Ao completar nove décadas de vida, o jornalista, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras diz que não pode reclamar: está saudável, cercado de família e amigos, mas que “não se pode ser totalmente feliz num país que é hoje um cemitério”. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Zuenir Ventura fala sobre a defesa da floresta, a CPI da pandemia, a velhice e o ano de 1968, além da importância da imprensa em tempos de desinformação. (Manuela Stelzer)
Em "Notas sobre o luto" (Companhia das Letras, 2021), a autora nigeriana narra a dor, a raiva e a solidão que seguiram a morte do pai, em junho de 2020, além das dificuldades do sepultamento na pandemia, com aeroportos fechados e funerárias lotadas. “O luto é uma forma cruel de aprendizado. (...) É um tormento não apenas do espírito, mas também do corpo. Carne, músculos, órgãos, tudo fica comprometido. Nenhuma posição é confortável.” (Betina Neves)
Carmen acredita ter encontrado a mulher perfeita. Juntas, fazem sexo, viajam, conhecem as famílias uma da outra. Só que, aos poucos, ela vai percebendo que seus limites não são respeitados e o que era felicidade se torna violência psicológica. Em “Na Casa dos Sonhos” (Companhia das Letras, 2021), a escritora americana Carmen Maria Machado traz à tona memórias de um relacionamento abusivo, de forma fragmentada e impactante para o leitor. (Leonardo Neiva)
Pode ser que o formato epistolar esteja um tanto obsoleto, mas está em foco na novíssima revista Presente. Online e gratuita, a publicação trimestral, proposta pela artista Anna Maria Maiolino e o curador Paulo Miyada, dá preferência a textos de correspondência. A primeira edição traz o diálogo entre criadores e outras personalidades da arte, além de um ensaio inédito da autora de ficção norte-americana Ursula K. Le Guin (1929-2018). (Leonardo Neiva)