque tem imagens”: recentemente, viralizaram no Twitter uma série de THREADS FEITAS POR FÃS com fatos inusitados de famosos como Rihanna, Maryl Streep, Michael Jackson, Marília Mendonça e os Mamonas Assassinas, com fotos e vídeos impagáveis. A Folha de S. Paulo publicou um compilado.

Como a CULTURA DE FÃS mudou nas últimas duas décadas? Em seu canal, o psicólogo e professor da USP Christian Dunker conversa com Marcelo Hessel, crítico de cinema e um dos fundadores do site Omelete, sobre as novas configuração de relações entre fãs e artistas, consumo, capitalismo e cancelamento.

BEATLEMANÍACOS da década de 1960 faziam mais loucuras que os fãs de hoje? Veja fotos da época e tire suas próprias conclusões.