Thomás Aquino

Qual é sua ideia de felicidade perfeita?

É você se sentir bem consigo mesmo. Estar feliz com quem você é. Saber quem você é e se respeitar em suas decisões. Se amar.

Qual é o seu maior medo?

Perder o interesse pela vida. Mas eu sinto que isso não é possível de acontecer.

Que característica mais detesta em você?

O apego de forma geral: com coisas materiais, com o sentimento, com as pessoas. É difícil me desvencilhar de certas coisas.

Que característica mais detesta nos outros?

Prepotência. E também a falsidade, a vaidade, a soberba.

Que pessoa viva você mais admira?

A minha família, meus pais e meus irmãos. Admiro como nós fomos criados e até hoje somos unidos. Sou muito feliz e grato.

Qual é a sua maior extravagância?

Ser ator. É um ofício muito complexo, audacioso, desafiador, um processo vivido transformador e que vem me amadurecendo a cada dia.

Qual é o seu estado mental atual?

Consciente. Hoje me vejo maduro a ponto de enxergar com mais clareza o que gira ao meu redor, principalmente politicamente.

Que virtude considera superestimada?

A razão dentro da sabedoria instantânea, de algo que se leu no Instagram ou no WhatsApp.

Em que ocasião você mente?

Quando eu já sei de uma fofoca e alguém vem me contar. Já menti para proteger o sentimento do próximo. Mas hoje vejo que a mentira é uma forma errônea de se autoproteger de suas próprias responsabilidades.

O que menos gosta sobre sua aparência?

Eu não gostava do meu sinal na barriga, sofri muito bullying. Mas hoje vejo que é uma marca única e bem expressiva. Fala muito sobre quem eu sou, porque parece um coração na barriga (Risos). É minha tatuagem natural.

Que pessoa viva você mais despreza?

Independente de partido, desprezo os políticos ladrões.

Que qualidade mais admira em um homem?

A capacidade de criação, quando vista em benefício coletivo.

Que qualidade mais admira em uma mulher?

Além da capacidade também de criação, de inteligência, ouso dizer da força de se viver numa sociedade com características estruturais machistas.

De que palavras ou frases você abusa?

Oxe, que é uma expressão bem característica do Nordeste. Em Recife, digo muito e ainda trago esse traço comigo aqui no sudeste.

O que ou quem é o maior amor da sua vida?

Pode parecer egocêntrico, mas eu mesmo. Aprendi que para viver bem, preciso cuidar de mim, da saúde física e da mental.

Quando e onde você foi mais feliz na vida?

Em Cannes, 2019, quando vivi o festival com o filme “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Agora também vivo um tempo único, com vários trabalhos acontecendo. “Guerreiros do Sol”, como protagonista; “Vale Tudo”, na TV Globo, a série “Os Outros”, também, além de “DNA do Crime” e “Man on Fire”, da Netflix. E ainda os filmes “Paterno” e “Agente Secreto”, nos cinemas neste ano, e a audiossérie “O Misterioso Caso de Styles”. Nem acredito em tantos trabalhos! É uma felicidade.

Que talento você mais gostaria de ter?

Pintar um quadro. Fazer pinturas e desenhos em geral. Acho fantástico!

Se você pudesse mudar uma coisa sobre você, o que seria?

Antigamente era a altura, porque eu queria ser jogador de basquete (Risos). Hoje em dia ainda não vejo o que mudaria.

O que considera sua maior conquista?

Poder viver como artista num país onde, algumas pessoas, não reconhecem que artista é uma profissão de uma importância fundamental.

Se você morresse e voltasse como uma coisa ou uma pessoa, o que você gostaria de ser?

Uma nuvem talvez. Ia estar sempre viajando, mudando de forma, conhecendo lugares.

Onde você mais gostaria de morar?

Claro que amo Recife, minha cidade natal, e adoraria voltar a morar lá. Mas talvez deve ser gostoso de viver no campo.

Qual é o seu pertence mais estimado?

Estou tentando desapegar e fazer mais doações. Mas gosto muito das coisas que compro, como meu violão.

O que você considera o nível mais baixo da desgraça?

A pessoa passar por cima da outra. Não tem valor nenhum o ser humano que faz de tudo para tomar o lugar do outro ou derrubar o outro.

Qual sua ocupação favorita?

Relaxar no sofá da minha casa e ou ver filmes, ou ler livros ou jogar meu PlayStation.

Qual sua característica mais marcante?

Meu senso de humor e alegria. Gosto de conversar, rir, tomar uma bebida, de leve, conhecer gente, sempre de uma forma orgânica e fluida.

O que você mais valoriza em seus amigos?

A sinceridade, muito importante numa amizade para fazer com que ela perdure muitos anos.

Quais os seus escritores favoritos?

Eu acabei de ler o livro “O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, e gostei muito. Também, do mesmo autor, recomendo “De Onde eles Vêm”, sobre negritude. Assim como o livro de Lázaro Ramos, “Na Minha Pele”.

Quem é seu herói na ficção?

T’Challa, que é o Pantera Negra. Interessante como um herói negro tem um megaimpacto. Precisamos de mais.

Com qual figura histórica você mais se identifica?

Nunca pensei sobre isso. Mas gosto muito da história de Virgulino Ferreira, o Lampião, e também de como é fascinante ler e ouvir Ariano Suassuna.

Quem são seus heróis na vida real?

Meus pais. Meus irmãos. Minha família.

Quais são seus nomes favoritos?

Cuscuz e bolo de rolo.

O que você mais detesta?

A política brasileira com seus demagogos. Uma reforma política seria o ideal para que a corrupção sumisse. Mas isso é utopia. Enquanto não é possível, vamos ver quem são os políticos que tem cunhos mais democráticos e uma visão mais ampla social para uma sociedade mais justa com todos.

Qual seu grande arrependimento?

Não ter dado uma resposta à altura a uma pessoa que me fez muito mal em um set de filmagem. Fiquei constrangido e me silenciei. Gostaria de voltar atrás e destravar o grito em minha garganta. Hoje eu não guardo palavras, costumo dizer o que sinto.

Como gostaria de morrer?

Sem dores. Dormindo. Tranquilo. Depois de muito vivido.

Qual é o seu lema?

“Escuta e diálogo”. Isso é fundamental para a educação social, melhorarmos enquanto convivência social. Amar e aprender uns com os outros seria uma evolução incrível.