@vincerosenblatt

Vincent Rosenblatt é um fotógrafo francês radicado no Rio de Janeiro desde 2002

Apaixonado pelo país, não demorou muito para que ele passasse a fotografar os bailes funk da cidade. A primeira vez que compareceu a um dos eventos chapa quente foi em 2005

Desde então, nunca mais parou

As fotos foram se multiplicando até se tornarem uma grande série de Rosenblatt, a “Rio Night Fever”, exposta na Galeria da Gávea no início de 2020

Logo foi reconhecido por gigantes do funk, como Kondzilla

E Mr. Catra, morto em 2018, que elogiou o fotógrafo pela capacidade de captar a essência e o espírito do funk

Rosenblatt também produziu a série “Funk body”

Nela, traz imagens de corpos presentes no universo dos bailes e das noites do subúrbio carioca

Mas não foi fácil para o francês conquistar a confiança de DJs e dançarinos para fotografar as festas com liberdade. Por isso, ele passou a projetar as imagens que fazia em paredes, deixando clara sua proposta

A ideia do fotógrafo sempre foi revelar, longe de estereótipos, a potência e sensualidade de homens e mulheres que vivem na favela

Antes de se dedicar à cena funk, Rosenblatt criou o projeto “Olhares do Morro”, um espaço destinado a jovens da comunidade Santa Maria, no Rio, para que pudessem estudar fotografia

O francês, que tem obras no acervo da Maison Européenne de La Photographie, registrou também o carnaval tradicional do subúrbio do Rio

As fantasias clássicas dos bate-bolas são uma tradição trazida pelos colonizadores portugueses e mantida até hoje principalmente nas zonas Norte e Oeste da cidade, e na Baixada Fluminense

Atualmente, Rosenblatt faz a fotografia de clipes de diversos funkeiros, como da artista Baby Perigosa

Do grupo Os 22 do Passinho, que já participou de produções do rapper Emicida e Nego do Borel

E da artista Lellê

Também se aventurou na direção de uma série de mini documentários para a cerveja Devassa. Um dos episódios contou a história de Lumena, participante da última edição do Big Brother Brasil

Longe da maneira como o ritmo é geralmente retratado, sempre associado à violência nas periferias das grandes cidades, algo que nunca fica de fora de suas fotografias — além do funk — é o amor