Cartas Pókemon — Objeto de análise — Gama Revista

Cartas Pókemon

Para colecionar ou para jogar, cards da franquia japonesa voltam a virar febre entre crianças, adolescentes e adultos após mais de duas décadas

Flávia Mantovani 05 de Agosto de 2024
  • O QUE É

    As cartas colecionáveis Pokémon fazem parte da franquia japonesa de mesmo nome, que surgiu em 1996 como jogo de videogame e se expandiu para virar desenho animado, mangá, brinquedos e outros produtos no mundo todo.

    Os Pókemon — palavra que vem de Poketto Monsutā, ou monstros de bolso, em japonês — são criaturas ficcionais de várias formas e tamanhos que vivem ao lado dos humanos (seus treinadores) e praticam para melhorar suas habilidades de luta e ataque.

    O baralho com ilustrações dos personagens é chamado Pokémon TCG — sigla de Trading Card Game, que significa jogo de cartas colecionáveis, em inglês. Apesar de ter sido criado há mais de 25 anos, voltou a virar febre recentemente.

    São mais de 8 mil cartas diferentes, disponíveis em 76 países e em 13 idiomas, que trazem ilustrações dos monstrinhos, com uma descrição de seus pontos fortes e habilidades, de outros personagens e dos chamados itens aliados, que são usados ​​para aumentar o poder dos jogadores.

    Vendidas no Brasil como Pokémon Estampas Ilustradas, as cartas vêm em pacotinhos ou em baralhos completos, os “decks”. O grau de raridade delas varia, e algumas chegam a ser vendidas ao redor do mundo por milhões de dólares.

  • QUEM FEZ

    A franquia Pokémon foi lançada em fevereiro de 1996, no Japão, com dois jogos para GameBoy, o videogame portátil da Nintendo. Seus criadores foram Satoshi Tajiri, dono da desenvolvedora de jogos Game Freak, e Ken Sugimori, artista gráfico da empresa.

    Em outubro do mesmo ano, a editora e distribuidora japonesa Media Factory aproveitou o sucesso dos personagens e lançou o jogo de baralho do Pokémon, com 102 cartas ilustradas por Ken Sugimori e pelos designers Mitsuhiro Arita e Keiji Kinebuchi.

    Em 1997, Pokémon virou série de animação para a TV japonesa. No ano seguinte, o desenho estreou nos EUA e, em 1999, no Brasil. Exibido em mais de 190 países, é considerado o responsável por popularizar o gênero anime japonês no mundo todo.

    Em 1999, um ano depois de chegar aos EUA como desenho animado, as cartas Pokémon chegaram à América do Norte e em 2000, ao Brasil, lançado pela Devir Livraria. Em 2011, a Copag, fabricante de baralhos, passou a representar o produto e hoje continua responsável por sua distribuição no país.

  • POR QUE SÃO TÃO DESEJADAS

    Um dos trunfos do produto é que ele tem apelo para vários perfis. Há os que querem simplesmente trocar e colecionar as cartas, os que gostam de batalhar com os amigos só por diversão e até os que se tornam profissionais do jogo de estratégia. A The Pókemon Company International ajuda organizadores locais a promover torneios ao redor do mundo, sendo o maior deles o Campeonato Mundial de Pokémon, que, em 2024, será realizado no mês de agosto, no Havaí.
    O apelo ao colecionismo é impulsionado pela variedade de opções — há mais de mil monstrinhos diferentes e 8 mil tipos de cartas — , e a empresa constantemente lança novos modelos e coleções especiais.
    A variedade de produções da franquia Pókemon é outro fator que favorece a diversificação do público. Assim, o interesse pelo jogo de cartas é alimentado pelo desenho animado, os mangás, os jogos virtuais e os brinquedos dos personagens (e vice-versa).
    O mercado paralelo de compra e venda, baseado na raridade dos cards, também movimenta o interesse no jogo. A valorização chegou a tal ponto que, em 2022, uma carta estampada com o mascote Pikachu foi vendida por US$ 5,2 milhões (o equivalente a R$28 milhões, na conversão atual).
    Mesmo no caso de negociações mais singelas, a dinâmica de trocar cartas com os amigos, vizinhos e colegas de escola mobiliza as crianças e os adolescentes. O senso de comunidade também tem ramificação na internet, com sites e canais de YouTube específicos sobre o assunto.
    Outra razão para o hype é o componente nostalgia. Como os personagens foram criados há mais de duas décadas, muitos adultos que eram fãs de Charizard, Pikachu e companhia na infância gostam de comprar cartas Pókemon para os filhos ou para si próprios.

  • VALE?

    Vale para aqueles que são fãs dos personagens, para os que curtem jogos de estratégia e para quem adora uma coleção, seja do que for. No caso das crianças, pode ser um hábito interessante para incentivar a socialização, não só ao jogar com os amigos, mas também porque a troca de cartas bomba nos pátios das escolas.
    Só é preciso levar em conta que as opções não têm fim: a cada três meses, uma nova leva de cartas é lançada, nas chamadas “expansões”. Vale tomar cuidado, então, para não ir com tanta sede ao pote se o orçamento familiar não acompanhar.

  • ONDE COMPRAR

    As cartas são vendidas no site da Copag, em lojas físicas e virtuais de brinquedos e jogos colecionáveis, em grandes sites de e-commerce e até em bancas. Também há fóruns online de compra, venda e troca.

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