Quase às vésperas de completar um século, a Semana de Arte Moderna de 1922 não se esgota — afinal, o evento que reuniu Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e outros no Teatro Municipal da capital paulista lançou o movimento decisivo para praticamente tudo o que veio depois na cultura brasileira. É justamente para falar sobre esse legado que o Sesc São Paulo, em parceria com a USP, reuniu uma turma de superespecialistas no curso online "Releituras do Modernismo": dividido em seis módulos, cada um destrincha a influência modernista em uma área: literatura, arquitetura, cinema, artes visuais, canção popular e teatro. Comandado por grandes professores como José Miguel e Guilherme Wisnik, Flora Sussekind, Veronica Stigger e Augusto Massi, o curso é uma bela oportunidade de aprender sobre o movimento com experts no tema. As aulas acontecem entre os dias 19 e 24 de outubro, e as inscrições já estão abertas no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.
Neste fim de semana, de sexta (18) a domingo (20), uma maratona de arte e cultura permite que se conheça a efervescente produção cultural das periferias pela plataforma do Sesc. O Festival Favela em Casa SP reúne artistas independentes -- pretos e periféricos, como lembra a organização -- que estão fora da bolha do mainstream. A curadoria de Andressa Oliveira, moradora do Campo Limpo, extremo sul de São Paulo, e de Marcelo Rocha, da cidade de Mauá, no ABC Paulista, reuniu 35 atrações de música, teatro, dança, cinema, literatura e artes visuais. As transmissões revezam-se entre performances ao vivo e gravações realizadas no Estúdio Curva, na capital paulista, e incluem, além de apresentações artísticas, uma série de bate-papos com convidados; entre eles, a escritora Helena Silvestre, a curadora, poeta, escritora e ativista Abigail Santos Leal e o educador social Mestre Gildásio.