Quais os passos para escrever uma biografia? Eis a proposta do curso com o jornalista e escritor Mário Magalhães, com início em 30 de novembro. Em quatro aulas ao vivo pelo Zoom, a ideia é estruturar as etapas de uma biografia, da escolha de personagem à montagem do livro, passando pela apuração, organização das informações coletadas e redação. Magalhães já recebeu uma série de prêmios jornalísticos e literários no Brasil e no exterior e é autor de “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo” (Companhia das Letras, 2012), recém-adaptado para o cinema por Wagner Moura. (Betina Neves)
Com a ideia de colocar para conversar autores com temas em comum em suas obras, a livraria paulista Dois Pontos realiza às quintas, 19h, o mini ciclo de debates “Um assunto em dois livros”. O próximo encontro será entre Lorena Portela, de "Primeiro eu tive que morrer" e Mariana Brecht, autora de "Brazza", que falam sobre autoficção. No dia 25, Adriana Negreiros e Tatiana Salem Levy conversam sobre abuso a partir dos livros "A vida nunca mais será a mesma" e "Vista chinesa". As conversas ao vivo ficam disponíveis no Instagram da livraria. (Amauri Arrais)
A obra e a vida de Clarice Lispector (1920-1977) são permeadas de interesse pelas artes visuais, seja na breve incursão da escritora na pintura, ou pela presença de personagens artistas em seus livros. A mostra que ocupa o Instituto Moreira Salles a partir de sábado (23) busca as conexões entre sua produção e a de mulheres que marcaram a arte brasileira no mesmo período, como Lygia Clark, Letícia Parente e Djanira. Além dos quadros de Clarice e suas contemporâneas, há manuscritos, fotografias e documentos da escritora, cujo centenário foi celebrado no ano passado. A entrada é gratuita, com agendamento prévio pelo site. (Amauri Arrais)
Não é exagero dizer que o português Tiago Rodrigues, ator, autor e diretor, é um dos nomes mais fortes do teatro contemporâneo, tanto que, em 70 anos, é o primeiro não-francófono à frente do Festival de Avignon, na França. Antes da pandemia, trouxe à Mostra Internacional de Teatro de SP, o texto “By Heart”, em que tira membros da plateia para encenar -- entre eles, é comum encontrar atores ávidos pela oportunidade de encenar seu texto, como foi o caso de Camila Pitanga e Martha Nowill. O volume editado pela 34 traz essa e outras peças de Rodrigues, cheias de humor e poesia, em um retrato lírico do que pode ser a vida no mundo contemporâneo. (Isabelle Moreira Lima)
Organizada pelo Instituto Moreira Salles (IMS) paulista, a mostra "Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros" se dedica a celebrar a vida e a contribuição literária da catadora de papel e autora do clássico Quarto de Despejo (Francisco Alves, 1960), que narra sua rotina nas comunidades pobres de São Paulo. Além da escrita, o evento foca nas atividades de Carolina como compositora, cantora, e artista de circo. Com abertura no sábado (25), vai até o dia 1º de janeiro. (Andressa Algave)
De 27/9 a 1º/10, a editora comemora seus cinco anos com conversas entre nomes como Christian Dunker (foto), Deivison Faustino, Djamila Ribeiro, Elsa Dorlin, Françoise Vergès, Franco Berardi, Giselle Beiguelman, Manuela Carneiro da Cunha e Vladimir Safatle. Os debates acontecem sempre das 17h às 19h, no canal do YouTube da editora. As inscrições são gratuitas, devem ser feitas no site, e dão direito a um ebook com textos dos participantes. (Isabelle Moreira Lima)
“O neoliberalismo fez com que passássemos a nos ver como competidores em vez de colaboradores, consumidores em vez de cidadãos”, diz a economista inglesa Noreena Hertz no livro, recém-lançado pela Editora Record. A autora aponta que, mesmo antes do isolamento ocasionado pela pandemia, a solidão já vinha se estabelecendo como condição definidora do século 21, com comunidades fragmentadas diante de décadas de políticas que puseram o interesse próprio acima do bem coletivo. Como antídoto, ela propõe, por exemplo, modelos inovadores de vida nas cidades. (Betina Neves)