Bloco de notas da Semana "Dá pra comemorar, mulher?" — Gama Revista
Dá pra comemorar, mulher?

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Bloco de notas

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O legado de bell hooks, a economia do cuidado, o casamento infantil no Brasil, a masturbação na novela das nove e a igualdade salarial no futebol: veja as referências da redação neste Dia das Mulheres

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O legado de bell hooks, a economia do cuidado, o casamento infantil no Brasil, a masturbação na novela das nove e a igualdade salarial no futebol: veja as referências da redação neste Dia das Mulheres

06 de Março de 2022
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    bell hooks/Divulgação

    Morta em dezembro de 2021, a célebre escritora e ativista americana BELL HOOKS (pseudônimo de Gloria Jean Watkins) foi uma das intelectuais que explicou como o feminismo protagonizado por mulheres brancas de classe média-alta não abraçava questões enfrentadas pelas mulheres negras. Sua obra imensa discute raça, gênero, classe, educação, amor e capitalismo, em livros como “Teoria feminista: Da margem ao centro” (Perspectiva, 2019) e “Olhares negros: raça e representação” (Elefante, 2019).

  • “Apenas Meninas” (2021), disponível na HBO Max, denuncia o CASAMENTO INFANTIL NO BRASIL. Com depoimentos de adolescentes submetidas ao casamento precoce, que só passou a ser proibido no país em 2019, o documentário mostra que os casos são muito menos associados à religião do que se imagina e expõe a necessidade de apoio e proteção a meninas em situação de vulnerabilidade social.

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    Mrs. America/Divulgação

    “Mrs. America” (2020), disponível no Star+, examina a figura da influente ativista conservadora Phyllis Schlafly e sua luta contra a aprovação da Equal Rights Amendment, que visava garantir a igualdade de gênero nos EUA, nos anos 1970. Protagonizada por Cate Blanchett, a minissérie aborda a TRAJETÓRIA DO MOVIMENTO FEMINISTA, colocando em foco mulheres importantes como Gloria Steinem e Betty Friedan, e ajuda a entender a realidade polarizada dos dias atuais.

  • “O estupro não se trata apenas da satisfação de um desejo, mas de uma necessidade de controle sobre a mulher”

    Adriana Negreiros, autora de “A Vida Nunca Mais Será a Mesma” (Companhia das Letras, 2021), em entrevista a Gama. O livro parte de sua experiência pessoal para investigar o cotidiano de violências sexuais sofridas por mulheres na história contemporânea brasileira.

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    Berna Reale

    A obra “Entretantos Améns” (2010), da artista Berna Reale (Pará, 1965), ilustra a capa desta edição da #Semana_Gama que traz a pergunta: “Dá pra comemorar, mulher?”

  • “Se ainda há tabu com uma cena tão sutil como a de uma mulher deslizando a mão por dentro do lençol é porque precisamos falar sobre isso”

    Licia Manzo, autora da novela das nove da TV Globo “Um Lugar ao Sol”, sobre a cena em que a personagem de Andréa Beltrão se masturba, em entrevista ao UOL. A trama também aborda temas como menstruação, perda gestacional e relacionamento abusivo.

  • Vencedor do Oscar, “Absorvendo o Tabu” (2018), disponível na Netflix, expõe a questão da POBREZA MENSTRUAL na Índia, país em que a menstruação ainda é cercada de constrangimento e desinformação. O curta-metragem conta a história do The Pad Project, que desenvolveu uma máquina para fazer absorventes de baixo custo em vilarejos indianos e capacitou mulheres para trabalhar na produção e venda. A falta de acesso a produtos de higiene menstrual também é um problema seríssimo no Brasil.

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    Relatório Economia do Cuidado/Reprodução

    A ONG feminista Think Olga organizou uma ampla pesquisa sobre a ECONOMIA DO CUIDADO. Com a intenção de dar luz a esse trabalho invisível das mulheres – que gastam em média 61 horas por semana em afazeres domésticos e cuidados com outras pessoas – o dossiê mostra em textos e infográficos que o cuidado é um dos principais recursos da economia atual e que precisa ser reconhecido, redistribuído e remunerado.

  • Shamsia Hassani, a primeira grafiteira e artista urbana do Afeganistão, dá voz a mulheres ameaçadas pelo Talibã.

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    Seleção feminina de futebol dos Estados Unidos/Reuters

    Depois de seis anos de luta, a federação de futebol dos Estados Unidos e a seleção feminina do país chegaram a um acordo sobre a disputa por igualdade salarial. No fim de fevereiro, a US Soccer garantiu que, finalmente, o SALÁRIO DAS JOGADORAS SERÁ EQUIPARADO ao dos homens.