Quando completa 20 anos de existência, o Clube de Colecionadores de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo celebra sua longevidade com uma exposição que reúne destaques do acervo do museu e das coleções particulares do clube. Uma homenagem às 21 edições do clube, a exposição busca celebrar os artistas e obras que contribuíram para a rica história do MAM. Assinadas por nomes como Walter Carvalho, Maureen Bisilliat, Claudia Andujar, Barbara Wagner e Felipe Cama, as 107 obras serão exibidas no MAM de 13 de outubro a 1º de agosto de 2021. A exposição pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 12h às 18h. Os ingressos podem ser reservados no site do museu. É possível conferir uma prévia da exposição no perfil do MAM no Google Arts & Culture. (Daniel Vila Nova)
De acordo com o Guinness, livro de recordes mundiais, o britânico James Hyman é dono do maior arquivo de revistas do planeta, no qual reúne mais de 5 mil publicações e 150 mil edições. Há mais de três décadas, Hyman coleta todo tipo de material impresso que encontra, de revistas à panfletos, e os acomoda em um acervo de "cultura popular impressa", como ele mesmo denominou. Apesar da dificuldade que vive o mundo analógico, o colecionador diz que "é preciso sinergizar a revista física com o ambiente digital", e para o site It’s Nice That, compartilha uma pequena parte de seu tesouro, que inclui diversas capas psicodélicas e uma publicação descrita por Steve Jobs como "o Google em papel", entre outras raridades. (Manuela Stelzer)
“Oh, a vida é maior, é maior que você, e você não sou eu. Até onde eu iria, a distância nos seus olhos. Oh, não, eu falei demais.” Você já deve ter ouvido esses versos antes, provavelmente em inglês. Eles abrem a canção “Losing My Religion”, um dos maiores sucessos da banda americana R.E.M. e foco de um episódio da nova série documental da Netflix, “Song Exploder”. Um hino da insegurança e da dúvida é como o vocalista Michael Stipe descreve a música, cuja gênese é destrinchada ao longo de pouco menos de meia hora. Inspirada num podcast de sucesso, a primeira temporada traz um hit por episódio, em que artistas contam em detalhes o processo de concepção e lançamento de uma de suas canções. Além do conhecido refrão do R.E.M., a série conta com Alicia Keys apresentando a recente “3 Hour Drive” e Lin-Manuel Miranda, que abre o processo de criação da música “Wait for It”, do musical “Hamilton”, concluindo com o rapper Ty Dolla $ign falando sobre a gênese de “LA”. (Leonardo Neiva)
Depois de uma atípica incursão pelo terror com “Suspiria” (2018), versão atualizada do clássico setentista de Dario Argento em Berlim, o cineasta italiano Luca Guadagnino reencontra as paisagens do norte de seu país natal, já aproveitadas como o belíssimo cenário do filme “Me Chame pelo Seu Nome” (2017), vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado. Em “We Are Who We Are” (somos o que somos), a estreia do diretor em séries de televisão, a história não ocorre em um casarão ensolarado de veraneio, e sim numa base militar dos EUA na cidade de Chioggia, próxima a Veneza. Em foco, estão dois adolescentes americanos, interpretados por Jack Dylan Grazer (de “It - A Coisa” e “Shazam!”) e a estreante Jordan Kristine Seamón, em um elenco que também conta com atrizes como a americana Chloë Sevigny e a brasileira Alice Braga, além do rapper americano Kid Cudi. Sem grandes acontecimentos ou reviravoltas, a série, com produção da HBO, acompanha o cotidiano e a amizade dos dois jovens, que juntos passam por algumas das agruras tradicionais do amadurecimento, como conflitos familiares, relacionamentos amorosos e a descoberta da sexualidade.
Ele reinventou a música aditiva, repensou o piano, reinventou a ópera, fez trilha sonora para documentários experimentais, filmes de Hollywood, inspirou e foi inspirado por David Bowie. Com um currículo desses, não é à toa que Philip Glass é considerado o compositor norte-americano mais importante do século 20. Esta edição do Escuta, podcast de música do Nexo Jornal, conta a história de Glass desde seus anos de formação e estudo, passando por suas influências em música Serialista e Indiana, seu diálogo com outros contemporâneos como John Cage e Steve Reich, até suas colaborações com cineastas, dramaturgos, e até com a companhia de dança brasileira Grupo Corpo.
Enquanto você lê esta seção da Gama, vários bebês estão saindo das barrigas de suas mães para ganhar o mundo. Cada parto é uma história: naturais; por cesárea; alguns tão rápidos que acontecem a caminho do hospital; outros tão longos que parecem levar a vida toda. Até passar por ele todo, não dá para saber como será o seu. A cada episódio do podcast "Parir", uma produção da Trovão Mídia conduzida por Ana Bonomi, uma mulher dá seu relato sobre a experiência transformadora que é dar à luz um filho. Nesta semana, Carol conta como foi viver um parto que ela não idealizou -- uma cesárea de emergência que teve complicações -- mas que, no fim, trouxe a conclusão: ela será a mãe que puder ser.
O festival internacional de documentários É Tudo Verdade, o mais importante da América Latina, quase deixou de celebrar seus 25 anos de existência. Mas contra uma verdade bem contada, nem uma pandemia é páreo. Com 60 produções de vários países disponíveis no site, o festival acontece de forma remota e traz, até domingo, filmes que se debruçam sobre histórias reais de temas como música, jornalismo, ditadura militar brasileira e o próprio cinema. Nos próximos dias, alguns títulos se destacam na programação: “Fico te devendo uma carta sobre o Brasil”, que entrelaça a história de uma família com a ditadura e investiga o papel do silêncio no apagamento da memória, será transmitido no dia 2 e 3 de outubro; “Santiago das Américas ou O Olho do Terceiro Mundo”, do veterano Silvio Tendler, que traz a história de um importante documentarista cubano da década de 1960, estará disponível no site do festival no dia 3; e “Jair Rodrigues - Deixa que digam”, um retrato do artista e do Brasil, será transmitido no dia 1 e 2.